AMIGOS DESTE SITE!!!
VEJAM OUTRAS NOVIDADES DO LIVRETO QUE EU ESTAVA ESCREVENDO SOBRE A BANDA DE MÚSICA DE ARACOIABA.
VEJAM AS NOVAS SURPRESAS!!!
Aqui estão os assuntos:
- Nossa história começa aqui...
- Maestros e contramaestros de 1916 a 2011.
- Nomes: Banda 25 de Março e Banda Profa.Gecilda Moura
- Sedes da Banda
- Datas das Compras dos Instrumentos e os prefeitos responsáveis pelas compras...
- Dados Biográficos de alguns maestros: Meirú, Etelberto, João Garantizado, Themístocles, Manoel Brito, Capitão Andrade.
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Somos gratos, em nome da comunidade aracoiabense, a todos quantos nos ofereceram, de boa vontade, sua parcela de contribuição, para que esta humilde obra viesse a lume, para homenagear assim, as turmas do passado e, de maneira especial, a turma atual, que ao longo de 15 anos proporcionou a todos nós, momentos de alegrias e festas.
Aos filhos ausentes e presentes de nossa terra, dedicamos esse pensamento que marcará a homenagem que fazemos a todos os músicos que fizeram e fazem história na Banda de Música de Aracoiaba:
Aracoiaba, 16 de Agosto de 2007.
Francisco Lusmar Paz
Nossa história começou aqui...
Banda de Música – 90 Anos de fundação.
Não podemos precisar com certeza o dia e o ano que foi criada a Banda de Música Municipal de Aracoiaba, pois nenhum comprovante documental foi encontrado na sede do Paco Municipal. Entretanto, segundo depoimentos de pessoas fidedignas e ex-músicos, foi-nos repassado que a referida banda,provavelmente fora fundada no início do século XX, precisamente no ano de 1916, sob a denominação de Banda de Música 25 de Março. Entremos agora, no túnel do tempo...
A Sra. Enita de Brito afirma que seu esposo Sr. José de Brito, músico-fundador da Banda de Música, nasceu em 1911. No ano de 1918, (Aracoiaba, com apenas 28 anos de emancipação política), José de Brito, aos sete anos de idade, já participava das aulas teóricas de música. Logicamente, podemos imaginar que a banda já existia há alguns anos.(ou alguns anos antes de 1918)
Buscando dados nas pessoas dos depoentes, consultamos o Sr. Everton,(homem de memória fabulosa em termos de datas ) e transmitimos ao mesmo o relato de D. Enita , para assim tentarmos nos aproximar sem precisão, é claro, do possível ano em que a Banda fora criada em Aracoiaba. Segundo ele, baseando-se nas informações dos antepassados, a banda fora criada em 1916, - como também poderia ter sido criada em 1917 ou até mesmo em 1918, (ano em que José de Brito, repetimos, aos 7 anos, já participava da escolinha de música).Portanto, descobrindo ou não com precisão o ano da criação da Banda, não diminui em nada a credibilidade e o brilho dessa pesquisa.Vejamos, por exemplo, São Francisco de Assis, nasceu em 1182, mas para alguns biógrafos ele teria nascido em 1181.Com essa dúvida milenar, em nada alterou o amor e a devoção que a humanidade tem para com esse grande santo que abalou o mundo com sua vida marcada pela vivência radical do evangelho, junto aos irmãos. Entretanto, retomando ao assunto, o que nos importa é o mergulho que fizemos e ainda vamos continuar fazendo no mar da história musical de Aracoiaba, para trazermos à tona os homens e as mulheres que fizeram história no passado de nossa terra, que contribuíram com o patrimônio cultural de nossa gente, e que merecem ser imortalizados por todos nós. Vale a pena conhecermos os heróis do passado e do presente do nosso torrão natal e reconhecermos com gratidão seus trabalhos talentosos que, a partir de agora, por meio dessa humilde pesquisa, todos eles passarão pra história da cidade onde as aves cantam, sob os nossos aplausos.
Façamos de conta que a Banda tivesse sido criada em 1916 como afirma Sr. Everton.Nesse caso, pela lógica, a mesma em 2006, teria completado seus 90 anos de fundação. Embora com esse somatório lógico, a nossa banda ainda não iria completar 90 anos, pois em 1977, ela parou seus trabalhos só retornando suas atividades no ano de 1991,com aulas teóricas musicais ministradas pelo maestro Francisco Gomes de Andrade, fazendo sua primeira tocata em público no mês de agosto de 1992.Sendo assim, em 2007 ela completou 77 anos de existência.Mais adiante veremos essa parte com detalhes...
Naquele tempo, - segundo Enita de Brito, - não havia todos os instrumentos musicais apropriados à formação de uma banda. O garoto José de Brito, sendo um dos componentes da escolinha, não tendo instrumento, participava das aulas de música batendo com os dedos na mesa, treinando assim, as divisões dos valores musicais.
Depois de muita boa vontade por parte das autoridades, os instrumentos que faltavam foram comprados e trazidos a Aracoiaba. Imaginemos quão grande foi a surpresa e a alegria dos músicos e dos alunos da escolinha. A euforia daquele momento transformou os jovens em crianças quando recebem seus brinquedos no dia de natal e, com muita ansiedade, querem logo inaugurá-los, testá-los e mostrá-los a todos que encontrem no caminho. Assim fizeram os nossos músicos que, não resistindo à alegria, saíram tarde da noite, às escuras, sem avisar ninguém, tocando pelas principais ruas de Aracoiaba, o famoso dobrado “saudades de minha terra”. Mas, por que tarde da noite e às escuras? Agiram dessa maneira, porque ainda eram inseguros no manejo de seus instrumentos musicais e, por acanhamento, não quiseram enfrentar o povo a luz do dia. Mas o tiro saiu pela culatra, pois quem estava dentro de casa, dormindo, com certeza, levantou-se apressadamente de sua rede, de sua cama, enrolado no lençol ou só de camisola ou pijama, correu para a janela ou abriu a porta da casa para apreciar aquele acontecimento tão bonito e inesperado. Lamparinas e velas, não faltaram naquele momento histórico... Ninguém entendia o que estava acontecendo, mas todos gostaram da surpresa e que surpresa!
