A lenda do blues B.B. King, um dos maiores guitarristas de
todos os tempos e que inspirou gerações de músicos durante sua longa
carreira, faleceu aos 89 anos na quinta-feira.
Uma das filhas do artista, Patty King, confirmou ao canal CNN que o pai morreu na quinta-feira à noite.
O rei do blues, que fez shows até o ano passado, estava recebendo cuidados paliativos em sua casa de Las Vegas, segundo um comunicado divulgado no dia 1º de maio.
King, dono da famosa guitarra "Lucille", estava internado desde o final de abril e morreu em decorrência de uma desidratação derivada da diabetes diagnosticada há 30 anos. Além disso, o artista sofria de hipertensão.
A notícia da morte de King provocou uma série de homenagens de músicos de todas as gerações, que consideravam King uma referência, mas também a reação de pessoas de outros campos, inclusive do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que considerou sua morte uma grande perda para o país e para o blues.
"O blues perdeu seu rei e os Estados Unidos perderam uma lenda", disse Obama em um comunicado, afirmando que "esta noite haverá uma tremenda sessão de blues no céu".
A música de King "permanece na cabeça e faz a pessoa dançar e fazer coisas que provavelmente não deveria fazer, mas que sempre estará feliz de ter feito", disse o presidente, expressando posteriormente que "ninguém trabalhou mais que B.B. Ninguém inspirou mais novos artistas. Ninguém fez mais para propagar o evangelho do blues".
O ex-presidente Bill Clinton, um grande fã de música e saxofonista, também reagiu, declarando que "Hillary (sua esposa e candidata presidencial) e eu nos unimos aos fãs da música em todo o mundo na dor pela perda de B.B King. Ele era um brilhante guitarrista de blues e um homem generoso e bom".
Outra estrela com quem havia tocado e tinha amizade, o guitarrista inglês Eric Clapton, também prestou homenagem a King: "Quero apenas expressar minha tristeza e dizer obrigado ao meu querido amigo B.B. King", declarou em um curto vídeo publicado em sua página do Facebook.
"Quero agradecê-lo por toda a inspiração e encorajamento que me deu como intérprete ao longo dos anos", disse o músico, que integrou bandas lendárias como Cream e The Yardbirds, antes de iniciar sua bem-sucedida carreira solo.
"BB, qualquer um poderia interpretar mil notas e nunca chegar a dizer o que você dizia com apenas uma delas. #RIP", escreveu no Twitter o músico Lenny Kravitz.
O cantor e guitarrista canadense Bryan Adams também fez sua homenagem no Twitter: "RIP BB King, um dos melhores guitarristas de todos os tempos, talvez o melhor. Ele podia fazer mais que qualquer um com apenas uma nota".
Nascido em 16 de setembro de 1925 em Itta Bena, perto de Indianola (Mississippi, sul), em uma família pobre como Riley B. King, a futura lenda aprendeu a tocar uma guitarra que ganhou do proprietário de uma plantação quando tinha 12 anos.
Teve uma infância igual a de milhares de meninos negros, trabalhadores agrícolas em grandes plantações de algodão no sul segregacionista dos Estados Unidos.
Órfão, recebeu o apoio na adolescência de Bukka White, seu primo, um guitarrista cego famoso na região e que teve papel fundamental na sua formação musical.
King aprendeu a dominar o instrumento, e mais tarde passou a chamar sua guitarra de Lucille.
Entre suas apresentações históricas está um show em 1968 no Fillmore West de San Francisco, na época um paraíso para os hippies. Um ano depois foi o artista que abriu 18 shows dos Rolling Stones nos Estados Unidos.
Ele interpretava sua música assinatura, "The Thrill is Gone", que refletia a angústia tão característica do blues, com dedilhados curtos.
Em 2003, a revista Rolling Stone o considerou o terceiro guitarrista mais importante da história, atrás de Jimi Hendrix e Duane Allman, mas à frente de Eric Clapton.
Seu estilo não era marcado pela velocidade ou acordes amplos, e sim em notas sustentadas e bem escolhidas.
King chegou a fazer mais de 300 shows por ano. Apesar de sofrer de diabetes crônica nas últimas duas décadas, até recentemente manteve uma agenda de turnês que cansaria músicos muito mais jovens que ele.
"Tenho uma doença que acredito que pode ser contagiosa", declarou King à AFP em uma entrevista em 2007.
"Se chama 'preciso de mais'", completou.
Um dos motivos que levava King a seguir na estrada, em turnê, era a esperança de manter o blues vivo.
"Com exceção da rádio por satélite, hoje você não escuta blues no rádio", disse à AFP.
"Assim, uma das razões pelas quais viajo tanto é porque posso levar a música às pessoas".
Muito influente, King gravou com Eric Clapton o álbum "Riding with the King", premiado com um Grammy, um dos 15 que a lenda do blues recebeu durante toda a carreira.
