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terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Irmãs brasileiras possuem “sangue dourado”, o tipo mais raro do mundo

As duas são doadoras de sangue cadastradas pelo Ministério da Saúde, mas só são acionadas para transfusões em casos excepcionais
KÁCIO PACHECO/METRÓPOLES
Considerado o tipo sanguíneo mais raro do mundo, o Rh nulo ainda é pouco conhecido da maioria das pessoas. Foi detectado pela primeira vez em 1961, em uma mulher australiana. Até hoje, no mundo inteiro, só foram cadastrados 43 portadores desse tipo sanguíneo. Nesse grupo, há duas brasileiras que são irmãs. Uma mora no Rio de Janeiro e a outra, em Juiz de Fora, Minas Gerais.

Por ser extremamente difícil de achar, o Rh nulo é apelidado de “sangue dourado”. É hereditário e serve de doador para todos os outros, desde que seja respeitada a compatibilidade do sistema ABO. Para quem não se lembra das aulas de biologia, o sistema sanguíneo tem fenótipos que são A, B, AB ou O, e segue a seguinte lógica: A recebe de A e O, B de B e O, AB de A, B, AB e O, e O, apenas dele mesmo. O Rh entra como um complemento nessa combinação e costuma ser positivo ou negativo. No caso das irmãs brasileiras, ele é nulo.

As doadoras brasileiras são monitoradas de perto pela equipe do Cadastro Nacional de Sangue Raro (CNSR), do Ministério da Saúde, que centraliza as informações de doadores raros registrados nos hemocentros públicos do país. Tanto a portadora do RJ quanto a de MG já doaram sangue em mais de uma ocasião. Uma das doações ocorreu em 2017, para salvar a vida de uma criança de 5 anos do Piauí que sofre com uma doença rara, a osteopetrose. As informações detalhadas sobre as doadoras, no entanto, são sigilosas.

“Desde que respeite a compatibilidade do sistema ABO, qualquer pessoa, seja negativo ou positivo, pode receber o tipo sanguíneo Rh nulo”, esclarece Bruno de Abreu Castro, biomédico e imuno-hematologista. “No entanto, apesar da compatibilidade, ninguém usa esse sangue para demandas comuns, pois pouquíssimas pessoas o possuem”, explica. Quando não se encontra o sangue específico para a transfusão, é preferível usar o sangue O negativo, conhecido como doador universal. Como seus glóbulos vermelhos não têm antígenos A, B nem Rh, o sangue O negativo pode mesclar-se com outro tipo sem ser rechaçado como agente estranho.

Saber exatamente o tipo sanguíneo de cada pessoa é essencial em momentos de transfusão. Se uma pessoa for Rh negativo e receber sangue de um doador Rh positivo, seus anticorpos vão reagir ao detectar células incompatíveis com seu sangue. Em alguns casos, isso pode ser fatal.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que o cadastro de doadores raros “tem colaborado com a melhoria do atendimento às demandas de sangue raro, aumentando a segurança transfusional, uma vez que facilita a busca e aumenta as chances de se encontrar um doador compatível”.
Estrutura das hemácias
Segundo o biomédico imuno-hematologista Bruno de Abreu Castro, indivíduos com Rh nulo precisam de acompanhamento frequente, pois a tendência é que eles desenvolvam anemia por causa da fragilidade da estrutura das suas hemácias, que têm uma sobrevida menor se comparadas às de indivíduos com fatores Rh normais. A característica desse tipo sanguíneo faz com que o processo de congelamento de hemácias seja incentivado para servir de autorreserva ao longo da vida ou para atender casos urgentes de transfusão.
Para Samila Santana, hematologista da Fundação Hemominas, é fundamental investir em um banco de hemácias raras congeladas, já que as não congeladas duram apenas 42 dias. “É um processo cheio de delicadezas. Hoje, se precisamos de uma bolsa de sangue Rh nulo, temos que convocar a doadora conhecida”, explica. No entanto, segundo a especialista, pela condição rara do sangue, caso aconteça de a doadora estar com anemia, é preciso ter uma garantia em estoque.
Atualmente, cada estado tem desenvolvido programas próprios para armazenamento de hemácias, bem como cadastros mais apurados para aprimorar a identificação de fenótipos em larga escala. Samila acredita que, com a melhoria no diagnóstico, será possível investigar e catalogar mais pessoas com tipos sanguíneos raros.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Mulher recebe sangue infectado durante transfusão e morre

