Enredo da estação primeira é "Maria Bethânia - A menina dos olhos de Oyá".
Na Vila, ‘Memórias de Pai Arraia – um sonho pernambucano, um legado brasileiro’.
Do G1 Rio
A madrugada de domingo (4) foi de festa nas quadras das escolas de samba da Estação Primeira de Mangueira e Vila Isabel, ambas na Zona Norte do Rio. As duas escolheram o samba que será levado à Sapucaí no carnaval de 2016.
Na Mangueira, o enredo é "Maria Bethânia - A menina dos olhos de Oyá", e o samba tem a autoria de Alemão do Cavaco, Almyr, Cadu, Lacyr D Mangueira, Paulinho Bandolim e Renan Brandão.
Já na Vila Isabel, o enredo é ‘Memórias de Pai Arraia – um sonho pernambucano, um legado brasileiro’, e o samba tem a composição do veterano Martinho da Vila, André Diniz, Mart'nália, Arlindo Cruz e Leonel. Veja abaixo as letras:
Samba campeão da Mangueira
Quem me chamou… Mangueira
chegou a hora, não dá mais pra segurar
quem me chamou… chamou pra sambar
não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá
não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá
Raiou… senhora mãe da tempestade
a sua força me invade, o vento sopra e anuncia
Oyá… entrego a ti a minha fé
o abebé reluz axé
fiz um pedido pro bonfim abençoar
Oxalá, xeu êpa babá!
Oh, minha santa, me proteja, me alumia
trago no peito o rosário de Maria
sinto o perfume… mel, pitanga e dendê
no embalo do xirê, começou a cantoria
Vou no toque do tambor… ô ô
deixo o samba me levar… saravá!
É no dengo da baiana, meu sinhô
que a Mangueira vai passar
Voa, carcará! Leva meu dom ao teatro opinião
faz da minha voz um retrato desse chão
sonhei que nessa noite de magia
em cena, encarno toda poesia
sou abelha rainha, fera ferida, bordadeira da canção
de pé descalço, puxo o verso e abro a roda
firmo na palma, no pandeiro e na viola
sou trapezista num céu de lona verde e rosa
que hoje brinca de viver a emoção
explode coração
Quem me chamou… Mangueira
chegou a hora, não dá mais pra segurar
quem me chamou… chamou pra sambar
não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá
não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá
chegou a hora, não dá mais pra segurar
quem me chamou… chamou pra sambar
não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá
não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá
Raiou… senhora mãe da tempestade
a sua força me invade, o vento sopra e anuncia
Oyá… entrego a ti a minha fé
o abebé reluz axé
fiz um pedido pro bonfim abençoar
Oxalá, xeu êpa babá!
Oh, minha santa, me proteja, me alumia
trago no peito o rosário de Maria
sinto o perfume… mel, pitanga e dendê
no embalo do xirê, começou a cantoria
Vou no toque do tambor… ô ô
deixo o samba me levar… saravá!
É no dengo da baiana, meu sinhô
que a Mangueira vai passar
Voa, carcará! Leva meu dom ao teatro opinião
faz da minha voz um retrato desse chão
sonhei que nessa noite de magia
em cena, encarno toda poesia
sou abelha rainha, fera ferida, bordadeira da canção
de pé descalço, puxo o verso e abro a roda
firmo na palma, no pandeiro e na viola
sou trapezista num céu de lona verde e rosa
que hoje brinca de viver a emoção
explode coração
Quem me chamou… Mangueira
chegou a hora, não dá mais pra segurar
quem me chamou… chamou pra sambar
não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá
não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá
Samba campeão Vila Isabel
Meus olhos ficavam rasos d´água
a seca minha alma castigava
o sol queimava e rachava o chão
os carcarás pousavam no sertão
cresci sonhando renovar os sonhos
revitalizar a vida
que se equilibra sobre palafita
dar pra essa gente mais sofrida dignidade e amor
pra essa gente aguerrida, dignidade, amor
Acordei o campo para um novo dia
com o futuro santo, lindos ideais
acordei o campo pra haver justiça
flora esperança nos canaviais
Carinhosamente… pai arraia
no lugar onde arrecifes desenham a praia
acolhi um movimento, real solução
mais do que alento, a cura dos ais
liberdade se conquista com educação
juntando artistas e intelectuais
Pra fazer a cartilha no cordel,
ensinar do abc à profissão e buscar na arte a inspiração
Tão bom cantarolar, me emocionar, estar aqui
pra ver na avenida
o valor da verdadeira vila
de gente humilde que defende a tradição do seu lugar
um movimento de cultura popular
Vem sambar no frevo e na ciranda
silenciar jamais!
Até o galo da madrugada
se entregou à batucada misturando carnavais
Meus olhos ficavam rasos d´água
a seca minha alma castigava
o sol queimava e rachava o chão
os carcarás pousavam no sertão
cresci sonhando renovar os sonhos
revitalizar a vida
que se equilibra sobre palafita
dar pra essa gente mais sofrida dignidade e amor
pra essa gente aguerrida, dignidade, amor
Acordei o campo para um novo dia
com o futuro santo, lindos ideais
acordei o campo pra haver justiça
flora esperança nos canaviais
Carinhosamente… pai arraia
no lugar onde arrecifes desenham a praia
acolhi um movimento, real solução
mais do que alento, a cura dos ais
liberdade se conquista com educação
juntando artistas e intelectuais
Pra fazer a cartilha no cordel,
ensinar do abc à profissão e buscar na arte a inspiração
Tão bom cantarolar, me emocionar, estar aqui
pra ver na avenida
o valor da verdadeira vila
de gente humilde que defende a tradição do seu lugar
um movimento de cultura popular
Vem sambar no frevo e na ciranda
silenciar jamais!
Até o galo da madrugada
se entregou à batucada misturando carnavais
FONTE: G1
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