Funceme completa 40 anos com desafio de maior articulação
O presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Eduardo Martins, avalia que ainda falta compartilhamento de dados entre institutos que monitoram o clima e os que estudam o ambiente
DEIVYSON TEIXEIRA
Radar meteorológico, em Quixeramobim, é da fundação
Outro tipo de previsão está no horizonte da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) agora. Quatro décadas de atividades, completadas ontem com solenidade pela manhã no Palácio Iracema, são a senha para o planejamento dos próximos 40 anos.
“A Funceme avançou muito na produção de conhecimento e geração de informação. Mas não é apenas gerar informação, mas ter certeza de que ela será usada”, afirma Eduardo Martins, presidente desse instituto que é responsável por estudos especializados em meteorologia, recursos hídricos e ambientais do panorama físico cearense. Entre suas funções mais conhecidas, está o monitoramento do clima.
O objetivo é estreitar laços com órgãos e instituições tomadores de decisões para que os dados fornecidos pela fundação sejam aproveitados em ações preventivas ou mais imediatas. “Às vezes geramos previsões que não estão no formato que as autoridades esperam”, conclui.
Outros institutosMartins aponta uma deficiência histórica: há uma falta de articulação entre os institutos que se dedicam nacional e regionalmente à matéria. Os dados coletados por todos eles ainda não estariam sendo compartilhados entre si.
Outros institutosMartins aponta uma deficiência histórica: há uma falta de articulação entre os institutos que se dedicam nacional e regionalmente à matéria. Os dados coletados por todos eles ainda não estariam sendo compartilhados entre si.
“Cada um produz sua previsão, mas não olhamos para o que queremos resolver. Por que não agregar os vários prognósticos de seca dos vários institutos?”, analisa. A Funceme tem parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), através do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).
HistóricoAtravés de lei, a fundação iniciou ações, em 1972, com a ideia de gerar chuvas artificiais no semiárido e com nome diferente. Estava ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento e era chamada de Fundação Cearense de Meteorologia e Chuvas Artificiais.
HistóricoAtravés de lei, a fundação iniciou ações, em 1972, com a ideia de gerar chuvas artificiais no semiárido e com nome diferente. Estava ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento e era chamada de Fundação Cearense de Meteorologia e Chuvas Artificiais.
A responsabilidade foi transferida à Secretaria de Recursos Hídricos, em 1987, quando mudou para o nome atual. Em 1993, passou às mãos da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ceará, onde está até hoje. Com as mudanças, o instituto agregou conhecimentos setoriais, segundo Martins. Atualmente, a ênfase da Funceme são atividades científicas, incluindo pesquisa em energia alternativa.
Como
ENTENDA A NOTÍCIA
A Funceme monitora o clima do Ceará através de 549 pluviômetros, dois radares meteorológicos e 81 estações automáticas. A fundação estuda também recursos hídricos, conversação ambiental e energias limpas.
AS FASES
Quando foi criada, em 1972, a Funceme esteve dedicada à agricultura e à geração de chuvas artificiais. Entre as ações, tentava identificar umidade do solo e fazer previsão de safra.
A partir de 1992, a fundação se dedica a estudar áreas de desertificação no Estado.
A Geografia Física é um dos focos de pesquisas do instituto.
Um dos objetivos da Funceme é que o conhecimento produzido sirva de base para políticas públicas de convivência com a seca e de recursos hídricos do Estado, além de recuperação de áreas, segundo o presidente Eduardo Martins.
FONTE: http://www.opovo.com.br/app/opovo/ceara/2012/09/19/noticiasjornalceara,2922340/funceme-completa-40-anos-com-desafio-de-maior-articulacao.shtml
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