Por iG São Paulo | - Atualizada às
Espontâneo e apartidário, público em São Paulo se aproximou, em tamanho, do ato de 1984 pedindo Diretas-Já
Uma das maiores concentrações da história do País num único local, os protestos deste domingo na Avenida Paulista - com 1milhão de pessoas segundo a Polícia Militar ou 210 mil, conforme o instituto Datafolha - aumentaram fortemente a pressão contra a presidente Dilma Rousseff e pelo fim da era do PT no poder. Com uma retórica de hostilidade à esquerda, mas pacífica, espontânea e desvinculada de partidos ou sindicatos, a marcha foi a mais dura condenação à corrupção, ao sistema político e aos rumos da economia.
Superou em público as manifestações de junho de 2013 que, em seu auge, no dia 20, reuniu mais de 1 milhão em todo o país e cerca de 110 mil na Paulista. Só na campanha das Diretas-Já, em 1984, com 1,5 milhão na Candelária, no Rio, e 1 milhão no Anhangabaú, em São Paulo, tanta gente havia saído às ruas apenas para protestar, o que surpreendeu os políticos e semeou incertezas sobre o futuro do governo da presidente Dilma Rousseff. Em todo o País, a estimativa é de que o número de manifestantes tenha girado entre 1,4 a 1,5 milhão de pessoas.
O protesto também escancarou a luta de classes e transformou a Avenida Paulista em palco de um perigoso conflito ideológico entre uma classe média alta, formada em sua maioria pela direita liberal, contra a esquerda governista escorada em sindicatos e movimentos sociais que representam trabalhadores urbanos e rurais. Os organizadores do protesto de domingo não querem apenas lutar contra a corrupção.
“Nosso próximo passo é derrubar a Dilma”, disse Marcello Reis, líder do Revoltados Online, resumindo o sentimento dos grupos cuja pauta - difusa - vai do apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff à intervenção militar.
FONTE: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2015-03-16/manifestacao-anti-dilma-supera-auge-dos-protestos-de-junho-de-2013-e-escancara-clima-de-odio-a-esque.html
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