NFORMAÇÃO LÚDICA
Protetor solar como aliado na prevenção de doenças
26.10.2014
Campanha incentiva a importância de manter junto às crianças, uma rotina de proteção contra os raios UV
A princípio, tudo o que é novo costuma causar certa resistência por parte das crianças. É o que acontece com a dificuldade que a grande maioria dos pais tem em fazer com que seu filho aceite usar o filtro solar não somente na praia ou na piscina, mas também antes de brincadeiras ao ar livre, especialmente no período de 10h às 16h.
O protetor, vale salientar, deve ser reaplicado a cada duas horas e mesmo em dias nublados. Para ganhar um aliado, que tal o adulto tornar esse ritual - de prevenção contra o câncer de pele - em uma atividade lúdica?
"Os pais podem desenhar carinhas, sol ou bichos e depois convidar a criança a espalhar o filtro solar sobre a pele. Ou ainda, ensinar que o filtro é como a roupa protetora do super-herói - do Homem Aranha ou do Homem de Ferro - uma vez que o filtro infantil tem o dióxido de titânio em sua composição e que a roupa do super-herói também é forte como o titânio!", justifica Dr. Ricardo Criado, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD- Regional São Paulo).
Ações simples como essa são uma forma eficaz de ampliar a conscientização de pais e educadores sobre a importância de proteger as crianças dos raios UV. Neste sentido, a SBD intensificará a campanha "Sol, Amigo da Infância - pele protegida para toda a vida", que conta com o apoio do cartunista Maurício de Souza (autor de um gibi e vídeo sobre a temática).
"Há uma falta de informação sobre o efeito cumulativo da radiação ultravioleta nas células da pele humana, somando alterações nos cromossomos (DNA) que com os anos criam o terreno para o surgimento de um câncer da pele, sendo o mais grave o melanoma maligno". Outro dado, acrescenta o dermatologista, "é a falsa sensação de proteção, onde aplicando uma vez o filtro solar naquele dia, as pessoas acham que ele protege durante todo o período da manhã ou da tarde e ficam expostas sem reaplicá-lo mesmo nos horários críticos, próximos ao meio-dia", diz Criado.
Sobre o fato dos raios ultravioleta serem uma importante fonte de vitamina D, essencial em todas as fases da vida, Dr. Ricardo Criado esclarece que, tanto estudos internacionais como um brasileiro demonstram que se a criança for exposta duas vezes por semana - de 5 a 15 minutos - nos braços e pernas, antes ou depois do meio-dia, estará fabricando a vitamina D necessária ao metabolismo ósseo e ao sistema imunológico.
Pesquisa
Uma pesquisa encomendada pela SBD chamou atenção dos dermatologistas sobre as dúvidas elementares de pais e educadores sobre a exposição solar. Foram ouvidos 823 pais e 157 educadores de todo o País para compreender como é conhecimento, hábito e comportamento deles em relação à exposição solar de crianças e adolescentes. Resultado mostrou que os brasileiros não têm um comportamento de cuidado com a pele, o que pode levar ao aumento de casos de câncer de pele no País nos próximos anos.
Apesar de 58% dos pais e 57% dos educadores afirmarem que a exposição excessiva ao sol na infância pode levar ao câncer de pele, por exemplo, o comportamento de risco das crianças e adolescentes em casa ou na escola revela que teoria e prática não andam juntas quando o assunto é prevenção. Ainda assim, há um número relevante, 23% dos pais e 19% dos educadores, que ainda ignora também o risco da exposição solar em excesso.
A grande dificuldade está em estabelecer uma rotina de proteção. Embora 89% dos pais afirmem que usam protetor solar em seus filhos; a grande maioria nunca reaplica o produto, o que os deixa vulneráveis a radiação solar da mesma forma. Entre os 11% que declaram nunca usar o protetor solar, 42% alegam que esquecem; 32% não compram por ser caro e 15% não consideram o produto importante.
Contradições não faltam: 69% dos pais declaram que sempre estimulam os filhos a se proteger do sol evitando horário de pior incidência solar (entre 10h e 15 horas), porém, quase metade dos educadores analisados (45%) deixam os alunos expostos ao sol nos piores horários ou o dia todo e 29% deles afirmam que nunca estimularam a proteção solar entre seus alunos.
O extremo também acontece: 6% dos pais e 27% dos educadores dizem que nunca deixam seus filhos ou alunos ficarem expostos ao sol. "O sol tem propriedades importantes para o crescimento. É preciso encontrar o equilíbrio e percebemos que isso não acontece no País", lembra Dr. Ricardo Criado.
FONTE:
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/vida/protetor-solar-como-aliado-na-prevencao-de-doencas-1.1132591
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