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terça-feira, 21 de abril de 2020

Carcarás se adaptaram ao Plano Piloto de Lúcio Costa

Animal está no topo da cadeia alimentar dos pássaros do Cerrado
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POR AGÊNCIA BRASIL
O arquiteto e urbanista Lúcio Costa dizia que “o céu é o mar de Brasília”. A imensidão azul sobre a cidade que vê seus horizontes costuma chamar a atenção de moradores e visitantes. Conforme a estação do ano e a hora do dia, a dispersão da luz no ar pode mudar a cor do firmamento para amarelo, laranja, rosa, lilás e até violeta.
Pairam sob essa aquarela, corujas, papagaios, araras, curicacas, tucanos, urubus e carcarás, além de uma fauna extensa de passarinhos. Nessa revoada brasiliense, os carcarás, com menos de um quilo de peso, altura de até 70 cm e 1,20 metro de envergadura com as asas abertas, são os reis. Estão no topo da cadeia alimentar do bando.
Vivem bem na capital federal, sem se preocupar com nenhum predador natural, como as jaguatiricas, e, muito menos, com disputas políticas, decisões econômicas ou questão sociais da agenda brasiliense. Sem estresse, não atacam nenhuma pessoa.
Estão adaptados à condição urbana porque são onívoros, ou seja, comem de tudo: fruta no pé dos diversos pomares plantados na cidade, ovos de passarinho, espécies menores de aves como os abundantes pombos, ratos, carniças e até lixo doméstico.

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