Decreto inesperado colabora para rombo na economia, prejuízo total chega a R$ 2,5 bi
Com PIB nominal de R$ 250 milhões em 2015 e a subtração de quatro dos 252 dias úteis ao ano, o prejuízo diário pode chegar a R$ 1 bilhão. O economista informa, porém, que quase sempre os diferentes setores conseguem fazer um planejamento e esse rombo diário pode ser reduzido a até R$ 480 milhões, em contas mais otimistas. "No caso desse feriado não planejado, decretado bem em cima da hora, vai ser como se o dia 4 de agosto tivesse simplesmente sumido do calendário. De todo modo, o prejuízo com os quatro dias é bastante considerável", afirma Garcia.
O decreto de última hora de mais um feriado pelo prefeito Eduardo Paes, no calendário dos Jogos Olímpicos, aumentará ainda mais o rombo na economia da capital. Um levantamento do Jornal do Brasil mostra que os prejuízos podem chegar a R$ 1 bilhão em apenas um dia.
Com os quatro feriados já decretados, os diversos setores da economia (comércio, indústrias e serviços, por exemplo) perderão aproximadamente R$ 2,5 bilhões. De acordo com cálculos do economista Renê Garcia, feriados programados com maior antecedência, como os outros três feriados olímpicos, provocam rombos diários de R$ 480 milhões, mas, no caso do novo decreto, a estimativa é que o prejuízo seja dobrado. Ele explica:
"Dado o fato de que o feriado de quinta-feira foi decretado inesperadamente, com apenas dois dias de antecedência, a possibilidade de compensação é muito prejudicada ou nula. Esta é uma diferença importante entre feriado planejado e não planejado", explica Garcia, economista-diretor da RG&A Consultores Associados, professor da PUC-Rio, ex- secretário de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro e ex-presidente da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
Segundo ele, as compensações se dão, por exemplo, com setores que funcionarão com maior força nas próximas três semanas da Olimpíada, como é o caso dos serviços em turismo. "Esses setores provocam algum alívio e amenizam o impacto na economia, mas eles não resolvem o problema de empresários que estão em outros ramos da economia da capital fluminense", argumenta o economista.
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