No total, são 43 cidades em nível de alerta "altíssimo", enquanto os municípios com alerta "alto" somam 41. A tendência em relação aos novos casos é de crescimento no Estado
FOTO: EM DIA DE novo recorde de mortes no Ceará, secretário Dr. Cabeto explica critérios para retomada das atividades no Estado (Foto: Fabio Lima)POR OPOVO - Pelo menos 84 municípios do Ceará estão com alerta “alto” ou “altíssimo” para incidência de Covid-19 em seus territórios. A parcela corresponde a cerca de 45,6% do total de cidades cearenses (184). O Estado registra 89,3 novos casos diários a cada 100 mil habitantes, conforme informações do IntegraSUS, plataforma da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), acessadas às 12 horas desta sexta-feira, 4.
Os dados são referentes às últimas duas semanas epidemiológicas, entre 15 e 28 de novembro. No total, são 43 cidades em nível de alerta "altíssimo", enquanto os municípios com alerta "alto" somam 41. A tendência em relação aos novos casos é de crescimento no Estado.
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Conforme as classificações estabelecidas pela Sesa, existem quatro níveis de alerta: (1) “novo normal”, (2) “moderado”, (3) “alto” e (4) “altíssimo”.
Fortaleza está entre as cidades com nível de alerta em alta, assim como Aquiraz, Eusébio, Beberibe, Canindé e Aracati. No nível “altíssimo” de atenção para novos casos de Covid-19 estão Santana do Cariri, Juazeiro do Norte, Pentecoste, Guaramiranga, Tianguá, Itapuí e outros (Ver lista completa no final).
De acordo com a Sesa, há tendência “crescente” em um indicador quando existe aumento do seu valor superior a 15% entre as duas últimas semanas epidemiológicas.
Já a tendência “decrescente” de um indicador ocorre quando é registrada redução do seu valor superior a 15% entre as duas últimas semanas epidemiológicas. Por fim, situações de “estabilização” acontecem quando observa-se “quaisquer outras situações” diferentes dessas primeiras.
Também com tendência de crescimento está a taxa de letalidade por Covid-19 no Ceará, sinalizada em 1,2%. Além dela, a taxa de positividade em testes RT-PCR (22,6%) também apresenta inclinação a crescer, segundo o IntegraSUS.
Por outro lado, em tendência de queda, está o percentual de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados por pacientes de Covid-19, de 59,7%. A média de internações internações por causas respiratórias registradas no período analisado foi de 58,5, também com propensão ao decrescimento.
Para a enfermeira infectologia Lúcia Duarte, coordenadora do Grupo de Trabalhos da Universidade Estadual do Ceará (Uece) de enfrentamento à Covid-19, a situação no Interior do Estado é mais crítica.
“População e gestores da saúde precisam se preocupar com isso. Sei que a população relaxou e precisamos chamar mais atenção. O Interior me preocupa mais porque não tem a assistência que tem na Capital”, avalia.
O POVO questionou a Sesa se estão sendo estudadas medidas mais restritivas em relação à circulação de pessoas para tentar barrar uma possível segunda onda de casos. A reportagem procurou saber ainda se uma nova ampliação na rede pública de saúde é considerada visando um eventual aumento de demanda. Até o fechamento desta matéria, não houve retorno.
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