Esse fato foi-nos contado por D. Enita de Brito, de 93 anos, que, sendo ainda criança e residindo na Rua Santos Dumont, foi acordada pelo som musical da referida banda altas horas da noite. A mesma disse-nos que ao ser acordada, perguntou ao seu pai o que era aquilo... De fato, muita gente estranhou aquele episódio, pois no calendário festivo da cidade nada constava de especial para tal festa e, principalmente naquele horário. No dia seguinte, quando se soube do motivo real do acontecimento, os comentários nas calçadas, nas bodegas e nos bares da cidade foram elogiosos, realidade comum numa cidade pequena no interior. Aracoiaba estava em clima de festa. O povo estava contente, pois a partir daquele dia nossa cidade tornava-se Sede de uma Banda de Música a rigor, e sua gente podia se orgulhar desse tão grande presente.
Queremos informar ao leitor que naquela época, não havia energia elétrica. Tínhamos energia gerada a motor. Esse gerador era ligado às 18 horas da noite e desligado às 10horas; mas, antes de ser desligado um sinal era dado, isto é, faltava energia por alguns segundos e depois a mesma voltava. Esse aviso era para que a população da cidade preparasse suas lamparinas antes do apagão. Daí o fato da turma da banda ter saído também às escuras, experimentando e inaugurando ao mesmo tempo os novos instrumentos.
A Energia de Paulo Afonso chegara em Aracoiaba,no dia 15 de julho, sábado, de 1967, na gestão do então Prefeito Antônio Joaquim de Oliveira Filho, pai de Dr. Antônio Joaquim (Vice-prefeito na segunda gestão de Dra. Marilena.) Nesse tempo o governador do Estado do Ceará era o Sr. Plácido Aderaldo Castelo.
Como foi essa inauguração? Apesar de ser muito criança o que me faz recordar é que um palanque foi montado entre o Patamar da Igreja e a Casa de Apoio da Paróquia, casa que serviu de residência por quase 20 anos para a Srta. Iracema Vasconcelos, prima do Pe. Domingos. Encontravam-se presentes à solenidade o Sr. Governador do Estado, Dr. Plácido Castelo, Prefeito Sr. Antônio Joaquim de Oliveira, Dom Raimundo de Castro e Silva, bispo auxiliar de Fortaleza e filho natural de Aracoiaba, o pároco Pe. Domingos Vasconcelos, vereadores, várias outras autoridades civis e eclesiásticas e a participação eufórica do povo querido de Aracoiaba.
Lembro-me que Dom Raimundo de Castro e Silva,cuja presença naquele momento, era motivo de honra para seus conterrâneos, acionou a chave que gerou a energia de Paulo Afonso em Aracoiaba. Foi uma noite de muita emoção e que ficou registrada na história do povo aracoiabense.
Queremos ressaltar que o marcante evento, em sua inesquecível solenidade, teve como mestre de cerimônia a convite do Prefeito Sr. Antônio Joaquim, o Diretor do Ginásio Escola Normal Virgílio Távora, Dr. Salomão Alves de Moura Brasil, homem de vasta e notória cultura merecendo o privilégio de receber a alcunha do povo de Aracoiaba, como o “Papa da Educação” de nossa cidade. Durante a cerimônia de inauguração, Dr. Salomão fez uso da palavra declamando um poema com o tema: “O sonho de Virgílio – Alegoria de Paulo Afonso.”
Tomei conhecimento desse fato, através da Revista da ALMECE, Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará, número 11 - dezembro – 2006, páginas 51 a 53, que me foi presenteada pelo Dr. Salomão, no dia 04 de janeiro de 2007. Nessa mesma revista li um artigo da Professora e escritora de nossa terra, mulher guerreira, atualmente Acadêmica da ALMECE, Senhorita Ana Maria do Nascimento, minha ex-professora, com o tema “Pindaíra e seu idílio”, página número sete. Vale a pena ler essa revista. Nela, caro leitor, você mergulhará no mundo da cultura e dos conhecimentos.
Durante a solenidade de inauguração da Energia de Paulo Afonso fez-se presente a Banda de música 25 de Marco, conhecida como “A Furiosa”, tendo a frente, na batuta, o mestre Meirú.
Os anos foram passando e a experiência dos nossos músicos foi ganhando intensidade a ponto de serem convidados para abrilhantar festas em outros municípios como Baturité, Capistrano, Itapiúna, Cascavel, Maranguape, Quixadá, Quixeramobim... Essas viagens eram feitas a caminhão em plena estrada carroçável sem reclamação dos músicos, pois, além de gostarem desse meio de vida, para eles era motivo de entretenimento, oportunidade para construírem novas amizades, paqueras de relance e namoradas de última hora. Eles sabiam unir o útil ao agradável, isto é, o cumprimento do dever, em seguida, a curtição da vida, o desenrolar normal da juventude em pleno vigor.
No ditado popular a banda do passado era pau para toda obra, participava de vários eventos, sem burocracia para atender as solicitações que chegavam ao conhecimento do maestro. Eram pessoas simples e de famílias humildes, mas generosas no serviço à comunidade local e as comunidades outras. Gostavam de servir, sentiam-se bem em levar alegria aos outros, em propiciar a todos momentos de festa, momentos de alegria.
Naquele tempo os recursos do município eram parcos, sendo assim, os músicos não eram remunerados. Recebiam aqui e acolá uma ajuda financeira, sem compromisso obrigatório. Tocavam por amor e com amor. Eram os voluntários da música, pela música, em prol da música. Quanto espírito de abnegação e serviço! Recebiam algum dinheirinho quando eram convidados para tocar fora da cidade de Aracoiaba.
Todos os domingos e quartas feiras havia tocata em Aracoiaba. Era sagrado esse dia da semana. No domingo a tocata era no coreto situado na Praça 7 de setembro, hoje Praça Milton Belo; na quarta-feira se apresentavam na Praça 16 de agosto. Essas apresentações eram feitas à noite, talvez às 19 ou 20 horas.
