Quando Ena Miller teve um bebê no ano passado, ela não estava preparada para comentários constantes sobre a aparência de sua filha. E seu caso está longe de ser uma exceção.
POR G1 - Desde o dia em que nasceu, minha filha Bonnie foi julgada pela cor de sua pele.Depois de ela passar algumas horas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após o parto, finalmente eu pude ficar com meu bebê por alguns momentos.
Mas uma mulher enfiou a cabeça pela porta do quarto do hospital para me perguntar o que eu gostaria de tomar no café da manhã. Antes que eu pudesse responder, ela questionou: "Esse é o seu bebê?"
Eu imaginei que a próxima fala seria um elogio. Algo na linha: "Ele é adorável!" ou "As bochechas são tão rechonchudas!"
Em vez disso, a mulher repetiu: "Esse realmente é seu bebê?"
Seu tom era de surpresa, com uma leve consternação. O uso da palavra "realmente" me preocupou.
"Ela parece tão branca. Olhe para o cabelo, é tão liso. É tão branco...", continuou a funcionária.
E foi aí que tudo começou: as pessoas que não me conheciam se sentiam à vontade para perguntar se eu era a mãe de Bonnie ou para comentar sobre a cor da pele dela.
Aconteceu no local onde eu acabara de dar à luz. Aconteceria novamente mais tarde, enquanto estivesse fazendo compras, sentada em restaurantes ou visitando amigos.
Eu tenho a pele morena. Meu parceiro é branco. Bonnie é mestiça.
'Ela é muito branca'
Direto da maternidade, enviei fotos de Bonnie para as pessoas que eu amava e algumas responderam com frases de uma linha, sem nenhum entusiasmo.
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