Como é glorioso ver que muitas das coisas surgem através da união de duas unidades. Dois seres únicos e independentes entre si se unem a fim de formar um terceiro, é assim que acontece na natureza.
A união de duas situações antagônicas é que faz surgir algo diferentes, nunca antes visto. O choque entre duas mãos é que faz nascer o barulho das palmas; o escutar e o ouvir é o que faz surgir o conhecimento; o silencio do vento é que faz surgir o barulho do mover das folhas; o sol que traz calor é o que evapora as águas que fará surgir o frio da chuva; o sorriso é o que desfaz a tristeza do rosto.
Proeminente sempre se faz o número dois, são duas também as situações que nos levou a condição de libertos. A primeira fora a concepção da Santíssima Virgem, que em seu ventre o verbo de Deus se faz carne participando conosco desta condição de necessitar de alimentes, ter frio, brincar, cantar, sonhar. Fez-se um de nós. Por revestir-se de nossa carne fez Deus também ser homens, e os homens possuírem a bondade de Deus, a possibilidade de amar, nós que antes somente éramos amados hoje possuímos a capacidade de amar. A segunda foi a sua morte na cruz, não quis somente ser humano de carne, mas quis conhecer a dor do pecado, não pecou, porém quis conhecer a dor do pecado. E morrendo na cruz pagou com o preço mais caro todos os nossos pecados.
O número dois, duas pessoas distintas, o Pai e o Filho, quiseram através destes dois atos trazer-nos a paz da unidade, ser santos. Pelo dois, Pai e Filho, surgi o Espirito, defensor nosso.
Enfim, através disto, vivemos a graça do dois. Sejam mais amadores de ter ao nosso lado outrem, não vivam o um, a solidão, mas estejam mergulhados no dois, na união. Estendendo a mão para o que está caído; sorrido para o triste;alimentando o faminto; trabalhando pelo bem, assim viveremos o dois e estaremos sempre com o amor do nosso lado.
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