O que era de admirar naqueles músicos era o espírito de organização, pois mantinham suas fardas limpas e engomadas, sapatos engraxados, barba feita, cabelos penteados e respeitada obediência ao maestro. Para qualquer apresentação a turma chegava cedo à sede da banda. A mesma saía da Sede da Banda já tocando variados dobrados durante o percurso até o local das apresentações, num verdadeiro ritual a ser cumprido e observado.À proporção que eles iam caminhando e tocando pelas ruas, o povo era despertado num clima de expectativa e festa.
Ao chegar em qualquer cidade, tocava-se inicialmente um dobrado, em seguida outros dobrados e modinhas da época. Os dobrados mais tocados eram: Brasil Sport, Saudades de minha terra ( tocado até hoje ), Batista de Melo, Saudação ao Rocha, Quatro dias de viagem, - Aristides de Castro ( ex-prefeito de Aracoiaba e Tio da Professora Eugênia de Castro) - 25 de Marco (nome oficial da banda); Raimundo de Freitas (ex-prefeito de Aracoiaba, casado com Hercilinha Castro, grande harmonista do Coral da Paróquia de Aracoiaba); Capitão Cleto Campelo, Valsa Branca(tocada até hoje), Valsa Nair, Marcha Fúnebre (chamada IVER) tocada na procissões de sexta-feira e cortejos fúnebres.
Vale a pena lembrar que a banda tocava marchas fúnebres e acompanhava os funerais...
Dentre esse repertório musical já mencionado a banda também tocava marchas, boleros, fox e rumba.
Os grandes bailes, as festas sociais naquele tempo eram realizados na sede da prefeitura com a banda de música. Os eventos festivos eram iniciados às 20 horas e encerrados uma hora da madrugada. Nesses dias de festas o prefeito autorizava o funcionamento do motor gerador de energia até a hora do término das festividades.
Nas festas carnavalescas sua presença era obrigatória. Naquele tempo a nossa banda tinha fama Nãose contratava outras bandas de música, era ela mesma. Havia os ensaios, o clima de expectativa era alimentado pelos foliões e pelo povo. Naquela época a festa carnavalesca era calma e sem ameaças de violência. Bebida tinha, porém em menor consumo. Cerveja tinha pouca; gelada, nem pensar, a turma colocava a garrafa dentro de uma meia e mergulhava-a numa vasilha com água ou na areia do rio. Geladeira era coisa difícil, muito difícil. Mas nem por isso o carnaval era desanimado. Quem fazia a festa era o povo e não a bebida.
Em 1962, no governo municipal de Airton de Castro – aconteceu o carnaval mais marcante na sede da prefeitura, segundo o músico João Garantizado. Foram 4 noites de muita folia e bastante animação.
Nos anos 60, não sabemos precisar o ano, a nossa banda conhecida como“A Furiosa”, animou o carnaval na cidade de Redenção, também por quaro noites.
Nos anos 70, o carnaval passou a ser realizado numa pequena quadra da CNEC - tempo do Dr. Élson. “Alguns músicos da banda” participaram e um dos cantores era o Bigode que, caprichosamente, interpretava as tradicionais marchinhas carnavalescas como: “bandeira branca”, “cidade maravilhosa”, “Olha a cabeleira do Zezé”; “Tengo, tengo...” e outras...
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Em 1972, aumentaram a quadra da CNEC e o carnaval foi mais participado, sendo criados dois blocos: um chamava-se ossos do barão e o outro, a memória me falha no momento.... Nesse tempo fizeram o desfile pelas ruas da cidade com esses blocos e à frente um carro alegórico transportando a rainha do carnaval ( Cacilda Florênço, filha do Biel e o rei momo Zé da Lica, pai do Valdir Silva.
A farda da turma era composta de blusa com mangas longas, de cor cáqui com botões pretos, calça e quepe (estilo boné), também de cor cáqui. Calçava sapatos de couro, cor preta.Esse uniforme era semelhante a farda dos militares na época.
Antigamente as festas religiosas de nossa paróquia eram muito animadas. Bem mais animadas do que as de hoje, com certeza. Parte dessa animação estava com a presença da nossa banda. Não temos depoimentos a esse respeito, mas podemos precisar que nas grandes acontecimentos da nossa Igreja-Matriz, como a benção do sino, a inauguração da torre, do relógio e do santo cruzeiro, a banda deve ter participado desses grandes eventos (PESQUISAR).
Na vida paroquial os músicos faziam a festa. Os leilões, nas festas de Igreja, eram animados, pois as grandes prendas arrematadas a banda tocava ... Naquele tempo os leilões eram muito participados. As prendas eram variadas. Além das galinhas cheias, bolos gostosos, bandejas de ovos, garrotes, teve um tempo que até cavalos foram leiloados para a aquisição de fundos financeiros para a compra do relógio.
Durante o novenário das festas de Nossa Senhora da Conceição e São Francisco, durante os 9 dias a banda se fazia presente à Igreja por três vezes: 6 horas da manhã, meio-dia e 6 horas da noite. Nesses três espaços de tempo ela saía da sede, tocando, em direção da Igreja.
A Banda fazia a festa. Dava brilho as animações. Serviço de som de alto nível a paróquia não tinha, tinha sim,a amplificadora da prefeitura que, segundo a escritora Aldaléia Aquino, filha de Aracoiaba, em sua poesia “Lembrança de Aracoiaba”, nos diz... “ lembro-me da amplificadora tocando e transmitindo as mensagens dos namorados misteriosos, a ola de cavalinhos do seu Chico Nogueira e, ainda os famosos leilões de prendas e caixinhas de segredos...”
MAESTROS E CONTRAMESTRES
Consultando alguns músicos antigos e várias pessoas na terceira idade que tiveram familiares na banda, descobrimos que ela teve vários maestros e contramestres ao longo dos anos. Acompanhando assim o desenrolar dos depoimentos, descobrimos os seguintes maestros e contramestres:
DE 1916 À 2011
MAESTROS E CONTRAMESTRES QUE BRILHARAM COM SEUS TALENTOS NA BANDA DE MÚSICA DE ARACOIABA
Essa lista nominal dos maestros nos foram repassadas pelos depoentes:
Bigode , ex- músico
João Garantizado, ex-músico.
