
Montando o animal Clowny, Zanotelli tem obtido cada vez mais êxito em eventos internacionais

"Doda e Tina fizeram um papel enorme na minha carreira, deixando que eu monte o Clowny até a fase final do Mundial" diz Marlon Zanotelli, cavaleiro brasileiro

Antes tímido, o cavaleiro maranhense radicado no Ceará, hoje, mostra muito mais desenvoltura para falar sobre o futuro
FOTOS: JOSÉ LEOMAR/THIAGO GASPAR (15/06/2008)
Ele aproveitou uma folga no calendário europeu de competições de hipismo para rever familiares em Fortaleza. Falamos do cavaleiro Marlon Zanotelli, maranhense da cidade de Imperatriz, mas "cearense de coração", como o próprio atleta diz.
Quando a reportagem soube da visita de Marlon a nossa Capital e, de pronto, entrou em contato com cavaleiro que hoje reside na Bélgica e integra a seleção brasileira, com Rodrigo Pessoa e Doda Miranda. Ele abriu um espaço na agenda para bater um papo, momento para avaliar sua performance neste ano, a evolução na carreira e as chances de ir aos Jogos do Rio 2016.
O cenário para a entrevista foi a Escola de Equitação Christus (ECC), onde Marlon, que veio para Fortaleza em 1996, orientado pelo pai, Mário Zanotelli, começou a mostrar talento e que poderia ir longe no hipismo.
Outrora pouco à vontade nas entrevistas, um desinibido Marlon avaliou que 2014 "foi um ano espetacular. Com o apoio que tive do Enda (Carrol, dono da Ashford Farm, haras onde o maranhense trabalha, na Bélgica). Aliás, o ex-cavaleiro da ECC conta que seu patrão, um irlandês, compra cavalos jovens, trabalha no desenvolvimento na Ashford Farm, na cidade de Waterloo. "Eu trabalho com esses cavalos, monto-os nas competições e eles são revendidos".
Foi assim que Doda Miranda e Tina (esposa de Doda), conheceram o cavalo Clowny, da Ashford Farm, que o Marlon montava. "O Doda adquiriu o Clowny e permitiu que eu continuasse competindo com ele. Nós disputamos várias etapas da Copa das Nações com o Clowny, obtendo resultados importantes e, principalmente, no Mundial, no qual a equipe brasileira terminou na quinta colocação".
E a satisfação de Marlon pelos resultados obtidos nos eventos internacionais se justifica, pois ajudaram na sua ascensão no ranking mundial da Federação Equestre Internacional (FEI).
"No início do ano, estava entre o 80º e 90º do ranking mundial e vou terminar a temporada na 48º posição, então foi um passo muito grande na minha carreira. E agora focando um pouco no ano que vem, para disputar a fase final da Copa do Mundo".
Segundo Marlon, dezesseis cavaleiros se classificam para a etapa decisiva do Mundial e, neste momento, ele figura na quinta colocação. E o cavaleiro ressaltou: "então, o foco é tentar permanecer entre os Top 16 para ir à decisão da Copa do Mundo, que será disputada na cidade de Las Vegas, nos EUA, em 2015".
Muita força
O Brasil não é um ponto de referência, mas tem muita força no hipismo, considera Marlon, com a experiência já adquirida em sete anos vivendo na Bélgica.
"Hoje, o Brasil, não é um ponto de referência, mas é um país com muita força no hipismo. Todo mundo respeita a equipe brasileira e no Mundial deste ano, em Barcelona, o nosso time - Rodrigo Pessoa, Doda Miranda e Marlon -, estava entre os favoritos. E ter ficado em quinto, a menos de uma falta da medalha de prata foi um resultado muito bom", festeja.