(Foto: Milena Rosa/OlharDigital) |
O que poucos desconhecem é que as mulheres já fazem parte da exploração espacial há muito tempo. A brasileira Rosaly Lopes, pesquisadora no JPL, o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, é um exemplo disso. Ela trabalha na agência há mais de vinte anos e é responsável pela descoberta de dezenas de vulcões espalhados pelo espaço.
Mas a verdade é que carreira da astrônoma, geóloga planetária e vulcanóloga começou com um sonho de criança: ser astronauta. “Cresci com o programa Apollo e a corrida à lua, então, desde uns seis anos de idade eu queria ser astronauta”, afirma a pesquisadora. “Como era brasileira, mulher e muito míope resolvi, uns anos depois, estudar astronomia”.
Quando completou 18 anos, Rosaly saiu do Rio de Janeiro para estudar astronomia na Universidade de Londres, porque no Brasil não tinha oportunidades na área que ela queria seguir. Se formou em 1978 com honras, sendo que durante seu último semestre ela fez um curso de ciência planetária com o geólogo especialista em vulcões John Guest.
Em seu doutorado, a pesquisadora se especializou em geologia e vulcanologia planetária. Ela terminou o seu Ph.D. em ciência planetária em 1986 com uma tese que comparava os processos vulcânicos em Marte e na Terra. Depois disso, trabalhou por um tempo no Old Royal Observatory, em Greenwich.
Em 1989, a NASA estava recrutando cientistas para atuarem como pesquisadores residentes no JPL. “Os estrangeiros que entram para o JPL, em geral, têm que ter um Ph.D., porque precisam provar que um norte-americano não poderia fazer aquele trabalho, então os estrangeiros precisam ser muito especializados”, explica Rosaly sobre o processo de admissão do laboratório da agência espacial.
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