Sra. Enita de Brito – Viúva de José de Brito, ex-músico.
Geraldina Leite do Nascimento – Irmã do Sr. Geraldo Leite, ex-músico da Banda.
Sr. José Everton (Filho de criação da Sra. Enita de Brito)
Anilton Cândido –Maestro do Coral Imaculada Conceição-Aracoiaba
Themístocles Stanton – Maestro atual da Banda de Música de Aracoiaba.
MAESTROS
Nossa BANDA contou com 08 MAESTROS.
Primeiro
Sr. Artur Benevides...
Segundo
Sr. José Barbosa...
Terceiro
Sr. José Clementino da Silva Meirú
Quarto
Sr.Manoel de Brito...(Sobrinho do José de Brito)
Quinto
Sargento Etelberto de Sousa Castro
Sexto
Sr. João Alves Garantizado
Sétimo
Capitão Francisco Gomes de Andrade
Oitavo
Themístocles Stanton da Silva Pinheiro
OBS.: É bom lembrar que alguns maestros atuaram por pouco tempo.
05 Contramestres:
Sargento Etelberto (Auxiliava o Mestre Meirú mais tarde, tornou-se maestro)
Sr. João Garantizado (Auxiliava o Maestro Etelberto, mais tarde tornou-se maestro)
Wellington e Anilton, auxiliavam o Maestro Andrade
Themístocles Stanton (Auxiliava o Maestro Andrade, posteriormente tornou-se maestro)
Vamos tentar entrar em detalhes na história de vida dos nossos maestros e a atuação deles na Banda de Música Municipal de Aracoiaba.
A Banda de Música Municipal de Aracoiaba recebeu dois nomes:
Banda 25 de Marco (1916 a 1977)
Maestros: Artur Benevides, José Barbosa,Manoel de Brito, Mestre Meirú, , Sargento Etelberto e João Garantizado.
O PORQUÊ DO NOME “BANDA 25 DE MARÇO?”
Não encontramos a explicação, o porquê de a Banda ter recebido o nome “Banda 25 de Marco”. D. Enita e Sr. Geraldo Leite não souberam responder nossa pergunta e curiosidade.
Banda Professora Gecilda Moura (1991, aos nossos dias)
( Maestros: Capitão Andrade e Themístocles Stanton ).
A Banda recebeu esse nome para homenagear a Professora e Vereadora Maria Gecilda Moura, irmã do Dr. Salomão Alves de Moura Brasil.
Sedes da Banda
Primeira Sede:
Uma pequena sala nos fundos da antiga prefeitura. Localizava-se defronte ao café do Sr. Pompeu, vizinho a loja do Sr. Santana, pai da escritora Rose Mary. Atualmente localiza-se na travessa Cel. Pedro Guedes.
Segunda Sede:
No Grêmio Musical 25 de Março, localizado na Rua Santos Dumont, vizinho a residência da Dra. Maristela Silvestre. Atualmente, o depósito da merenda escolar.
Terceira Sede:
Grêmio Musical, localizado na Rua Santos Dumon,atual Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Aracoiaba.
Obs.: Nesse grêmio, por alguns anos, aconteceram dramatizações, tertúlias nas noites de sábado para a juventude.
Quarta Sede:
Escola Municipal Profa. Gecilda Moura. Posteriormente essa Escola passou a ser sede da Secretaria de Educação, Cultura e Desporto no governo municipal do Dr. Ari. Numa das dependências dessa Secretaria fora criada a Sede da Banda de Música, sob a Coordenação do Diretor do Departamento de Ensino Artístico, Capitão Andrade. Atualmente neste prédio funcional a Secretaria de Ação Social.
Quinta Sede:
No antigo Centro Comunitário Eugênio de Castro e Silva.
Obs.: A Banda está de mudança para uma sala na Secretaria de Educação de Aracoiaba..
Compra dos Instrumentos
Durante todos esses anos os governantes de Aracoiaba, fizeram três grandes compras dos instrumentos:
Primeira compra: entre 1916 a 1918...
Maestros: Artur Benevides e José Barbosa
Essa compra teve ter sido feita por um dos intendentes ( líderes comunitários ) que governaram nossa terra, dentre eles: Cel. Cirilino Pimenta, Cel. Pedro Guedes Alcoforado, Antônio Setúbal Barreto e Pedro Coelho de Albuquerque, Eduardo de Castro e Silva, esse último foi eleito como primeiro prefeito de Aracoiaba numa eleição realizada em 1933, todavia, Sr. Eduardo de Castro, só tomou posse no ano seguinte no dia 06 de janeiro de 1936, e em 1937, foi afastado em virtude da ditadura implantada no País.
Digamos que cada intendente tenha governado Aracoiaba por 3 ou 4 anos,sendo assim, fazendo um somatório com datas aproximadas, achamos que a primeira compra dos primeiros instrumentos deve ter sido realizada pelo Cel. Cirilino Pimenta.
Segunda compra:
.Prefeito José Gadelha – Maestro: Etelberto de Castro.
Nota: Sr. João Garantizado, (ex-músico da segunda turma), nos repassou que os novos instrumentos foram comprados em São Paulo, na Veril, pelo Prefeito Sr. José Gadelha.
Quando os instrumentos chegaram em Aracoiaba, o Sargento Etelberto foi chamar o João Garantizado para acompanha-lo até sua casa para abrirem as caixas que continham os novos instrumentos. Imaginem só a pressa dos dois músicos em plena expectativa e curiosidade para verem os instrumentos.
Terceira compra:
Anos 70 – Prefeito Airton de Castro
Quarta compra:
Gestão do Dr. Ari Ribeiro Teixeira, com o aval e a força dinâmica do Dr. Salomão Alves de Moura Brasil.
OBS.: É bom salientar que vários instrumentos foram conseguidos pela aprovação de projetos feitos em Aracoiaba...
Dados biográficos de alguns maestros e contramestres da Banda de música de Aracoiaba.
