No cenário da pandemia de Covid-19, em que a obesidade é um fator associado a quadros mais graves e a mortes, a gordofobia também impede o acesso à vacina, o que pode contribuir para uma letalidade ainda mais exacerbada nesse grupo
POR NOTÍCIAS AO MINUTO - ABRIEL ALVES (FOLHAPRESS) - Pessoas gordas enfrentam diariamente não só barreiras como preconceito, falta de equipamentos públicos e acessibilidade mas também o descaso e até desprezo de profissionais da saúde. No cenário da pandemia de Covid-19, em que a obesidade é um fator associado a quadros mais graves e a mortes, a gordofobia também impede o acesso à vacina, o que pode contribuir para uma letalidade ainda mais exacerbada nesse grupo.No próximo dia 28, seguindo o calendário da Prefeitura do Rio, o plano da instrumentadora cirúrgica Mariana Costa, 26, é finalmente se imunizar contra o novo coronavírus. Ela está se isolando em casa desde março do ano passado, quando a situação começou a se complicar na cidade e em todo o Brasil.
Ela se encaixa no quadro de obesidade grave (mórbida), ou seja, tem IMC acima de 40 kg/m². Esse número é calculado ao se dividir o peso (em kg) pelo quadrado da altura (em metros). Para ser imunizada, porém, Mariana teve que iniciar uma jornada em busca do reconhecimento de um médico sobre sua condição.
O problema é que na UBS, em uma consulta, indicaram que só um médico especialista poderia avaliá-la. Para acelerar o processo, procurou uma clínica popular. Mas o médico de lá também resistiu em atestar a presença de obesidade.
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