Neste Artigo:
- Motivação do procedimento
- Riscos para a saúde
- Escolha cuidadosa e consciente
- Maquiagem definitiva
- Preparação e após o procedimento
- Riscos para a saúde
- Escolha cuidadosa e consciente
- Maquiagem definitiva
- Preparação e após o procedimento
A prática de modificações corporais é histórica. Foram encontradas múmias com tatuagens que viveram no segundo milênio A.C. em locais como o Egito e a Sibéria.
Apesar de os piercings e tatuagens serem muito comuns em culturas antigas e no oriente, elas foram inicialmente mal aceitas pelas culturas ocidentais mais recentes. Com o tempo, isso mudou, e a prática de realizar essas mudanças no corpo foram mais difundidas, se tornando comuns.
Porém, quem decide aderir ao movimento deve ter cuidado, já que os processos da tatuagem e do furo dos piercings trazem riscos para a saúde.
Não existe um perfil definido ou uma justificativa para o uso de tatuagens e piercings. O que se sabe é que esses dois adornos do corpo conquistam a simpatia de um número crescente de pessoas, transformando-se, muitas vezes, na marca registrada de quem os usa. A atitude de tatuar o corpo ou de espalhar brincos em partes não convencionais pode até revelar uma personalidade destacada com um toque de rebeldia, determinação e jovialidade e, talvez , seja buscando isso mesmo que cada vez mais pessoas estão aderindo.
Segundo a psicóloga Sônia Cury, o fato de tatuar o corpo pode significar o desejo de traduzir alguma coisa que a pessoa não sabe expressar em palavras, um desejo oculto. Entretanto, essa também pode ser uma atitude sem segundas intenções, ditada apenas pelo modismo ou por um apelo estético.
O mesmo acontece com o uso do piercing. "É como escolher um corte de cabelo, ou decidir usar roupas de determinado estilo. Para a maioria das pessoas não há um significado expresso no ato de fazer piercing ou tatuagem", explica.
Sônia acredita que o desejo de protestar ou simplesmente de se mostrar rebelde usando piercing ou tatuagem não se justifica mais dentro da sociedade permissiva em que vivemos. "O uso já está banalizado e as pessoas não precisam mais disso para provar coisa alguma", completa.
Independente dos motivos que levem a pessoa a buscar mudanças corporais, todos devem estar atentos aos riscos que acompanham a prática.
A pessoa se expõe a riscos de contaminação por bactérias que causam infecções como impetigo ou por vírus que causam doenças como a hepatite, a Aids, a sífilis e muitas outras. Segundo o dermatologista Antônio Carlos Martins Guedes, professor da Universidade Federal de Minas Gerais, o único caso registrado, no mundo, de lepra transmitido por objeto aconteceu durante um processo de tatuagem. A contaminação acontece porque os procedimentos nem sempre são realizados em boas condições de higiene. Em muitos casos, agulhas são reutilizadas e, como há sangramento da região que vai ser trabalhada, até o dedo ou algodão utilizado para estancar o sangue pode transmitir doenças.
Também podem surgir reações alérgicas e cicatrizes indesejáveis como as quelóides. E se a pessoa tem algum tipo de doença dermatológica, como psoríase, líquen plano, vitiligo e verrugas, estas podem aparecer nos locais do trauma, como explica a dermatologista Maria Antonieta Rios Scherrer. Segundo ela, a tatuagem também pode provocar um tipo de reação inflamatória, chamada granuloma, ocasionada pela presença de corpos estranhos que penetram na pele durante o ato de tatuar, ou pelo próprio pigmento introduzido.
Não existem locais no corpo mais seguros para piercing ou tatuagens. A cicatrização em mucosas, em geral, é mais fácil e sem marcas. Entretanto, permanece o risco das infecções.
Por isso, é necessário ser extremamente cuidadoso com o local escolhido para a realização do piercing ou da tatuagem. Segundo o doutor Guedes devem ser evitados locais que não tenham o selo de qualidade da Secretaria de Saúde. Esse documento é a garantia de que o estabelecimento segue as condutas mínimas de higiene recomendadas.
A escolha do profissional também é muito importante. "O resultado imediato, tanto de piercings como de tatuagens é sempre muito bom. Entretanto, a médio e longo prazo podem aparecer problemas e o profissional deve deixar isso muito claro para quem se dispõe a realizar um desses dois procedimentos", avalia.
Ele também ressalta que, no caso das chamadas "maquiagens permanentes", feitas especialmente nos olhos ou nos lábios, o cuidado deve ser ainda maior porque as chances de reversão são ainda menores que em outros tipos de tatuagens. Isso sem falar que o risco de doenças é maior devido à sensibilidade das regiões onde são feitas.
Pessoas com problemas de pele ou de cicatrização devem conversar com seu médico e com o profissional que realizará o procedimento, se informando quanto às complicações que podem surgir. É importante também estar atendo aos cuidados necessários após o procedimento. A grande maioria das complicações que surgem podem ser evitadas com a higienização apropriada e com os cuidados indicados pelo profissional.
Tatuar o corpo significa introduzir pigmentos na derme. Quando isso acontece, a presença desse corpo estranho (o pigmento) é logo sentida pelo organismo. Daí o organismo tende a expulsá-la e o resultado é que, em vez de tatuagem, o que fica é uma cicatriz. Segundo o doutor Guedes, não existe tratamento 100% eficaz para a remoção de tatuagens quando se deseja ou necessita retirá-las. "As marcas permanecem sempre, mesmo quando é o organismo quem as rejeita", ressalta.
De acordo com Maria Antonieta, as marcas de piercing, em geral, também são irreversíveis. Para corrigi-las são necessários pequenos procedimentos cirúrgicos.
Os dois profissionais afirmam que para retirar as tatuagens são necessários métodos de abrasão (pequenas cirurgias) ou laser. Entretanto, a resposta depende da cor dos pigmentos da tatuagem e do processo utilizado para fazê-la. "Em geral, sempre fica alguma sequela como cicatriz ou mancha", lembra a dermatologista.
O doutor Guedes lembra que a eficácia do método varia de acordo com o caso do paciente. "O resultado vai depender da característica do paciente. Cada caso deve ser estudado com cuidado e o profissional que realizará o procedimento irá decidir qual o melhor caminho de recomposição da pele".
Link a ser substituído - http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/4022/-1/os-riscos-de-fazer-piercings-e-tatuagens.html
FONTE: http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/4022/-1/os-riscos-de-fazer-piercings-e-tatuagens.html?newsid=551&utm_source=boletim_BS_551&utm_medium=email&utm_campaign=Artigo_tatuagem
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