Artur Benevides e José Barbosa, nossos primeiros maestros.Infelizmente, apesar dos nossos esforços, não nos foi possível encontrar seus dados biográficos. Se a banda tivesse, de fato, sido iniciada em 1916, eles ficaram frente ao trabalho musical por um período aproximadamente de 19 anos. Após o trabalho deles veio o Mestre Meirú em 1935, sendo que a banda já não estava mais atuando. Seus nomes chegaram até nós através dos ex-músicos Bigode e João Garantizado, com o aval do Sr. Everton.
Mestre Meirú
Este homem de estatura pequena, mas grande no talento musical, marcou presença honrosa ao longo dos anos conduzindo a nossa banda. A história de vida desse homem simples e inteligente nos enche de orgulho e nos faz agradecê-lo pela sua enorme contribuição no campo musical dedicado ao povo de Aracoiaba. Vamos conhecê-lo melhor através de sua história de vida e sua trajetória na banda municipal 25 de marco de Aracoiaba:
José Clementino da Silva Meirú, filhode José Féliz e Ana Maria do Espírito Santo, nasceu em 29 de outubro de 1894, em Barbalha, Ceará.
Muito cedo, Meirú começou a se interessar pela música, deixando que ela fizesse parte de sua vida, aproveitando muito bem do dom que Deus lhe presenteara. Após a conclusão dos estudos..., despertou nele a ideia de colocar seus conhecimentos em prática fundando uma pequena banda de música com algumas crianças em Barbalha. Essa banda por ele fundada alcançou sucesso a ponto de viajar para outros estados encantando as pessoas com retretas sob a sua maestria. Numa dessas viagens, chegando à Paraíba em Cajazeiras, conheceu a jovem Maria do Carmo da Silva Bindá, sendo que, mais tarde, veio a ser sua esposa. Desse matrimônio, Deus presenteou ao casal quatro filhos na cidade de Barbalha: Renato Clementino da Silva Meirú (Tucha), Mônica da Silva do Nascimento Meirú (Têca, veio fazer parte do Coral da Igreja Matriz de Aracoiaba); Francisco Clementino da Silva Meirú (Chico Barrão) e Elvira Clementino Meirú, futuramente tornar-se-ia funcionária do Hospital e Maternidade Santa Isabel de Aracoiaba e participante do Coral da Paróquia da Imaculada Conceição da mesma cidade.
Anos depois, vindo a trabalho para Fortaleza, teve a felicidade de reencontrar-se com dois amigos, seus ex-músicos da Banda de Música de Barbalha, os tenentes da Polícia Militar, Anísio Medeiros dos Santos e Raimundo Guanabara.Após uma amistosa conversa, ambos convidaram o Mestre Meirú para assumir a Maestria da Banda de Música da Polícia Militar do Estado do Ceará. O mesmo agradeceu o honroso convite, mas não pôde aceita-lo.
Esses dois tenentes, conhecedores do valor e da competência do Sr. Meirú no campo musical, verbalmente deram-lhe o título de Mestre de Música e passaram a chamá-lo de Mestre Meirú.
Certa vez, retornando a Fortaleza, foi visto por um filho de Aracoiaba, conhecido dele, a consertar um piano. Nesse bate-papo, essa pessoa a qual não descobrimos o nome,,possivelmente seu amigo, o convidou para visitar a cidade de Aracoiaba e tentar consertar o harmônio de fabricação alemã da Paróquia da Imaculada Conceição da mesma cidade. O convite fora aceito e o Mestre Meirú chegou em nossa terra pela primeira vez no ano de 1935.
Ao chegar nessa acolhedora e pacata cidade conquistou muitos amigos e o fez ser respeitado pela sua inteligência musical. As autoridades e os amigos na época, tomando conhecimento de sua competência o convidam pra recomeçar os trabalhos da banda de música municipal.
Entendam bem: o Mestre Meirú não veio pra dar continuidade ao trabalho, e sim, recomeçá-lo.Desde quando o trabalho estava parado? Não sabemos. Por isso mesmo é que continuamos a precisar que nossos primeiros maestros permaneceram pouco tempo frente a nossa banda; porém, não descartamos uma outra teoria: eles permaneceram na banda durante 19 anos, se a mesma, de fato, tivesse sido iniciada em 1916, já que o Mestre Meirú chegou em Aracoiaba em 1935).
O convite fora aceito, e no mesmo ano, trouxe sua família para Aracoiaba e assim fixou residência definitiva. Sua primeira casa localizava-se na Rua Raimundo de Castro, vizinho a residência da Sra. Naíde Bezerra, próximo ao prédio da antiga prefeitura municipal.
Para intensificar sua alegria, D. Maria do Carmo, sua esposa, o presenteia com o nascimento de sua filha, agora, aracoiabense, Maria Clementino da Silva Meirú (Emperete). Mais tarde vieram mais dois filhos aracoiabenses: Agostinho Silva Meirú (Belinho) e José Clementino da Silva Meirú (Deca). Com a família mais numerosa, passou a morar numa casa próximo a estrada de ferro, no mesmo terreno que foi ocupado com a primeira sede do Banco do Brasil, defronte a Praça Milton Belo.
O tempo foi passando... E o nosso maestro tornou-se conhecido em toda a Região do Maciço de Baturité. Sua fama espalhou-se muito rapidamente. Fora convidado para trabalhar no Município de Itapiúna para ensinar música às crianças e, sem pensar duas vezes aceitara o convite, pois amava trabalhar com crianças, prova disso que, em Barbalha, sua terra natal, ele iniciara seus trabalhos na banda começando com um grupo de crianças. Indo para Itapiúna, nosso maestro não abandona Aracoiaba, pois encontrou um meio de trabalhar nas duas cidades, pois a música fora seu único “ganha pão” para sustentar sua numerosa família. Segundo seus familiares, ele não teve nenhum outro emprego. A música fora seu sustento, sua paixão, sua vida! Vale a pena mencionar que os músicos, antigamente, não eram contratados pela prefeitura. Trabalhavam como voluntários. Talvez, aqui, acolá, aparecia algum agrado financeiro. É bom lembrar que, devido às viagens do Mestre Meirú a Itapiúna e noutras ocupações, o Sargento Etelberto, em muitas oportunidades assumira a Banda como contramestre.
