Urologistas condenam métodos que prometem aumentar pênis
No boteco, já entrando pela segunda grade, um gaiato lança a pergunta: “perder o pai ou perder o pau?” Parece fácil escolher, mas nenhum dos sacanas da mesa salva painho, de cara. Pelo contrário: “O velho já viveu bastante”, larga um. “Eu morreria pelo meu pau”, diz outro, sem pensar muito. Pois é, nessa ‘escolha de Sofia’, o velho viraria estatística em boa parte dos casos.
No boteco, já entrando pela segunda grade, um gaiato lança a pergunta: “perder o pai ou perder o pau?” Parece fácil escolher, mas nenhum dos sacanas da mesa salva painho, de cara. Pelo contrário: “O velho já viveu bastante”, larga um. “Eu morreria pelo meu pau”, diz outro, sem pensar muito. Pois é, nessa ‘escolha de Sofia’, o velho viraria estatística em boa parte dos casos.
E se de um lado, poucos ligam para o fato de ter o maior e melhor pai do mundo, no outro caso, a história é um pouco diferente. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), apesar de não haver dados sobre esse tipo de conduta, é cada vez maior o número de homens que buscam tratamentos clínicos ou cirúrgicos para aumentar o bingolim.
É o caso de um estudante de Salvador, de 19 anos, que recorreu a duas das dezenas de medidas ‘milagrosas’ no projeto para se tornar um mini Kid Bengala. “Tenho um pênis de 12 cm, duro, mas quero que seja uns três ou quatro centímetros maior”, conta. Para ele, a angústia, na verdade, é com o pinto flácido. “Mole, sempre achei muito pequeno e decidi fazer algo. Pesquisei na internet e comprei uma bomba (de sucção) peniana e um pêndulo. Usei os dois por três meses, todo dia, mas vi pouca mudança e começou a aparentar lesões. Parei, com medo”, relatou o rapaz, que admite não ter procurado um médico antes, nem depois.
Para o urologista Sylvio Quadros, membro titular da SBU, esse tipo de conduta, além de não trazer os efeitos esperados, pode levar a distúrbios de ereção, ou consequências ainda mais graves.
“Aquilo ali [apetrechos experimentais] estira as fibras sensitivas. Pega num ligamento suspensório do pênis, e também estica, e esse rapaz, a médio e longo prazo, vai ter distúrbio de ereção”, adverte.