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Spaghetti, conchiglione, fusilli, tagliatelle, ravioli, capelletti... São tantos os preparos que elas mereciam um dia só pra celebrar sua existência. Em 1995, isso foi resolvido. Participantes do 1º Congresso Mundial de Pasta, em Roma, estabeleceram que o Dia Internacional da Massa seria celebrado, todos os anos, em 25 de outubro. Hoje, por acaso! Aproveitando a ocasião especial, trago algumas dicas de como harmonizar vinhos e massas italianas.
1. Massas com molhos à base de tomate
Normalmente os molhos de tomate conservam uma acidez mais elevada. Então a indicação mais óbvia é apostar em vinhos tintos elaborados com uvas que tenham essa característica de presença média a elevada, como Sangiovese, Chianti, Cabernet Franc e Tempranillo. Podem ser vinhos jovens, com corpo leve e baixo teor alcoólico.
Se a pasta vir com molho à bolonhesa, o acompanhamento vai requerer mais “peso”. Vá nas mesmas uvas anteriores; acrescente à lista Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon, só que com estágio breve em barricas de carvalho. Essa maturação em madeira dá mais corpo à bebida e as “arredonda na medida”, sem deixar que perca a acidez necessária.
Caso seja uma massa com ragu, principalmente de carnes mais potentes e gordurosas (rabada ou costela), escolha uma bebida com estágio mais longo em carvalho - de 12 a 24 meses. E com taninos mais presentes, que vão ajudar a equalizar as sensações na boca.
Tem pimenta? Considere a uva Syrah, que tem uns toques dessa especiaria bem presentes.
É uma massa recheada? Se for com ricota ou espinafre, mantenha a regra para os tintos mais ácidos e leves.
Resumindo: quando mais grosso e complexo for o molho, mais corpo terá o vinho de acompanhamento.
2. Massas com molhos à base de derivados do leite
O molho béchamel ou branco é feito com leite, manteiga, farinha e um toque de noz moscada. Por possuir essa base ligeiramente untuosa e aromática, vai bem com vinhos brancos encorpados – como um Chardonnay maturado, ainda que rapidamente, em carvalho. Se você não abre mão de um tinto (tem gente que prefere, né?), vá de Pinot Noir ou Gamay – delicados, com baixa acidez, taninos e álcool tranquilos. Se a massa vir acompanhada de uma carne, eu até apostaria em um Carménère.
3. Molho Carbonara
Em molhos que trazem leite, ovos e bacon na composição, como carbonara, o Chardonnay aparece novamente. Há quem prefira, aqui, um rótulo de acidez mais alta para contrastar com a complexidade da receita. Se quiser testar, Chablis (Chardonnay do Norte da França), ou simplesmente escolha um exemplar sem passagem por madeira.
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