Certa vez, encontrava-se viajando, quando teve que retornar às pressas a Aracoiaba para dirigir os trabalhos da Banda na festa das Bodas de Prata de Vida Sacerdotal de Dom Raimundo de Castro e Silva, filho ilustre de nossa terra.Conseguiu chegar a tempo.
O mestre Meirú ficou a frente da Banda por um longo período de 30 anos. A esse maestro, a nossa grande gratidão, os nossos mais comoventes aplausos pela sua honrosa contribuição a cidade e ao povo de Aracoiaba.
Mestre Meirú, Deus lhe pague!!!
Manoel de Brito.
Não encontramos referências sobre sua vida e a atuação na Banda de Música.Sabemos sim, que ele era primo do Sr. José de Brito.
Seu nome não consta na relação nominal dos músicos que formaram a segunda turma. Talvez tenha sido um segundo contramestre do Sr. Meirú e nas ausências demoradas do mesmo, ele assumia os trabalhos.
A única informação que obtemos foi que ele atuou logo depois do Mestre Meirú como maestro. Achamos que sua contribuição na maestria da banda foi por pouquíssimo tempo.
Sargento Etelberto de Sousa Castro.
O maestro Meirú já estava à frente da Banda de Música há quase 20 anos. Precisava de alguém que colaborasse com ele, pois viajava muito pra assumir compromissos na área musical. Como já foi mencionado em sua biografia, encontrava-se viajando quando teve que retornar às pressas para fazer-se presente a festa dos 25 anos de vida sacerdotal de Dom Raimundo de Castro e Silva.
Etelberto começou seu trabalho como contramestre.Em seguida tornou-se maestro. Nesse espaço de tempo nossa banda teve dois maestros ao mesmo tempo. Que bonito! Os dois se revezavam, podemos dizer assim.
Mas quem foi o Sargento Etelberto?
Nasceu em Aracoiaba. Seus pais foram Francisco de Castro e Silva e Maria de Sousa Castro. Era neto do Cel. Raimundo de Castro e Silva.
Foi casado com Maria de Lourdes de Sousa Castro. Desse matrimônio nasceram sete filhos: Francisco, Ceci, Hercília, Maria de Lourdes, Eugênio, Eduardo e Aristides.
Pertencia a Polícia Militar e tinha alcunha de Sargento.
Nos anos 50, ele iniciou seus trabalhos na banda de música. Foi contra-mestre e depois passou a ser maestro.
Residiu, juntamente com sua esposa e filhos na Rua Santos Dumont (atualmente casa de D. Terezinha Pinheiro (in memoriam), mãe do Paulo e Milton Rocha). Também na Rua Santos Dumont, trabalhou em sua oficina de carpintaria, atualmente, Cartório Brasileiro Pontes.
Sargento Etelberto, faleceu no dia 31 de agosto de 1961.
Nota: Sr. João Garantizado, (ex-músico da segunda turma), nos repassou que os novos instrumentos foram comprados em São Paulo, na Veril, pelo Prefeito Sr. José Gadelha.
Quando os instrumentos chegaram em Aracoiaba, o Sargento Etelberto foi chamar o João Garantizado para acompanha-lo até sua casa para abrirem as caixas que continham os novos instrumentos. Imaginem só a pressa dos dois músicos em plena expectativa e curiosidade para verem os instrumentos.
Sargento Etelberto, faleceu no dia 31 de agosto de 1961.
Capitão Francisco Gomes de Andrade
Como foi que o Capitão Andrade, veio a nossa cidade de Aracoiaba?
Vamos conferir essa história, narrada por ele mesmo:
No ano de 1963, o Sr. Alexandre Gonçalves da Silva, Prefeito Municipal de Ipaumirim, Ceará, tomou a iniciativa de criar a Banda de Música da Prefeitura Municipal. Naquela época, eu tinha 14 anos de idade, quando comecei a participar das primeiras aulas de teoria musical, ministradas pelo mestre Rivaldo, e, posteriormente, pelo mestre Torres, dois Pernambucanos que residiam na vizinha cidade de Cajazeiras, Paraíba. Daí por diante, minha vontade era aprender música e desenvolver com sucesso a nova profissão que estava abraçando para que, através dela, o êxito alcançado fosse valorizado no meio profissional.
Com o passar do tempo, Ipaumirim, Ce., por ser uma cidade pequena, localizada ao sul do estado, não reunir condições suficientes de oferecer campo de trabalho para o músico, decidi no ano de 1970, sete anos depois, cursando o antigo ginasial, vir embora para a capital do meu estado com o objetivo de ingressar nas fileiras da Polícia Militar do Ceará e exercer minha profissão desejada.
Em 1970, ingressei na Polícia Militar do Ceará, submetendo-me ao Curso de Formação de Soldado Especialista (músico), passando a “pronto” no mesmo ano.
No ano de 1974, fui admitido no Curso de Formação de Sargento Especialista (músico), tirando o primeiro lugar, sendo promovido a graduação de terceiro sargento em 28 de fevereiro de 1975.
Em 1976, fui promovido a graduação de segundo sargento, por antiguidade em dezembro de 1976.
Após 3 anos, lancei-me no Curso de Aperfeiçoamento de Sargento (CAS), sendo promovido a graduação de primeiro sargento, dezembro de 1979.
Já em 1986, fui promovido a graduação de subtenente por merecimento e antiguidade. Agosto de 1986.
No ano de 1988, fui admitido no Curso de Habilitação de Oficiais (CHO), sendo promovido ao posto de segundo tenente, em dezembro do mesmo ano, e logo depois, assumi a chefia da banda de música da Polícia Militar do Ceará.
Em 1990, promoveram-me ao posto de primeiro tenente, em dezembro do mesmo ano.
