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domingo, 1 de fevereiro de 2015

Farmacêutica desiste de testar remédio contra Ebola na Libéria

SAÚDE

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a incidência de doenças mortais continua a cair nos três países mais atingidos pela epidemia no ano passado

A empresa farmacêutica Chimerix descartou a possibilidade de testar sua droga experimental contra o Ebola em pacientes na Libéria, afirmando que o número de infecções caiu nas últimas semanas e que apenas uma pequena parcela dos pacientes haviam sido inscrita no estudo.
Se as autoridades brasileiras liberarem a pesquisa, o novo soro estará disponível dentro de nove meses para aplicação em humanos / Foto: Fotos Públicas
(Foto: Fotos Públicas)
A companhia afirmou em nota publicada na noite de sexta-feira que, após discutir com a Administração norte-americana de Alimentos e Medicamentos (FDA), vai “cessar qualquer participação em todos os atuais e futuros estudos clínicos do remédio brincidofovir” para pacientes com o vírus do Ebola. Isso inclui uma pesquisa na Libéria patrocinada pela Universidade de Oxford que teria início neste mês. Peter Horby, um pesquisador de Oxford que ajudava na realização do estudo, afirmou que a decisão de suspendê-lo “surgiu de discussões bilaterais entre a Chimerix e a FDA”.
Ele disse desconhecer qualquer outra razão para a medida além do número decrescente de casos. A recuada abrupta nos planos da farmacêutica levanta questões sobre o impacto dos casos cada vez menores de pacientes com Ebola no Oeste da África sobre os testes com drogas e vacinas atualmente realizados na região.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a incidência de doenças mortais continua a cair nos três países mais atingidos pela epidemia no ano passado: Guiné, Libéria e Serra Leoa. A Chimerix planejava desenvolver o brincidofovir inicialmente para prevenir e combater um vírus diferente, o Citomegalovírus.
No ano passado, testes de laboratório sugeriram que o medicamento também teria potencial para tratar o Ebola, o que levou ao seu uso emergencial em diversos pacientes infectados, além de dar início a uma série de testes clínicos.

FONTE:
CORREIO

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