Mesmo naqueles espíritos perdidos no ódio e na teimosia, ele opera sutilmente na
casa secreta do coração. Docemente, com grande habilidade, o Amor faz sua morada silenciosa no ser.
O Amor é inevitável. Ele não vem. Já está.
Ao longo das eras, inexoravelmente, sob a ação de muitas experiências e suas
repercussões cármicas, todos os seres o encontrarão em si mesmos. Mesmo no seio das trevas da consciência, ele está.
Silenciosamente, nos bastidores conscienciais, ele opera pacientemente, pois sabe que as coisas mudam, e sempre há chances de eterno recomeço e aprendizado.
Sim, todos estão destinados ao Amor. E não há como alguém mensurar a magnitude do seu
poder de transformação no ser.
Só se sabe que, quando o Amor é percebido, tudo muda. E nada mais será como antes. E isso não tem tempo ou lugar.
No passado, no presente ou no futuro, no infinito do tempo – Éons? Tempo algum? Quem sabe? -, é o Amor que sempre dá as cartas e bate o jogo.
Ninguém o vê, e, nos momentos de crise – que também suscitam mudanças de paradigmas antigos e desgastados e permite novos aprendizados -, muitos se fecham e até mesmo o negam solenemente. Contudo, ele é paciente e sabe que tudo muda.
Eles surfam no infinito e no céu dos corações, docemente, com grande habilidade. Não há como detê-lo.
Ele conhece tudo e, inexoravelmente, será percebido no momento certo do despertar de cada um. E, quando alguém o descobre viajando pelo céu de seu coração, passa a vê-lo nos demais também. Então, tudo muda, e nada mais será como antes.
Um jorro contínuo de bem-aventurança percorrerá todas as fibras de seu ser, dos pés à cabeça, iluminando todos os seus
chacras. E energias maravilhosas serão exteriorizadas silenciosamente de sua aura para todos. Esse é o destino de todos os homens, de todos os lugares.
Mesmo que eles ainda não saibam disso e se permitam pensar e agir egoisticamente, o Amor estará neles. Quem descobre isso, mesmo que de forma parcial e ainda sem ter despertado plenamente, é tomado de grande assombro.
Sente que um pouco desse Amor é mais do que tudo já experimentado antes.
Percebe que até mesmo os espíritos empedernidos nas trevas da consciência sentem um pouco disso em si mesmos.
Por isso, eles lutam tanto contra o despertar da consciência; têm medo das inevitáveis transformações que o Amor causa nos corações.
Sabem que as
paredes trevosas que construíram em torno de si mesmos não conseguirão impedir o “big-bang consciencial” de acontecer.
Têm medo de que apenas uma centelha desse Amor se torne uma supernova no céu de seus corações. Então, como autodefesa, dizem-se das trevas. Porém, como todos os seres, eles são do Amor.
Sim, sentir um pouco desse Amor já vale tudo! Faz pensar que mesmo quem carrega trevas nas intenções e nos atos, também carrega um tesouro secreto no coração.
Faz pensar que todos os homens são irmãos, mesmo que a maioria ainda não perceba isso adequadamente. Não importa.
Lá no meio das trevas do ego está surgindo uma supernova consciencial. Feliz daquele que já viu essa luz amorosa eclodindo perenemente em seu coração.
Como ensinava o mestre Ramakrishna: “Sem Amor ninguém segue…”
Wagner Borges
Nenhum comentário:
Postar um comentário