NOVELA
Golpistas de bom coração
19.01.2014
Mãe e filho em "Amor à vida", Françoise Forton e Emilio Orciollo Netto falam sobre personagens, que cresceram na reta final da trama.
Mãe e filho que começaram "Amor à vida" doidos para dar um golpe em alguém para se dar bem, Gigi e Murilo acabaram conseguindo até mais na novela das 21h de Walcyr Carrasco: embalados por um núcleo cômico de sucesso capitaneado por Tatá Werneck e Elizabeth Savalla, os personagens de Françoise Forton e Emilio Orciollo Netto caíram no gosto do público e ganharam espaço na trama. "Essa é minha quarta novela do Walcyr, temos uma parceria bacana. Quando ele me chamou, não sabia direito o que era, mas tinha certeza que vinha coisa boa. Sabia que, em algum momento, ele ia escrever para mim. Não deu outra, o personagem emplacou. Com novela é assim, a gente nunca sabe, tem que confiar cegamente no autor", opina Emilio.
Os atores Françoise Forton, Emilio Orciollo e Thavyne Ferrari no set de gravação. Foto: João Miguel Júnior
Um brother despachado
Na pele de Murilo, que de professor de etiqueta virou um candidato aplicado à vaga de participante do "BBB", ele diz que vive sendo chamado de "brother" na rua, com o sotaque carregado e o jeito fanfarrão que seu personagem usa. Emilio, aliás, caracteriza como inesquecível o inédito intercâmbio com a produção do reality:
"Como ator foi uma experiência riquíssima. A gente entrou de personagem mas passou por tudo que os participantes de verdade passaram. Sentimos na pele desde o início, fazendo o vídeo, na entrevista com o Boninho e depois dentro da casa, com o público mesmo ali do lado de fora. Obviamente a gente tinha um roteiro, mas foi um grande exercício porque nem sempre a gente sabia o que ia acontecer. Na entrevista com o Boninho, por exemplo, ele podia inventar".
A Gigi de "Amor à vida" também marca um momento especial para Françoise Forton, que voltou à TV Globo depois de 10 anos afastada, período no qual atuou em novelas na Record e no SBT. Completando 45 anos de carreira e 40 de TV este ano, ela se diz encantada com a personagem, em seu primeiro folhetim escrito por Walcyr.
"Estou muito feliz, reencontrei muitos amigos, revi pessoas. Sem nenhum demérito pelos outros lugares por onde passei, porque sempre fui muito bem tratada, mas aqui é a minha casa. Queria comemorar essa data especial aqui, junto com os meus", afirma.
O casamento
Françoise conta que, sim, Gigi vai se casar "lindamente" e nada atrapalhará os planos da moça com Ignácio (Carlos Machado). Defensora ferrenha da personagem, a atriz argumenta que ela não é "uma golpista como a Aline (Vanessa Giácomo)", mas que tem uma "certa ingenuidade". E claro, muito humor. Talvez por isso tenha feito sucesso com o público.
"Só nesse tempo que eu estou falando com você no telefone aqui no carro, duas pessoas já bateram no vidro chamando ´Gigi!´. Eu entro em alguma loja para comprar alguma coisa e já brincam: ´Mas você não é 171 igual à Gigi não, né?´ ", conta Françoise rindo, dizendo, no entanto, ser completamente diferente da personagem: "Eu sou totalmente pé no chão, já teria vendido aquela casa, arranjado um trabalho e colocado meu filho para fazer alguma coisa".
Projetos
Com o fim da novela, os dois investem nos próximos projetos: Emilio estreia peça em março, grava filme em abril e, no segundo semestre, gravaa versão televisiva de "E aí, comeu?", filme de Felipe Joffily que estreará como série no GNT ou no Multishow ainda sem data definida.
Já Françoise, em cartaz com a temporada popular de "Nós sempre teremos Paris" até 2 de fevereiro, trabalha na captação de recursos para montar um espetáculo que vai coroar seu aniversário de carreira: o musical "Estúpido cupido", inspirado na novela de 1976 na qual vivia a protagonista Tetê.
"Não vai ser a novela escrita para o teatro. Vamos falar sobre a vida da Tetê nos dias de hoje. Mas é claro que vamos reviver aquele tempo, cantar e dançar aquelas músicas", planeja.
THAÍS BRITTOAGÊNCIA O GLOBO
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE
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