Riley Ben King, mais conhecido como B.B. King, morreu aos 89 anos, na noite desta quinta-feira, 14, na sua casa em Las Vegas, nos Estados Unidos.
Durante os 70 anos de carreira, King ajudou a popularizar os blues e influenciou muitos músicos de rock e blues com a sua voz e a sua guitarra à qual deu o nome de Lucille.
A alcunha carinhosa surgiu quando King enfrentou um incêndio durante um espectáculo para salvar um dos seus instrumentos.
O incêndio começou depois de uma briga entre dois homens do público por causa de uma mulher que se chamava Lucille. A marca de instrumentos Gibson fez uma linha exclusiva de guitarras com o mesmo nome para King. O Papa João Paulo 2º chegou a ganhar um exemplar das mãos do próprio “rei” do blues.
Mais tarde, ficou conhecido pelo nome de Beale Street Blues Boy, sendo Beale Street uma rua de bares e locais de música. Depois Blues Boy (rapaz do blues) foi abreviado para BB. Ficou o nome artístico: BB King.
"Ser um cantor de blues é como ser negro duas vezes", escreveu King na sua autobiografia, "Blues All Around Me", sobre a falta de respeito ao estilo musical em comparação ao rock e jazz. "Enquanto o movimento de direitos civis lutava pelo respeito pelo povo negro, eu sentia que estava lutando pelo respeito ao blues", acrescentou.
Em 1952, estourou a nível nacional com o sucesso "Three O'Clock Blues".
Em 1969, conseguiu mais visibilidade ao ser convidado pelos Rolling Stones para abrir os espectáculos que a banda inglesa fez pelos Estados Unidos. A partir daí, foram sucessos atrás sucessos, até tornar-se no maior astro do blues.
O guitarrista era membro do Hall da Fama do Rock and Roll e do Hall da Fama do Blues e foi considerado um dos maiores guitarristas de todos os tempos, tendo si, em 2003, classificado como o número três de todos os tempos pela revista "Rolling Stone", atrás apenas de Jimi Hendrix e Duane Allman.
Com mais de 50 álbuns, milhões de discos vendidos em todo o mundo e 15 prémios Grammy, o músico ficou conhecido por sucessos como "Three O'Clock Blues", dos anos 1950, "The Thrill Is Gone", de 1970, "When Love Comes to Town", que gravou em 1989 com os irlandeses do U2. Além disso, influenciou muitos guitarristas, incluindo Eric Clapton.
Reacções
A morte de B.B.King está a ter muita repercussão em todo o mundo.
Eric Clapton decidiu expressar a sua tristeza com um vídeo publicado na sua página de Facebook, no qual agradece King pela amizade e inspiração como guitarrista. "Queria expressar minha tristeza e agradecer ao meu querido amigo B.B. King por toda a inspiração e incentivo que me deu como guitarrista. Não restaram muitos para tocar da maneira pura como ele tocava. Se não está muito familiarizado com o trabalho dele, recomendo que ouça "B.B. King Live At The Reagal", que serviu como grande começo para mim como jovem músico".
Através de suas redes sociais, Ringo Starr, Lenny Kravitz, Snoop Dog, Genne Simmons e outros artistas lamentaram a perda do “rei” do blues.
O cantor canadense Bryan Adams também fez a sua homenagem no Twitter: "RIP BB King, um dos melhores guitarristas de todos os tempos, talvez o melhor. Ele podia fazer mais que qualquer um com apenas uma nota".
Em comunicado, o presidente Barack Obama também se manifestou após a morte do músico: "O blues perdeu o seu rei e os Estados Unidos perderam uma lenda", declarou Obama.
King se casou-se em duas ocasiões: com Martha Lee Denton, entre 1946 e 1952, e depois, com Sue Carol Hall, de 1958 até 1966. O artista deixa 14 filhos e mais de 50 netos.
FONTE:
http://www.voaportugues.com/content/morreu-bb-king-o-rei-do-blues-ficou-a-lenda/2769039.html
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