16/04 Quem sou eu diante do meu Senhor?
No Domingo de Ramos, o papa Francisco deixou de lado a sua homilia escrita e improvisou uma profunda reflexão recordando os personagens descritos na leitura do Evangelho deste domingo.
O papa pediu um exame de consciência a todos os fiéis, e com qual personagem nos identificamos.
Papa faz uma pergunta:
Quem sou eu diante do meu Senhor?
Quem sou eu, diante de Jesus que entra em festa em Jerusalém? Eu sou capaz de expressar a minha alegria, de louvá-lo? Ou me distancio? Quem sou eu, diante de Jesus que sofre?
Ouvimos muitos nomes. O grupo de líderes, alguns sacerdotes, alguns fariseus, alguns mestres da lei que tinham decidido matá-lo. Eles estavam esperando a oportunidade para prendê-lo.
E o Papa continua as suas perguntas:
Eu sou como um deles? Também ouvimos outro nome: Judas. 30 moedas. Eu sou como Judas?
Ouvimos ainda outros nomes: os discípulos que não entendiam nada, que se adormentavam enquanto o Senhor sofria.
A minha vida está adormecida? Ou sou como os discípulos, que não entendiam o que significava trair Jesus? Como aquele discípulo que queria resolver tudo com a espada: eu sou como eles?
Eu sou como Judas, que finge amar e beija o Mestre para entregá-lo, para traí-lo? Eu sou um traidor?
Eu sou como os líderes que, com pressa, fazem o tribunal e procuram falsos testemunhos: Eu sou como eles? E quando eu faço essas coisas, se eu as faço, acredito que com isso salvo o povo?
Francisco continua com as suas perguntas em meio a uma Praça silenciosa e reflexiva.
Eu sou como Pilatos que, quando vejo que a situação está difícil, eu lavo as minhas mãos e não sei assumir a minha responsabilidade e deixo condenar - ou condeno eu - as pessoas?
Eu sou como aquela multidão que não sabia bem se se encontravam em uma reunião religiosa, ou num processo ou em um circo, e escolhe Barrabás? Para eles é a mesma coisa: era mais divertido humilhar Jesus.
Eu sou como os soldados que batem no Senhor, cospem n’Ele, O insultam, se divertem com a humilhação do Senhor?
Eu sou como o Cireneu, que voltava do trabalho, cansado, mas ele teve a boa vontade de ajudar o Senhor a carregar a cruz ?
Eu sou como aqueles que passavam diante da Cruz de Jesus e zombavam d’Ele: “Mas ... tão corajoso! Desça da cruz, e nós vamos acreditar n’Ele”. O insulto a Jesus ...
Eu sou como aquelas mulheres corajosas, e como a Mãe de Jesus, que estavam ali, sofrendo em silêncio?
Eu sou como José, o discípulo escondido, que leva o corpo de Jesus com amor, para sepultá-lo?
Eu sou como essas duas Marias que permanecem na porta do sepulcro, chorando, rezando?
Eu sou como esses líderes que no dia seguinte foram a Pilatos para dizer: “Mas, olha ele dizia que iria ressuscitar; que não seja mais um engano”, e bloqueiam a vida, bloqueando o sepulcro para defender a doutrina, para que a vida não venha para fora? Onde está meu coração?
E o Papa conclui: “A qual dessas pessoas eu me assemelho? Que esta pergunta nos acompanhe durante toda a semana.
Fonte: www.news.va
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