Em julho de 1991, ainda na ativa, fui procurado pelo Cel. Archias, solicitando-me que conseguisse um militar da reserva que viesse ocupar o cargo de maestro da Banda de música de Aracoiaba. Como não encontrei a referida pessoa, sugeri ao Sr. Cel. Danilo, ora Comandante Geral, para ocupar esse cargo na referida cidade apenas nos finais de semana, sob a aceitação do Sr. Prefeito de Aracoiaba
No ano seguinte, no mês de dezembro de 1992, fui promovido a capitão. Em 1993, em fevereiro, passei para a reserva remunerada. Para facilitar meu trabalho fixei residência nesse município e, com o apoio do Dr. Ary, Dr. Salomão,Cel. Archias, as autoridades municipais e a aceitação do povo, assumi a Banda de Música dessa acolhedora cidade que há anos ficara no esquecimento e abandono totais.
Fiquei a frente dessa banda de 1991 a 2004. Foram 13 anos de dedicação e trabalho a essa semente plantada que, com o tempo, tornou-se árvore frondosa e que, atualmente já estamos colhendo seus frutos.
Capitão Andrade foi agraciado com o título de Cidadão Aracoiabense. Vejamos na íntegra o que se encontra escrito no documento:
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
ESTADO DO CEARÁ
MUNICIPIO DE ARACOIABA
Câmara Municipal de Aracoiaba
“Os Poderes Públicos Municipais de Aracoiaba, no uso de suas atribuições legais, e tendo em vista a Lei Orgânica do Municipal, datada de 20 de Novembro de 1990, e a resolução número 153 de 21 de janeiro de 1997(das honrarias) de autoria do Vereador Salomão Alves de Moura, confere a(o) Exma.(o). Sra.(o)FRANCISCO GOMES DE ANDRADE, Título de Cidadão Aracoiabense, para o que mandarem expedir o presente diploma.
PACO DA CAMARA MUNICIPAL DE ARACOIABA, AOS 14 de setembro de 2001.
Salomão Alves de Moura
Autor (Vereador)
Salomão Alves de Moura Francisco Ary RibeiroTeixeira
Presidente da Câmara Prefeito Municipal
Themístocles Stanton da Silva Pinheiro
Atual Masetro da Banda de Música Profa. Gecilda em Aracoiaba.
Themístocles, conhecido no meio musical como Stanton, casado com Patrícia de Sousa Silva, filho de Maria do Socorro de Sousa Silva e de Francisco Pinheiro Filho, nasceu na cidade de Aracoiaba, no dia 12 de dezembro de 1980.
Desde criança manifestou fortemente inclinação para a arte musical.
No ano de 1994, aos 15 anos de idade, ingressou na Escolinha de Música, sob a responsabilidade do competente Maestro Capitão Andrade, por um período de um ano e meio. A turma em que fez parte na referida escolinha, era composta de dez componentes,todos estudantes e simpatizantes na arte musical.
Após os estudos teóricos e práticos, dotado de talento natural no campo musical, foi incorporado ao quadro de músico da banda de Aracoiaba atuando como Solista da mesma. Com o passar do tempo e através de sua revelação no meio musical, foi convidado pela Secretaria de Ação Social de Barreira, para ministrar aulas de flauta a um pequeno grupo de adolescentes da referida cidade. Isso ocorreu no ano 2000.
No ano seguinte, também em Barreira, o mesmo foi convidado pelo Diretor de Cultura, o poeta Ari Bandeira, para reger a “Banda de Música Poeta Raimundo Cesário”. Assim, nascia a primeira banda de música sob a maestria do jovem Themístocles Stanton na referida cidade. Iniciava-se também sua pioneira missão como maestro.
O tempo foi passando e a experiência musical ganhou espaço rapidamente na vida desse jovem músico. Dessa vivência e experiência conquistadas, fez valer a pessoa dele a confiança do Maestro Capitão Andrade, quando na sua ausência, por várias vezes teve que substituí-lo como contramestre da Banda Professora Gecilda da cidade de Aracoiaba.
Sua ascensão musical não parou aí. A Sra. Dra. Marilena Campêlo Nogueira, ao assumir a Prefeitura Municipal de Aracoiaba, em sua segunda gestão, pessoalmente convidou e nomeou o jovem Themístocles Stanton para assumir a maestria da Banda de Música Professora Gecilda convite esse que o fez responsável pela maior e melhor banda de música no Maciço de Baturité, banda essa, na época, composta de 30 talentosos e competentes músicos. A partir daí, começava em sua vida uma nova etapa, um grande desafio repleto de responsabilidades ao dar continuidade a fama dessa tradicional banda de música de Aracoiaba.
Ao assumir a Banda de Música Professora Gecilda em Aracoiaba, não lhe foi fácil conquistar a confiabilidade do povo aracoiabense, devido ser muito jovem e de pouca experiência na regência de uma grande banda. Num curto espaço de tempo, o Maestro Themístocles Stanton, mostrando seu trabalho inovado, criativo, responsável e muita segurança, o fez conquistar a confiança do povo, ganhando assim, aprovação, vez e voz na condução competente de sua nova missão: estar maestro.
No dia 22 de maio de 2005, através da Secretaria de Cultura do município que tinha à frente o então secretario Jorge Luiz Florêncio, o maestro Themístocles Stanton,resolveu através de um edital utilizar alguns instrumentos que estavam guardados no almoxarifado e criar uma
Nova escolinha de música para suprir as necessidades da nossa querida Banda de Aracoiaba,projeto esse que deu maravilhosos frutos, pois com sua competência e garra o jovem maestro conseguiu formar uma nova safra de músicos, sendo a nossa Banda a maior turma de músicos em toda a Região do Maciço de Baturité.
Levado pelo impulso natural, acreditando no dom que Deus lhe deu, buscou na música realizar-se como pessoa e vivenciar esse dom divino que lhe fora dado, procurando ampliar seus conhecimentos e submetendo-se a vários cursos que proporcionaram um enriquecimento maior em seus talentos musicais os quais destacamos sequencialmente:
- Curso: Regente de Bandas, ministrado pela SECULT, Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, pelo Professor Eduardo Fidelis, Coordenador do Projeto Pró- Banda do Estado do Ceará.
