O dia de Corpus Christi acontece 60 dias após a Páscoa,              que cai sempre numa quinta-feira.
É uma data comemorativa criada pelo Papa Urbano V, no ano de 1240.
É uma data comemorativa criada pelo Papa Urbano V, no ano de 1240.
Maria              partiu para visitar Isabel: a primeira procissão do Corpus              Christi 
Naqueles  dias, Maria pôs-se a caminho para a região montanhosa, dirigindo-se  apressadamente a uma cidade de Judá. 
A fórmula "naqueles dias", freqüente em Lucas, é usada aqui para interligar o relato da visita a Isabel com o relato anterior do anúncio do anjo e com o cântico do Magnificat que segue.
A fórmula "naqueles dias", freqüente em Lucas, é usada aqui para interligar o relato da visita a Isabel com o relato anterior do anúncio do anjo e com o cântico do Magnificat que segue.
Depois  de seu consentimento, Maria ficou grávida de Jesus e foi invadida por uma  alegria literalmente entranhável. No seu seio começou a crescer,  nutrido com seu sangue, o Verbo que assumiu nossa carne. A primeira palavra da  saudação do anjo,"Alegra-te!", tornou-se em Maria uma  realidade visceral. 
Depois  de permanecer durante alguns momentos em silêncio, agradecendo e adorando,  Maria sentiu a necessidade imperiosa de comunicar sua imensa alegria aos outros.
 Aquela que se definiu a si mesma como "a Serva do Senhor" é apresentada    como protagonista do relato da visita a Isabel desde o início. 
Ela  é o sujeito dos quatro verbos dos dois primeiros versículos: "Pôs-se  a caminho", "foi com toda pressa", "entrou na casa de Zacarias",  "saudou Isabel". 
O verbo "pôr-se a caminho" tem em Lucas    o significado teológico de disponibilidade e obediência aos planos    de Deus. 
A  prontidão de Maria é ainda mais enfatizada pelo uso da preposição  "para" (eis), repetida três vezes nos dois versículos.
 A expressão "apressadamente" não quer descrever o      estado psicológico de Maria, nem acentuar, primária e diretamente,      a presteza externa com que parte. 
O  que o evangelista quer sublinhar é a atitude interior de fé e de  obediência de Maria. Sua "pressa" está dinamizada pelo  fervor interior, pela alegria e, sobretudo, pela fé.
Maria  parte para as montanhas de Judá, não para verificar o que lhe foi  dito pelo anjo, mas movida pelo desejo de ver o que Deus operou em Isabel, para  congratular-se com ela, para com ela partilhar a graça que ela própria  recebeu e para ajudar sua parenta nos últimos meses da gravidez.
 A autocompreensão e a conduta de Maria, "a Serva do Senhor",  antecipam a autocompreensão e a prática de Jesus, que veio "não  para ser servido, mas para servir".
Durante a longa viagem de Nazaré a Ain Karim, Maria recorda as palavras do diálogo com o anjo, "ponderando-as no seu coração".
Durante a longa viagem de Nazaré a Ain Karim, Maria recorda as palavras do diálogo com o anjo, "ponderando-as no seu coração".
Toda  a sua atenção está voltada para o "Filho do Altíssimo"  que carrega no seu seio. Jesus, nosso Salvador, está sendo incessantemente  gestado, nutrido e carregado no seio de Maria de Nazaré, uma mulher de  nossa raça.
Podemos dizer, portanto, com J. L. Martín Descalzo,    que a viagem de Maria de Nazaré até as montanhas da Judéia    foi "a primeira procissão do Corpus Christi". 
O  corpo da Virgem de Nazaré foi o ostensório vivo que carregou pela  primeira vez o corpo de Cristo, ostensório mais precioso que todos os que  serão feitos, de ouro e de pedras preciosas, pelos mais famosos ourives  ao longo dos séculos. 
Reflitamos  sobre nós mesmos. Se realmente acreditarmos que Jesus - agora já  ressuscitado - está dentro de nós, nossa atenção estará,  como esteve a de Maria, centrada nele; ele será nosso tesouro e nós  seremos seus portadores. À medida, porém, em que, como Maria, fizermos  a experiência de ter sido agraciados por Deus, não ficaremos fechados  em nós mesmos, mas sairemos para proclamar as maravilhas que Deus operou  em nós.
 Iremos ao encontro dos outros para partilhar com eles nossa alegria e para nos  alegrar com as bênçãos que eles receberam. Em outras palavras,  quem experimentou a presença do Salvador, não o guarda só  para si; leva-o aos que estão longe, leva-o aos que estão esperando  por ele, mesmo que o caminho seja longo e ainda que seja necessário enfrentar  toda sorte de dificuldades e obstáculos. 
Este  texto foi extraído do Livro "Assumiu a nossa Carne e acampou entre  nós", do Pe Álvaro Barreiro 
 
 
 
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