HIGIENE
Trocar a escova de dente é coisa séria
25.02.2014
Para prevenir a proliferação de germes é essencial atentar para o ambiente e como a escova é guardada
Quem nunca usou a escova de dentes e só pensou em trocá-la quando ela estava em um estado bem desgastadinho? Fala-se em higiene bucal, mas os assessórios para realizá-la, muitas vezes, são negligenciados por quem os utiliza.
Quem nunca usou a escova de dentes e só pensou em trocá-la quando ela estava em um estado bem desgastadinho? Fala-se em higiene bucal, mas os assessórios para realizá-la, muitas vezes, são negligenciados por quem os utiliza.
Quanto mais a escova é usada, mais ela se desgasta, diminuindo a eficácia na limpeza dos dentes, sua principal função, aumentando a incidência de tártaro e, consequentemente, formando a placa bacteriana. Segundo o especialista em periodontia e implantodontia, Daniel Vasconcellos, "o ideal é trocá-la no máximo a cada três meses, ou quando surgem os primeiros sinais de desgaste".
Menos força
Para aumentar a vida útil do objeto, são indicados cuidados simples: manter a escova sempre limpa e enxuta; lavá-la com água corrente e enxugá-la após a escovação; mantê-la em local seco para evitar fungos e bactérias; escovar os dentes com eficiência e não com força (com movimentos corretos e suaves).
A força é um hábito incorreto e comum na escovação. O costume gera um rápido desgaste na escova de dentes, reduzindo o período necessário para a sua troca. "Quando se coloca muita força na escovação, as cerdas se abrem e não tocam os dentes em sua superfície. Tal conduta danifica a escova, deixando-a com as cerdas abertas, condição que indica a necessidade da troca imediata", afirma.
Além dos prejuízos na limpeza dos dentes e do rápido desgaste no objeto, a força na escovação causa sérios problemas na gengiva, como retrações gengivais, o que potencializa a sensibilidade e desgaste do esmalte dos dentes, causando dores ao ingerir alimentos ou líquidos gelados e frios.
Daniel Vasconcellos explica que a forma mais fácil para "reeducar" a escovação é adquirir uma escova com cerdas macias e de boa qualidade e, na sequência, buscar ajuda profissional para aprender o modo correto de escovação.
Bons exemplos
É desde a infância que se incentiva os bons costumes com a higiene bucal e isso ocorre por meio de bons exemplos. Portanto, segundo o especialista, é preciso manter a boa higienização da boca e dentes das crianças, além de ensiná-las a fazê-la da forma correta, despertando o gostar de se cuidar e demonstrando a importância que isso terá ao longo de toda a vida.
A escovação diária sempre após as refeições, o uso do fio dental e a visita ao dentista de seis em seis meses são exemplos que devem ser repassados pelos adultos.
Tudo ao contrário do exposto leva a maus hábitos. São exemplos clássicos de má higienização: não escovar os dentes sempre após as refeições, escová-los de maneira incorreta, não usar o fio dental diariamente, comer doces e não escovar os dentes, não procurar um dentista nos primeiros sintomas de que há algo errado como um sangramento na gengiva ou um mau hálito constante. Gengivite ou endocardite bacteriana são consequências naturais. Para garantir a retirada dos resíduos, nunca é demais lembrar a necessidade de higienizar os dentes (e entre eles) antes e após as refeições e usar antisséptico bucal.
Aos adultos
Na hora da compra da escova é preciso seguir os seguintes critérios. A escova deve ter boa qualidade, com cerdas macias para não machucar a gengiva, além de apresentar a cabeça pequena para alcançar os dentes do fundo da boca.
A pasta de dente deve conter flúor e não possuir qualquer tipo de substância abrasiva. "Atualmente, existe uma grande variedade de produtos específicos para combater cárie, gengivite, tártaro, manchas e sensibilidade. O ideal é perguntar ao dentista qual o creme dental mais indicado para o seu tipo de dente", destaca Daniel Vasconcelos.
Proteção
Para evitar a proliferação de germes é preciso atentar para a forma como a escova de dente é guardada (sobre a pia, dentro do armário, em estojo ou com protetor de cerdas).
Também é importante descartar locais úmidos e fechados, assim como lançar mão de um protetor de cerdas (os furinhos existentes no acessório permitem uma circulação do ar). São eles que reduzem o contato das cerdas com o ambiente e evitam a formação de micro-organismos.
Parece uma recomendação elementar, mas muitos esquecem desse cuidado básico como manter a escova de dente pelo menos a um metro e meio de distância do vaso sanitário. Tal cuidado evita que as bactérias presentes no ar na hora da descarga, possam alcançá-la.
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