A presidente falou sobre o país durante visita à Itália.
Ela também disse que não pretende alterar a meta de superávit primário.
Ilze ScampariniMilão, Itália
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A presidente Dilma Rousseff encerrou, neste sábado (11), a viagem de quatro dias à Itália e à Rússia e está voltando para Brasília. Ainda em Milão, em uma feira de produtos brasileiros, ela falou sobre o Brasil e disse que acha impossível conceder o reajuste pedido pelos servidores do Judiciário. Ela também disse que não pretende alterar a meta de superávit primário.
Dilma Rousseff chegou de bom humor e com a intenção de se equilibrar na rede suspensa do pavilhão brasileiro, que está fazendo um grande sucesso na Expo Milão. Nesta viagem à Itália, a presidente declarou que vai estreitar os laços com o governo italiano, que está interessado em comprar os aviões Casseh 390, da Embraer.
A presidente mostrou-se em desacordo com o Ministério do Planejamento, que pretende diminuir a meta do superávit brasileiro: “Nós ainda não decidimos sobre isso, agora o nosso objetivo é manter a meta. Nós queremos manter a meta".
Sobre as derrotas que sofreu no Congresso, como o aumento dos salários dos servidores do Judiciário, Dilma comentou que não considera uma rebelião: "Eu não chamo de rebelião votação no Congresso em que há divergências. A gente perde umas e ganha outras. Se a gente for fazer um balanço, nós mais ganhamos do que perdemos. Eu não concordo que haja uma rebelião. Acho que na democracia se espera que haja debate. Não tem como achar, em qualquer país do mundo, que se aprova todas no Congresso".
A presidente mostrou-se em desacordo com o Ministério do Planejamento, que pretende diminuir a meta do superávit brasileiro: “Nós ainda não decidimos sobre isso, agora o nosso objetivo é manter a meta. Nós queremos manter a meta".
Sobre as derrotas que sofreu no Congresso, como o aumento dos salários dos servidores do Judiciário, Dilma comentou que não considera uma rebelião: "Eu não chamo de rebelião votação no Congresso em que há divergências. A gente perde umas e ganha outras. Se a gente for fazer um balanço, nós mais ganhamos do que perdemos. Eu não concordo que haja uma rebelião. Acho que na democracia se espera que haja debate. Não tem como achar, em qualquer país do mundo, que se aprova todas no Congresso".
Dilma Rousseff não aceita o aumento de 70% dos funcionários do Judiciário e provavelmente vai vetar. "De fato, o ministro Lewandowski, como todo mundo sabe, pleiteia que não haja veto. No entanto, nós mesmos estamos avaliando, porque é impossível o Brasil sustentar um reajuste daquelas proporções, nem em momentos de grande crescimento se consegue garantir reajuste de 70%, muito menos no momento em que o Brasil precisa fazer um grande esforço para voltar a crescer”, disse.
A presidente do Brasil desejou que a Grécia assine um acordo o mais rápido possível com a União Europeia. Não está previsto que os países emergentes ajudem a Grécia e, por enquanto, as nações Brics vão socorrer umas as outras, disse a presidente.
Foram dois dias na Itália, entre encontros políticos, o passeio à Expo Milão e uma noite na Opera no Scala de Milão.
A meta de superávit primário do Brasil é de 1,1% do PIB, que corresponde à soma dos bens e serviços produzidos no país em um determinado período. O Ministério do Planejamento estuda a adoção de uma meta mais flexível para acomodá-la de acordo com o comportamento da economia.
Sobre o reajuste do Judiciário, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, intermediou uma reunião entre o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, e a presidente Dilma Rousseff, em Portugal, na última terça-feira (7).
O encontro não estava na agenda de nenhum dos três. Por meio da assessoria, o presidente do Supremo disse que não falará sobre o projeto até que haja definição sobre sanção ou veto do reajuste. O ministro da Justiça não quis falar sobre a reunião. Por telefone, a assessoria da presidência declarou que não havia recebido informações sobre o encontro e, por isso, não o incluiu na agenda.
Fonte: G1
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