FONTE:
TERRA
Uma das filhas do artista, Patty King, confirmou ao canal CNN que o pai morreu na quinta-feira à noite.
O rei do blues, que fez shows até o ano passado, estava recebendo cuidados paliativos em sua casa de Las Vegas, segundo um comunicado divulgado no dia 1º de maio.
King, dono da famosa guitarra "Lucille", estava internado desde o final de abril e morreu em decorrência de uma desidratação derivada da diabetes diagnosticada há 30 anos. Além disso, o artista sofria de hipertensão.
A notícia da morte de King provocou uma série de homenagens de músicos de todas as gerações, que consideravam King uma referência, mas também a reação de pessoas de outros campos, inclusive do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que considerou sua morte uma grande perda para o país e para o blues.
"O blues perdeu seu rei e os Estados Unidos perderam uma lenda", disse Obama em um comunicado, afirmando que "esta noite haverá uma tremenda sessão de blues no céu".
A música de King "permanece na cabeça e faz a pessoa dançar e fazer coisas que provavelmente não deveria fazer, mas que sempre estará feliz de ter feito", disse o presidente, expressando posteriormente que "ninguém trabalhou mais que B.B. Ninguém inspirou mais novos artistas. Ninguém fez mais para propagar o evangelho do blues".
O ex-presidente Bill Clinton, um grande fã de música e saxofonista, também reagiu, declarando que "Hillary (sua esposa e candidata presidencial) e eu nos unimos aos fãs da música em todo o mundo na dor pela perda de B.B King. Ele era um brilhante guitarrista de blues e um homem generoso e bom".
Outra estrela com quem havia tocado e tinha amizade, o guitarrista inglês Eric Clapton, também prestou homenagem a King: "Quero apenas expressar minha tristeza e dizer obrigado ao meu querido amigo B.B. King", declarou em um curto vídeo publicado em sua página do Facebook.
"Quero agradecê-lo por toda a inspiração e encorajamento que me deu como intérprete ao longo dos anos", disse o músico, que integrou bandas lendárias como Cream e The Yardbirds, antes de iniciar sua bem-sucedida carreira solo.
"BB, qualquer um poderia interpretar mil notas e nunca chegar a dizer o que você dizia com apenas uma delas. #RIP", escreveu no Twitter o músico Lenny Kravitz.
O cantor e guitarrista canadense Bryan Adams também fez sua homenagem no Twitter: "RIP BB King, um dos melhores guitarristas de todos os tempos, talvez o melhor. Ele podia fazer mais que qualquer um com apenas uma nota".
Nascido em 16 de setembro de 1925 em Itta Bena, perto de Indianola (Mississippi, sul), em uma família pobre como Riley B. King, a futura lenda aprendeu a tocar uma guitarra que ganhou do proprietário de uma plantação quando tinha 12 anos.
Teve uma infância igual a de milhares de meninos negros, trabalhadores agrícolas em grandes plantações de algodão no sul segregacionista dos Estados Unidos.
Órfão, recebeu o apoio na adolescência de Bukka White, seu primo, um guitarrista cego famoso na região e que teve papel fundamental na sua formação musical.
King aprendeu a dominar o instrumento, e mais tarde passou a chamar sua guitarra de Lucille.
Entre suas apresentações históricas está um show em 1968 no Fillmore West de San Francisco, na época um paraíso para os hippies. Um ano depois foi o artista que abriu 18 shows dos Rolling Stones nos Estados Unidos.
Ele interpretava sua música assinatura, "The Thrill is Gone", que refletia a angústia tão característica do blues, com dedilhados curtos.
Em 2003, a revista Rolling Stone o considerou o terceiro guitarrista mais importante da história, atrás de Jimi Hendrix e Duane Allman, mas à frente de Eric Clapton.
Seu estilo não era marcado pela velocidade ou acordes amplos, e sim em notas sustentadas e bem escolhidas.
King chegou a fazer mais de 300 shows por ano. Apesar de sofrer de diabetes crônica nas últimas duas décadas, até recentemente manteve uma agenda de turnês que cansaria músicos muito mais jovens que ele.
"Tenho uma doença que acredito que pode ser contagiosa", declarou King à AFP em uma entrevista em 2007.
"Se chama 'preciso de mais'", completou.
Um dos motivos que levava King a seguir na estrada, em turnê, era a esperança de manter o blues vivo.
"Com exceção da rádio por satélite, hoje você não escuta blues no rádio", disse à AFP.
"Assim, uma das razões pelas quais viajo tanto é porque posso levar a música às pessoas".
Muito influente, King gravou com Eric Clapton o álbum "Riding with the King", premiado com um Grammy, um dos 15 que a lenda do blues recebeu durante toda a carreira.
FONTE:
TERRA
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