Segundo o diretor do hemocentro, o caso está sendo investigado

© Reprodução/Lusa
Após uma receber transfusão de sangue infectado, uma mulher de 54 anos morreu e outra ficou em observação, no Espírito Santo. 

De acordo com a explicação do que pode ter acontecido, segundo o diretor geral do Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo (Hemoes), Clio Venturin: “Nós identificamos durante uma transfusão, uma reação em uma paciente e imediatamente coletamos o sangue dela e o sangue da bolsa, o que é um procedimento padrão nosso, e por medidas de segurança, retiramos todas as bolsas do período de circulação. Fizemos exames em mais 30 bolsas e todos deram negativo. É importante frisar isso para ficar claro que temos um procedimento padrão e que existe uma qualidade nesse sangue que é transfundido. Foi um caso que infelizmente nós lamentamos e todas as investigações estão sendo feitas, tanto no primeiro caso quanto no segundo”, destacou o responsável. 

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Bebê morre após família recusar transfusão

DENÚNCIA DO MP-CE

Bebê morre após família recusar transfusão

24.12.2013

A mãe, de 15 anos, tentou fazer a avó mudar de ideia, mas não pôde autorizar o procedimento
Ontem, dia próximo à data em que se comemora o Natal, um recém-nascido morreu no setor de Neonatal do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) após a avó recusar que fosse feita uma transfusão de sangue, imprescindível para salvar a vida da criança. A mãe, uma adolescente de 15 anos, apesar de desde a última sexta-feira tentar fazer a avó mudar de ideia, não pôde autorizar o procedimento por ser menor de idade, ficando a decisão nas mãos de seus familiares.

O estado de saúde do recém-nascido, assim como o que o levou a óbito, não foi divulgado pela assessoria de imprensa do HGF FOTO: JOSÉ LEOMAR
Para não passar por cima da decisão da família, o serviço social do HGF resolveu acionar o Ministério Público Estadual (MPE) para conseguir, através de uma ação de suprimento, autorização para fazer o procedimento. O que não chegou a acontecer, porque não houve tempo hábil. Antonia Lima, promotora de Justiça da Defesa da Infância e da Juventude do MPE, conta que estava preparando a ação quando recebeu a informação, por volta de 11h de ontem, do óbito do bebê. Diante da situação, a promotora avisa que o Ministério Público irá responsabilizar criminalmente a avó, que impediu que os médicos tomassem as medidas necessárias.

Inquérito

O órgão deverá entrar com requisição para instauração de inquérito policial. "Nós entendemos que a avó, ao não permitir que o recém-nascido tomasse sangue, assumiu o risco pela morte da criança, então já é um dolo. Se eu sei que a criança está muito doente e se ela não tomar sangue vai morrer, não é mais negligência, é homicídio doloso, uma vez que ela assumiu o risco", frisa a promotora. Ela diz que é a mesma situação de quem bebe e vai dirigir. "A partir do momento que a pessoa dirige alcoolizada, ela assume o risco de provocar um acidente e matar alguém".

A negativa à transfusão, segundo Lima, teria se dado porque a avó da criança seria Testemunha de Jeová. O representante do grupo cristão no Ceará, Ricardo Kataoka, garantiu que nem a avó nem a mãe do bebê são Testemunhas de Jeová. "Acredito que elas leram a Bíblia e tiraram, elas mesmas, essa conclusão", afirma. Kataoka informou que, de fato, há a posição de não aceitar o procedimento, mas que existem alternativas, além do que há a defesa de valorização da vida. "Jamais queremos que chegue a um óbito", explica o representante.

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