BRASIL
O ministro prometeu ter em sua gestão o maior diálogo possível com o mercado financeiro
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou a 185 investidores, na manhã de ontem, que o Brasil vai conseguir cumprir a meta de superávit primário de 1,2% este ano e que o crescimento econômico está desacelerando e pode até mesmo ser negativo em 2015, por conta do declínio no investimento.
“A consolidação vai continuar”, disse Levy, destacando que a administração de Dilma Rousseff está comprometida em entregar a meta fiscal de 1,2% de superávit primário, que é a economia feita para o pagamento dos juros da dívida pública. O ministro prometeu ter em sua gestão o maior diálogo possível com o mercado financeiro, além de dar transparência à política fiscal.
Levy afirmou que o objetivo é criar um ambiente de confiança e que favoreça decisões de investimento. Inicialmente, ele falou dos avanços na educação do Brasil, destacando que o número de pessoas em faculdade dobrou nos últimos anos. “O Brasil tem coisas que precisam ser feitas imediatamente, mas tem passado por transformação”, afirmou o ministro da Fazenda logo no início de seu discurso.
“Há muito ainda a ser feito no Brasil, estamos longe de onde gostaríamos”, admitiu por mais de uma vez. Levy fez uma apresentação de mais de uma hora, na manhã de ontem, para investidores e economistas estrangeiros, organizado pela Americas Society/Council of the Americas, pelo Brazil Investimentos e Negócios (Brain) e pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
A agenda oficial do ministro nos EUA começou na terça-feira com uma apresentação fechada para cerca de 50 pessoas em Washington. Levy volta ainda hoje ao Brasil. Esta não foi a primeira vez que Levy indicou que o país pode entrar em recessão.
No mês passado, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, ele já havia admitido a possibilidade, dizendo que é preciso ter “paciência e humildade” em relação à economia em 2015. E afirmou que, ao longo do ano, poderia haver recessão no PIB em algum trimestre, pois as medidas de ajuste levam tempo para mostrar resultado.
FONTE: http://www.correio24horas.com.br/detalhe/noticia/ministro-da-fazenda-diz-que-brasil-pode-ter-pib-negativo-em-2015/?cHash=c3b5cf23f2bdb5dd13f06756a9901def
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