O segredo é ter um banco de horas de luz natural
POR Pâmela Carbonari
POR Pâmela Carbonari
Quem tem problemas de sono sabe muito bem que deve deixar tablets e smartphones longe da cama. Alguns estudos relacionam a exposição à luz azul das telas com dificuldades para dormir. Mas uma nova pesquisa da Universidade de Uppsala, na Suécia, comprovou que essa verdade não é tão absoluta assim - o malefício da azul para uma boa noite de sono depende de quanta luz solar você ficou exposto no dia.
Os cientistas suecos pediram para que 14 jovens, seis mulheres e oito homens, expostos a 6,5 horas de luz solar ou branca lessem um romance em um tablet e em um livro físico durante duas horas (das 21 às 23 horas). Seus níveis de melatonina (hormônio produzido pelo corpo enquanto dormimos) foram medidos antes de dormir. Das 23:15 às 7:15 era o período que os participantes deveriam dormir - tudo, é claro, foi monitorado. Depois de uma semana, o experimento foi repetido. Mas quem leu o romance no tablet deveria lê-lo impresso e os que lerem o livro tradicional deveriam ler no dispositivo eletrônico.
Para surpresa dos pesquisadores, a tela azul não afetou o sono dos voluntários. Os níveis de melatonina, a sonolência e a qualidade do sono se mantiveram iguais em ambas as experiências. "O resultado sugere que a exposição à luz clara durante o dia, tanto ao ar livre quanto à luz branca dos escritórios, pode ajudar a combater os efeitos negativos da estimulação provocada pela luz azul", afirma Christian Benedict, co-autor do estudo.
Alívio, mas nem tanto
A pesquisa avaliou as reações que a luz dos dispositivos eletrônicos provoca no organismo. Não foi levado em consideração o que os voluntários estavam lendo. Por isso, não ache que se você abrir o e-mail do trabalho na cama sua noite de sono vai sair ilesa disso. Pode ser que a luz azul não interfira na qualidade do seu sono, mas aquela mensagem dizendo "Aluguel atrasado" com certeza vai.
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