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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

"Zona urbana" da velha Jaguaribara reaparece

04.02.2015

A contínua redução do nível das águas do açude Castanhão revela cada dia mais a cidade antes submersa

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Ruas calçamentadas e escombros de casas já são visíveis misturados a objetos
FOTO: BRUNO GOMES
Jaguaribara. Cada nova baixa de águas do Castanhão é uma apreensão que ecoa. Além de não chover, parece que o céu está pegando de volta o que despejou. De fato, está. A evaporação só não é mais responsável do que o próprio consumo, seja para indústria, agricultura ou uso doméstico. Tem muita água no maior açude do Ceará. Tem tanta água que é quase metade de toda a reserva do Estado. Mas nunca teve tão pouco desde que encheu em 18 dias o que, diziam, levaria dez anos.
Chegou a 97% em 2009, com mais de 6 bilhões de metros cúbicos. Ontem, registrou 24% da capacidade, ou 1,6 bilhão de metros cúbicos. É um terço do que apresentava em janeiro de 2014. A população que viu suas terras sumirem aguadas presencia o fenômeno do mar revirando sertão.
Do poste ao pote
O quarto ano seguido de seca (é o prognóstico mais provável) é o terceiro em que os escombros da velha Jaguaribara se pronunciam. Primeiro foram os postes, as caixas d'água, os apontamentos de vida nas áreas de morro. Hoje, o que se vê é o pote de barro, o que sobrou do fogão, as estradas em paralelepípedo e todos os tijolos com que foi feita uma casa. A zona urbana da cidade vista a olho nu e seco. Centenas de hectares de terras desafundadas revelam que o Castanhão passou por ali. Nelas, o que ainda chega é o ronco das pequenas ondas batendo na alvenaria dia e noite.
Durante a construção do açude Castanhão, a população inteira de Jaguaribara foi realocada para terras altas. Uma nova cidade, totalmente projetada, foi inaugurada em 25 de setembro de 2001. Para muitos moradores, até hoje, a casa não é onde vivem, mas viveram.

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