ATENÇÃO
09h06 | 14.02.2015
Os foliões e profissionais envolvidos nas atividades musicais do Carnaval devem ficar atentos aos ruídos acima de 120 decibéis.
Os foliões e profissionais envolvidos nas atividades musicais do Carnaval devem ficar atentos aos ruídos acima de 120 decibéis (dB) – valor equivalente à intensidade de uma turbina de avião durante a decolagem. Segundo a portaria nº 3214, do Ministério do Trabalho, a exposição a um nível de ruído de 85db (decibéis) não deve exceder a oito horas.
“Os sons das festas de Carnaval apresentam facilmente um ruído acima de 120dB. Essa medida pode ser comprovada com o uso de um decibelímetro, equipamento utilizado para realizar a medição dos níveis de pressão sonora e, consequentemente, da intensidade de sons”, afirma Patrícia de Rissio, fonoaudióloga do Grupo Microsom.
Vale destacar que os riscos da exposição prolongada aos sons de baterias das escolas de samba são os mesmos de quem fica exposto a qualquer tipo de som intenso, com muito ruído. Ainda que a música tenha conotação de ser um som agradável e prazeroso, dependendo da intensidade, poderá, sim, ser nociva à saúde auditiva.
O Carnaval costuma ser uma data em que os foliões, músicos e cantores ficam muitos expostos aos sons das baterias, alto-falantes, trios elétricos, blocos de rua, bailes e som de instrumentos como as cornetas. No entanto, a folia pode deixar os ouvidos com temíveis sequelas. “Os efeitos da poluição sonora à saúde são muitos, e podem levar desde o estresse à perda de audição”, alerta a especialista.
Sintomas
Os principais sintomas para identificação de problemas auditivos após a exposição ao ruído excessivo são sensação de zumbido (sons/ruídos nos ouvidos quando não há fonte sonora externa, como som de campainha, sopro, rugido, zunido, assobio, sussurro ou chiado), sensação de pressão ou de estalidos nos ouvidos.
Também é importante ficar atento a sensação de ouvido tampado, tontura, irritabilidade e dificuldade para ouvir (pedir para as pessoas repetirem o que acabaram de dizer, aumentar o som da televisão a ponto de incomodar aos que estão em volta, sensação de ouvir, mas não entender).
“Ao surgimento dos primeiros sintomas de perda da audição, como zumbido ou tonturas, é recomendável procurar um profissional especialista, como o médico otorrinolaringologista ou o fonoaudiólogo”, recomenda Patrícia.
Tratamento
Em casos do diagnóstico de perda auditiva, o otorrinolaringologista determinará o melhor tratamento ao paciente. Entre eles, a possibilidade de usar aparelhos auditivos, conforme a necessidade específica de cada um. Atualmente, existem aparelhos para todos os tipos de deficiência auditiva, com diferentes modelos, tamanhos, cores, potências e recursos tecnológicos.
Cuidados preventivos
1. Não ficar muito próximo das caixas de som, dos alto-falantes e dos trios elétricos;
2. Ponderar o tempo de exposição aos sons muito altos;
3. Fazer repouso auditivo, sempre que possível;
4. Usar protetores individuais nos ouvidos, sempre que possível.
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