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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Prefeita de Capistrano é afastada e seis são presos por desvio de dinheiro

Esquema criminoso foi formado por familiares da prefeita para desviar recursos públicos, segundo o Ministério Público.

A prefeita da cidade de Capistrano, Inês Nascimento de Oliveira, foi afastada do cargo na manhã desta quinta-feira (13). Outras seis pessoas ligadas à gestora também foram presas na Operação Laços de Família, realizada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) com o apoio da Polícia Civil do Estado. O G1 entrou em contato com o gabinete da prefeita, mas as ligações não foram atendidas.

A ação desarticulou um esquema que desviou R$ 1,4 milhão, segundo o MPCE. Segundo a investigação, "o marido da prefeita, os enteados, e os irmãos, transformaram a Prefeitura Municipal de Capistrano em um verdadeiro balcão de negócios, atuando em inúmeras fraudes a licitações", disse o órgão em nota.

O MPCE detectou a existência de irregularidades na contratação pela prefeitura de uma empresa, que foi usada para fraudes.

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Ainda segundo o MPCE, o marido da prefeita influenciava decisões da atual gestão, mesmo sem ocupar nenhum cargo ou função pública no município. Ele era "responsável por ordenar diversos atos ilegais em vários setores da administração, que ocasionaram desvio de dinheiro público, beneficiando a si, seus filhos e aliados políticos", informou o órgão.

Os mandados de prisão foram cumpridos pelos promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc) e da Comarca de Capistrano.

"As provas colhidas durante as investigações apontaram que a empresa logrou êxito num pregão presencial, ocorrido em março de 2017, orçado em R$ 528.305,43, cujo objeto era a aquisição de pneus, câmaras de ar e protetores destinados à manutenção dos veículos da frota das unidades administrativas do município e, posteriormente, em outro pregão presencial, ocorrido em julho de 2017, orçado em R$ 862.868,00, cujo objeto era a aquisição de materiais de consumo destinados à manutenção dos veículos da frota das unidades administrativas do município".

Empresa de familiar da gestora

A empresa investigada pertencente a um homem, conhecido como “Branco”, que é enteado da prefeita. De acordo com os promotores, a empresa foi criada após a eleição de Inês e tinha o objetivo de fornecer produtos à prefeitura.

"O suposto proprietário da empresa investigada, confessou ser apenas um laranja e imputou a propriedade da empresa ao enteado da prefeita municipal. O chefe do setor de transportes da Secretaria de Educação, era o responsável pelos pedidos e recebimentos de materiais para os transportes escolares, produtos que nunca chegaram ao município", destacaram os investigadores.

O proprietário da empresa e uma funcionária eram os responsáveis por comandar o setor, bem como as fraudes às licitações. As investigações revelaram que a contratação da empresa também foi decorrente de fraude, tendo a empresa sido indicada pelo enteado da prefeita, para facilitar as tratativas ilegais no setor de licitações.

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