- Curso de Técnica de Harmonia, também pela SECULT, ministrado pelos professores Márcio Land, Regente da Orquestra Eliazar de Carvalho, e o Maestro Manuel Ferreira, considerado o melhor arranjista do Estado do Ceará e um dos melhores arranjistas do Brasil.
Participou do Curso de Técnicas de Arranjo com o Professor Rafael dos Santos da UNICAMP – São Paulo.
Fez-se presente ao Curso de Técnica de Sopro com o Professor Carlinhos Ferreira, considerado um dos mais conceituados saxofonistas do Estado do Ceará.
Esse jovem maestro, foi selecionado para participar da Orquestra no Festival de Música em Ibiapaba.
Foi convidado a apresentar-se como um dos integrantes do sexteto de saxofones do Festival de Música da Ibiapaba.
A vida lhe proporcionou outras oportunidades no campo da música:
Fez o arranjo oficial do Hino do Município de Barreira, Hino do Município de Coreaú ; criou o arranjo oficial do Hino da Escola Danísio Correia, na cidade de Barreira; tirou o primeiro lugar por unanimidade, no concurso realizado pela Escola Almir Pinto de Aracoiaba, para a criação do hino daquela casa educacional. Hoje esta escola tem oficialmente seu hino oficial, criado em setembro de 2006, com música e letra graças ao Maestro Themístocles Stanton
Também, com muita competência, fez o arranjo do Hino Oficial do Ginásio Escola Normal Virgílio Távora, a pedido do mestre e amigo Dr. Salomão Alves de Moura Brasil.
No ano de 2007 é convidado pela então Secretario de ação social de Baturité, para ministrar aulas de Flauta doce no projeto desta mesma secretaria.Após um curto período de tempo nesse projeto o mesmo é convidado pelo prefeito de Coreaú,cidade localizada a 60Km de Sobral a assumir o cargo de maestro da banda da sua cidade,pois ouvira falar muito bem de sua maestria. No dia 29 de julho de 2009 o jovem maestro no intuito de expandir seus talentos musicais assume a banda de Coreaú ficando assim com duas bandas sobre o seu comando
Themístocles através do músico Desousa (Ex componente da Banda de Aracoiaba), trouxe a nossa cidade o Quinteto Alberto Nepomuceno que fez um Concerto memorável na Concha Acústica do GVT. Ministrou também um curso de aperfeiçoamento para os músicos no Maciço de Baturité.
Levou a Banda de Aracoiaba por varias vezes para o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura em Fortaleza .Participou de várias retretas, encontros nas várias cidades do estado do ceará.
No dia 19 de novembro de 2010, numa apresentação notável no Primeiro Encontro Regional de Música a nossa querida Banda foi chamada de “Orquestra Municipal de Aracoiaba” , bastante elogiada pelo o vice- Governador Professor Pinheiro, hoje secretário de cultura do Estado de Ceará.
Viajou para Brasília a convite do seu amigo e conterrâneo George Cruz (sargento da base aérea),para a troca de experiências musicais com os músicos da Orquestra Sinfônica da Base Aérea de Brasília.
Apesar de ser muito jovem, esse maestro, levado pela inteligência e competência, alçou vôo muito cedo no complexo e ao mesmo tempo encantador mundo da música.
Este é o Themístocles que nós conhecemos e que, apesar do seu sucesso no campo musical, não permitiu que esse dom que Deus lhe deu lhe enchesse de orgulho e vaidades arrogantes, mas continua sendo o Themístocles simples e de família humilde, que usa esse dom maravilhoso que o Criador lhe deu, para servir a todos aqueles que vierem a precisar de seus talentosos trabalhos.
João Alves Garantizado
Em 1961, faleceu o Sargento Etelberto. Nesse ano, Mestre Meirú, tinha 67 anos e já se sentia cansado pela idade e pelo corre-corre no tempo para dar conta do seu trabalho. Quem iria substituir o Sargento Etelberto e colaborar com o Mestre Meirú? A pessoa indicada foi o músico João Garantizado que assumiu a maestria desde 1961 a 1977, 16 anos de dedicação a Banda de Música. Nessa época a Banda ficou conhecida como ‘ A Furiosa”.
Nota:
O maestro Meirú era considerado Maestro Emérito.
Que quer dizer essa palavra?
- Uma pessoa que se retirou do longo serviço ativo, por idade ou enfermidade, conservando o título ou a graduação correspondente ao cargo que exercia numa ciência ou arte. Pessoa ilustre.
- Em outras palavras: enquanto o Mestre Meirú esteve vivo, era considerado por todos como Maestro da Banda de Música de Aracoiaba. Ele fez história e passou para a história da música em Aracoiaba.
João Garantizado é filho natural de Aracoiaba. Atualmente reside na Rua Juvenal Galeno. Seu trabalho teve uma duração de 16 anos, encerrando no dia 14 de junho de 1977, dia da inauguração do Centro Comunitário Paroquial, no paroquiato do Frei Jeremias Saraiva Teles. A partir dessa data a banda parou seus trabalhos por um longo período de 14 anos.
NESSE PERÍODO DE 16 ANOS MUITA COISA ACONTECEU COM ESSA BANDA CHAMADA DE ‘’ A FURIOSA”
Ainda postaremos mais novidades (LUSMAR)
São duas horas da madruga
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Rose,
Aí está a segunda parte de minha contribuição sobre a Banda de Música. Tenho mais novidades e, se der tempo lhe enviarei a 3ª parte. Eu iria lançar esse livreto com muita boa vontade, mais cedo-lhe essa pesquisa com alegria para o enriquecimento do nosso povo no primeiro livro que contará a história de nossa cidade e nossa gente.
São duas horas da madrugada. Corrija meus erros, são muitos. Faça as mudanças necessárias...
Um abraço,
CONHEÇA ESSA PESSOA MARAVILHOSA: LUSMAR PAZ
Um comentário:
É isso aí amigo, agradecemos a grandiosa deferencia. Estamos recosntruido juntos a história de nossa Aracoiaba, parabens por sua valiosa colaboração, abraço Rose
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