Não há problema nenhum utilizar parte desse dinheiro para desafogar o orçamento e comprar o que precisa nesse final de ano
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O comportamento é até natural, uma vez que os índices de endividamento são altos. Mas será que essa é a maneira mais correta de desfrutar desse benefício? Não há problema nenhum utilizar parte desse dinheiro para desafogar o orçamento e comprar o que precisa nesse final de ano, época em que os gastos realmente aumentam bastante. No entanto, é preciso planejamento, para que esse dinheiro seja gasto com consciência; isso é educação financeira.
O melhor uso do ganho extra é ser poupado e investido para a realização de sonhos, assim como 26,6% daqueles que não vão gastar o 13º em compras para o Natal disseram que fariam, segundo a pesquisa. Para isso, o primeiro passo é fazer um diagnóstico, descobrindo exatamente qual é a sua situação financeira: endividado, equilibrado ou investidor.
Se o caso for a primeira opção, tenha calma e não vá sair utilizando o 13º para quitá-las. É de extrema importância que se saiba quanto e para quem se deve, priorizando as dívidas de juros maiores, como, por exemplo, cheque especial e cartão de crédito. Uma recomendação é sempre conversar com o credor e tentar negociar, para tentar algum desconto e/ou melhores condições de pagamento.
Àqueles que estão equilibrados, ou seja, que não possuem dívidas, mas também não conseguem poupar, é preciso muito cuidado. Essas pessoas costumam achar que estão tranquilas financeiramente, só porque não devem nada a ninguém, mas um passo em falso e a situação pode virar, tornando-as endividadas da noite para o dia e até inadimplente, uma vez que não tem reserva financeira para honrar com o compromisso.
Por isso da importância de se poupar e investir parte do 13º. É assim que se começa a criar o correto comportamento em relação à administração e utilização dos recursos financeiros, sempre dando prioridade à realização de sonhos, sejam eles de curto (até um ano), como uma viagem, médio (de um a dez anos), como trocar o carro, e longo prazo (acima de dez anos), como a compra da casa própria.
Agora, para os que já investem, devem continuar no caminho correto e também investir o 13º salário, destinando-os para esses objetivos de vida, antecipando sua realização.
Sobre as compras de fim de ano, com algumas orientações básicas, é possível gastar sem comprometer o orçamento financeiro e não começar 2017 endividado:
1. Por maiores que sejam as facilidades de compra nesse momento, o consumidor deve observar a sua real situação financeira e projetá-la pelos próximos 12 meses, no mínimo, para ter certeza de que o que foi gasto não fará falta;
2. Relacionar os gastos normais e os típicos de fim e início de ano, como despesas com viagens, ceias (natal e virada de ano), IPVA, IPTU, matrícula e material escolar, etc.;
3. É importante observar que, antes de ir às compras, deve-se guardar parte desse dinheiro para outros sonhos (objetivos e metas);
4. Antes de sair às compras, listar as pessoas que irá presentear e quanto pretende gastar com cada uma;
5. Antecipar as compras, evitando, assim, filas. Dessa forma, encontrará preços melhores e terá maior prazo para negociação;
6. Pesquisar os preços dos produtos em, pelo menos, cinco lugares, não se esquecendo da internet, que, algumas vezes, pode ter ofertas interessantes;
7. Buscar o menor preço à vista e negociar os valores sempre;
8. Evitar parcelamentos, principalmente os longos. Em caso de impossibilidade de pagamento à vista, faça parcelas curtas. Não se esqueça de que essas parcelas serão somadas com outras já existentes em seu orçamento.
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