
Cacau e Alessandra Frazão adoraram passear pelo Shopping RioMar
FOTOS: LUCAS DE MENEZES

O golden retriever Rico recebe clientes e animais na Estocaria. A proprietária Raquel deixa até pote com água à disposição

Thalita Brayner e o maltês Levy viajam juntos e frequentam lojas e barracas de praia pet friendly
FOTOS: ARQUIVO PESSOAL
Já faz um tempinho que os bichos de estimação deixaram os quintais de casa e conquistaram a sala, cozinha e, principalmente, o coração de seus donos. Aos poucos, os rabinhos e focinhos estão invadindo também os espaços públicos e estabelecimentos comerciais entenderam que a aceitação dos animais é também uma conquista de clientes/tutores.
A empresária Raquel Araújo, 34 anos, é dona do golden retriever Rico e sentiu como consumidora a necessidade de espaços pet friendly. Quando abriu a loja física da Estocaria - multimarcas de roupas e acessórios - já sabia que os animais seriam bem-vindos.
"Morei em Portugal de 2006 a 2009 e lá isso já e comum. Na Espanha é ainda mais forte. As pessoas podem entrar com seus cachorros na Zara, em shoppings e restaurantes tranquilamente. Quando voltei e resolvi abrir a loja eu sempre dizia que queria levar o Rico pra lá. Queria que ele convivesse e passasse mais tempo comigo e, como ficaria mais tempo na loja, ele iria dá seu expediente por lá", brinca.
Há um ano e meio, quando abriu a loja, Rico mantinha uma frequência maior. Todas as manhãs de sábado, ele passeava sua graça entre os clientes, mas agora diminuiu suas idas. "Apesar dele ser bem quieto e ficar no fundo da loja, tivemos clientes que se assustaram. Passamos por uma situação de uma cliente que saiu correndo. Isso me fez diminuir as visitas do Rico", diz.
Contudo, Raquel sabe que o cachorro virou um chamariz para a loja. Sempre que uma foto do peludo aparece nas redes sociais da Estocaria, muitas visitas aparecem. E as imagens são as mais curtidas. Ele ganhou até uma hashtag só pra si, a #ricothegolden.
A presença dele também é um convite aos outros cachorrinhos. "Temos clientes e amigos que vêm com seus cães aqui. E já tivemos pessoas que estavam passeando com seus bichos de estimação que entraram na loja bem felizes quando souberam que não teriam o acesso negado".
Raquel comemora essa ampliação de espaços para levar os cachorrinhos, contudo ressalta dois pontos importantes. "A maioria dos estabelecimentos só aceita cães de pequeno e médio porte. Cachorros grandes, por mais dóceis e treinados que sejam, são barrados na maioria das vezes. Queria também pode levar o Rico, por exemplo, no RioMar. E os estabelecimentos também não podem se dizer pet friendly se não gostam dos animais. A decisão tem que ser natural e não forçada".
Para Millena Cavalcante, dona da Cajuína Atelier, tornar o lugar pet friendly aconteceu naturalmente. Ela foi morar sozinha e adotou a cadela Caju. As clientes que visitavam o ateliê também começaram a levar seus cachorrinhos. Hoje, além do ateliê, o Tigela Bistrô, que funciona no mesmo endereço, também recebe donos com seus amigos de quatro patas.