Mais de 500 famílias de Ubajara, na Serra da Ibiapaba, precisaram ser evacuados da cidade desde o último sábado (16).
Medo, desespero, tristeza e fé foram alguns dos sentimentos vivenciados pelos moradores das comunidades que ficam no entorno da barragem do Rio Granjeiro, em Ubajara, no interior do Ceará, durante a noite do último sábado (16) e a madrugada de domingo (17). Eles precisaram deixar as próprias casas por conta do risco de rompimento da barragem.
"Vamo, minha mãe, a gente tem que ir. Não tem jeito. Temos que ir em frente, com fé em Deus", conta Maria de Lurdes Rodrigues Silva, de 45 anos, emocionada, sobre a saída de sua casa. Assim foi, também, a evacuação de mais de 500 famílias ao atenderem ao alerta.
Maria de Lurdes saiu de casa já de madrugada, por volta de 2h de domingo, após receber a notícia que deveria deixar o local imediatamente, por segurança. Ela e a família foram levadas ao abrigo do Santuário da Mãe Rainha, no Bairro São Sebastião, área afastada da barragem. Ela continua abrigada no local.
Segundo Maria de Lurdes, a mãe não queria deixar a casa, por medo de perder tudo, mas que não havia alternativa. "A gente tinha que sair. Se rompesse, não ia ter como se salvar. Imagina o perigo para a gente. Saímos chorando muito", afirma.
Saída às pressas
O sentimento de desespero também foi vivenciado por Maria Nazidia Fernandes, de 64 anos, que também mora próximo à barragem e teve que sair às pressas, conforme relata. Nazidia ficou abrigada na casa da filha, que mora na zona urbana do município, distante da zona rural e da barragem.
"A gente saiu no aperreio, só com o básico, no desespero, com medo de não conseguir chegar na estrada", lamenta dona Nazidia, afirmando que não conseguiu levar nem os cachorros. "A gente deixou nossos animais lá [na residência], só com Deus", explica.
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Maria Nazidia Fernandes, de 64 anos, relata desespero ao ser evacuada por risco de rompimento de barragem em Ubajara, no Ceará. — Foto: Natinho Rodrigues |
"Vamo, minha mãe, a gente tem que ir. Não tem jeito. Temos que ir em frente, com fé em Deus", conta Maria de Lurdes Rodrigues Silva, de 45 anos, emocionada, sobre a saída de sua casa. Assim foi, também, a evacuação de mais de 500 famílias ao atenderem ao alerta.
Maria de Lurdes saiu de casa já de madrugada, por volta de 2h de domingo, após receber a notícia que deveria deixar o local imediatamente, por segurança. Ela e a família foram levadas ao abrigo do Santuário da Mãe Rainha, no Bairro São Sebastião, área afastada da barragem. Ela continua abrigada no local.
Segundo Maria de Lurdes, a mãe não queria deixar a casa, por medo de perder tudo, mas que não havia alternativa. "A gente tinha que sair. Se rompesse, não ia ter como se salvar. Imagina o perigo para a gente. Saímos chorando muito", afirma.
Saída às pressas
O sentimento de desespero também foi vivenciado por Maria Nazidia Fernandes, de 64 anos, que também mora próximo à barragem e teve que sair às pressas, conforme relata. Nazidia ficou abrigada na casa da filha, que mora na zona urbana do município, distante da zona rural e da barragem.
"A gente saiu no aperreio, só com o básico, no desespero, com medo de não conseguir chegar na estrada", lamenta dona Nazidia, afirmando que não conseguiu levar nem os cachorros. "A gente deixou nossos animais lá [na residência], só com Deus", explica.
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