Um estudo da Cisco, empresa norte-americana de tecnologia, foi divulgado esta semana. Nele, previsões baseadas na análise do fluxo de dados da rede mundial mostram como será a internet móvel do futuro, um desafio especialmente para países como o Brasil onde os investimentos são baixos e a infraestrutura atrasada.
Tráfego inteligente
Em 2014, 88% dos dados móveis veio do chamado tráfego inteligente, ou seja, saiu ou chegou a smartphones, tablets e outros dispositivos que usam a rede para trafegar informações, que vão além de simples chamadas telefônicas ou mensagens de texto. A previsão baseada no crescimento do mercado de smartphones é a de que os telefones convencionais vão, aos poucos, desaparecer mesmo. Em 2019, teremos 97% dos dados presentes nas redes celulares relativos à operações de smartphones ou tablets; 44% de todo esse tráfego virá de conexões feitas pelas redes 3G, 26 % pelas 4G e o restante pelas antigas redes 2G. O curioso é que, mesmo sendo responsáveis pela menor quantidade de conexões, ou seja, pelo número menos expressivo de aparelhos ativos, as redes 4G vão ser as campeãs de tráfego de dados, com 68% do todo, que deve girar em torno de 292 exabytes. Em 2014 foram apenas 30 exabytes. Para entendermos melhor: cada exabyte é um bilhão de gigabytes. Ainda para ajudar no entendimento: 292 exabytes equivalem a 65 trilhões de imagens postadas no Instagram, por exemplo, o que dá algo em torno de 23 imagens por dia para cada pessoa do planeta durante um ano.
Explosão de usuários
Os números enormes têm, é claro, origem no crescimento do uso de aparelhos móveis. Em 2019 serão 5,2 bilhões de usuários desse tipo de dispositivo. Atualmente, são 4,3 bilhões em todo o mundo. Eles gerarão mais de 11 bilhões de conexões, algumas via redes celulares, outras por redes wi-fi. Além deles, mais 3,2 bilhões de aparelhos estarão nas conexões chamadas de M2M, Machine to Machine (Máquina para Máquina). Essas são aquelas feitas entre equipamentos usando as redes móveis. São aparelhos de rastreamento, câmeras de vigilância, sistemas de segurança e medidores de serviços públicos como energia elétrica e água, em algumas cidades mais conectadas, entre outros. É a tão falada internet de todas as coisas. No futuro, desde o seu par de tênis, passando por geladeiras, TVs, e chegando até aviões e satélites, tudo estará conectado 24 horas por dia, 365 dias por ano. A maior parte de tudo isso estará na América do Norte e na Ásia. Traduzindo: Estados Unidos, China e Japão vão ser os maiores usuários de toda essa tecnologia.
No Brasil
O estudo prevê um crescimento de pelo menos nove vezes no tráfego de dados móveis em todo o país até 2019. Serão 601,7 Petabytes, ou seja, o volume de bits gravados em 150 milhões de DVDs por mês. Por aqui, 61% das conexões serão inteligentes e elas ocuparão 99% do tráfego de dados móveis do país. Serão 174,9 milhões de usuários móveis, 83% da população conectada, segundo a Cisco. Mais de 70% desses dados serão gerados por vídeos. A utilização de 4G vai crescer de 1,9% em 2014 para 24,1 % do total de conexões móveis. Já no tocante à qualidade dessas conexões o estudo não entra em detalhes. Mas, pela experiência que temos em nosso país, é fácil prever que todo esse crescimento em quantidade não deve se refletir em melhor qualidade de serviço, podendo, inclusive, trazer ainda mais caos e irritação para os usuários. Infelizmente.
FONTE:
CORREIO
Tráfego inteligente
Em 2014, 88% dos dados móveis veio do chamado tráfego inteligente, ou seja, saiu ou chegou a smartphones, tablets e outros dispositivos que usam a rede para trafegar informações, que vão além de simples chamadas telefônicas ou mensagens de texto. A previsão baseada no crescimento do mercado de smartphones é a de que os telefones convencionais vão, aos poucos, desaparecer mesmo. Em 2019, teremos 97% dos dados presentes nas redes celulares relativos à operações de smartphones ou tablets; 44% de todo esse tráfego virá de conexões feitas pelas redes 3G, 26 % pelas 4G e o restante pelas antigas redes 2G. O curioso é que, mesmo sendo responsáveis pela menor quantidade de conexões, ou seja, pelo número menos expressivo de aparelhos ativos, as redes 4G vão ser as campeãs de tráfego de dados, com 68% do todo, que deve girar em torno de 292 exabytes. Em 2014 foram apenas 30 exabytes. Para entendermos melhor: cada exabyte é um bilhão de gigabytes. Ainda para ajudar no entendimento: 292 exabytes equivalem a 65 trilhões de imagens postadas no Instagram, por exemplo, o que dá algo em torno de 23 imagens por dia para cada pessoa do planeta durante um ano.
Explosão de usuários
Os números enormes têm, é claro, origem no crescimento do uso de aparelhos móveis. Em 2019 serão 5,2 bilhões de usuários desse tipo de dispositivo. Atualmente, são 4,3 bilhões em todo o mundo. Eles gerarão mais de 11 bilhões de conexões, algumas via redes celulares, outras por redes wi-fi. Além deles, mais 3,2 bilhões de aparelhos estarão nas conexões chamadas de M2M, Machine to Machine (Máquina para Máquina). Essas são aquelas feitas entre equipamentos usando as redes móveis. São aparelhos de rastreamento, câmeras de vigilância, sistemas de segurança e medidores de serviços públicos como energia elétrica e água, em algumas cidades mais conectadas, entre outros. É a tão falada internet de todas as coisas. No futuro, desde o seu par de tênis, passando por geladeiras, TVs, e chegando até aviões e satélites, tudo estará conectado 24 horas por dia, 365 dias por ano. A maior parte de tudo isso estará na América do Norte e na Ásia. Traduzindo: Estados Unidos, China e Japão vão ser os maiores usuários de toda essa tecnologia.
No Brasil
O estudo prevê um crescimento de pelo menos nove vezes no tráfego de dados móveis em todo o país até 2019. Serão 601,7 Petabytes, ou seja, o volume de bits gravados em 150 milhões de DVDs por mês. Por aqui, 61% das conexões serão inteligentes e elas ocuparão 99% do tráfego de dados móveis do país. Serão 174,9 milhões de usuários móveis, 83% da população conectada, segundo a Cisco. Mais de 70% desses dados serão gerados por vídeos. A utilização de 4G vai crescer de 1,9% em 2014 para 24,1 % do total de conexões móveis. Já no tocante à qualidade dessas conexões o estudo não entra em detalhes. Mas, pela experiência que temos em nosso país, é fácil prever que todo esse crescimento em quantidade não deve se refletir em melhor qualidade de serviço, podendo, inclusive, trazer ainda mais caos e irritação para os usuários. Infelizmente.
FONTE:
CORREIO
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