Do que são feitas as mocinhas? O vasto mundo da ficção é repleto delas e, no entanto, a fórmula permanece misteriosa. Quando os braços do público cismam em acolher vilões, vivê-las, por vezes, é uma tarefa ingrata. Mocinha em “Amor à vida”, Paolla Oliveira abraçou a causa, diz ter encontrado em Paloma o “carinho do público” e ressalta por duas vezes ao falar da personagem: “Estou num momento tão feliz”. Enquanto atores do mundo inteiro recorrentemente se debatem em torno de uma célebre indagação — “Ser ou não ser, eis a questão?” — ela, a seu modo, se apropria da frase shakespeariana. Sim, Paolla é:
quem tem sangue nas veias, como eu, acaba sendo vilã às vezesPaolla Oliveira
— Se mocinha for ser uma pessoa honesta, bom caráter e que tenha sangue nas veias, eu sou uma mocinha, sim — avisa a atriz, de 31 anos, contando, em seguida, o outro lado da moeda: — Mas quem tem sangue nas veias, como eu, acaba sendo vilã às vezes. Hoje, por exemplo, eu fui vilã no trânsito. Não estava muito simpática, não (risos).
Paloma é a segunda mocinha da atriz no horário nobre — a primeira, Marina, de “Insensato coração” (2011), surgiu após a desistência de Ana Paula Arósio às vésperas do início das gravações. Com a trama de Walcyr Carrasco chegando ao fim — o último capítulo vai ao ar dia 31 —, ela se prepara para se despedir da personagem com a qual convive há um ano (a primeira reunião sobre o papel aconteceu em janeiro de 2013). Cada pensamento sobre a novela desemboca num elogio, num sentimento bom. Esse raciocínio, porém, flui de maneira natural e há motivos para isso: Paolla está satisfeita, de bem com a vida, não cogita o contrário.
— Eu fui e sou muito feliz com a Paloma, é uma uma personagem de muitos conflitos. Houve momentos em que o público estranhou, principalmente quando ela desconfiou do amor de Bruno (Malvino Salvador). É uma mocinha diferente, não convencional, faz com que o público às vezes sinta raiva e, momentos depois, volte a amá-la. É bom chegar ao fim e ver as pessoas torcendo pelo casal — avalia Paolla, que se revelou uma ótima vilã em “Cama de gato” (2009), na pele de Verônica.
Maternidade
Tema clássico entre heroínas de diversas épocas, a maternidade — ou, no caso de Paloma, a ausência da filha — foi o fio condutor da trajetória da personagem. A atriz, que ainda não tem filhos, explica que se deixou levar por esse instinto para o papel.
— Eu batalhei para alcançar esse sentimento e fui muito feliz, venho de uma família muito maternal, as mulheres são muito presentes e eu tenho uma relação forte com a minha mãe, então, de alguma forma, foi fácil encontrar esse sentimento — diz Paolla, que reforça: — Tenho vontade, sim, de ter filhos, só não sei quando.
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FONTE: EXTRA GLOBO
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