DESAFIO INTERMODAL
Moto leva menos tempo durante horário de pico
17.09.2013
Atividade levou em consideração tempo de deslocamento, gastos e nível de poluição de cada veículo
Com o objetivo de promover uma discussão sobre a mobilidade urbana na Capital e contribuir para a sustentabilidade urbana, a Associação dos Ciclistas Urbanos de Fortaleza (Ciclovida) realizou, na noite de ontem, seu primeiro Desafio Intermodal. A atividade contou com um grupo de voluntários saindo da Praça da Imprensa, no Dionisio Torres, até a Praça Jonas Gomes de Freitas, ao lado do North Shopping. Quem chegou primeiro ao ponto marcado foi o motociclista, seguido de um ciclista.
O grupo se dividiu entre bicicletas, monociclo, moto, carro, táxi, ônibus, patins, transporte alternativo, pedestre andando e pedestre correndo FOTOs: ALEX COSTA
Por ruas movimentadas e em pleno horário de pico, o grupo se dividiu entre os que iam de bicicleta por vias rápidas, bicicleta por vias alternativas, bicicleta elétrica, bicicleta dobrável, patins, andando, correndo, de táxi, ônibus, transporte alternativo, moto, mototáxi e até de monociclo. Estava previsto a participação de uma cadeirante, mas a mesma não conseguiu chegar a tempo para a largada, em virtude do trânsito.
As modalidades foram julgadas nos quesitos tempo de deslocamento, gastos e nível de poluição causada, verificando o tipo de transporte mais eficiente. O resultado será divulgado hoje. "Não é uma corrida para ver quem chega primeiro, é o retrato da nossa realidade. A intenção é mostrar a eficácia de cada tipo de transporte", explica a arquiteta e urbanista Beatriz Rodrigues.
Com o tempo total de 26min e 36s, o primeiro a completar o percurso de 8 Km foi o participante Odécio Ximenes, que escolheu a moto para fazer o trajeto. Na segunda posição, Victor Barros chegou com 27min34s usando a bicicleta em vias rápidas, e em 3º lugar empatados no tempo de 29min08s, Rodrigo Sales com a bicicleta elétrica e Herson Meireles, por mototáxi.
Com o tempo de 37 minutos em cima de monociclo o professor de inglês Bob Miller, 28, que chegou em 5º lugar entre os participantes, diz não ter encontrado dificuldades em relação ao trajeto em si. No entanto, ressalta ele, os perigos desse tipo de transporte são os mesmos deparados pelos ciclistas. "Os motoristas não respeitam e não mantêm a distância necessária", destaca.
Confira vídeo do desafio
Transporte Coletivo
O estudante Vitor Xavier, 24, que foi de ônibus levando 1h e 10s para chegar, relata que a principal dificuldade encontrada no dia a dia, para aqueles usam o tipo de transporte, são os veículos extremamente lotados e o grande congestionamento enfrentado durante os horários de pico. "Era para ser o transporte ideal, mas infelizmente não é".
Problema similar enfrentou o participante José Otávio, 24, que escolheu o carro como meio de transporte. Apesar de ter usado vias mais fluentes, completou o trajeto em 1h17min, na 11ª posição. "Até achei que foi rápido", comenta ele.
Já em último lugar ficou a arquiteta urbanista Rebeca Maia, 24, que foi andando, com o tempo de 1h30min29s. As dificuldades, diz, foram em relação às condições precárias de algumas calçadas e a falta de mais semáforos para pedestres. "Em tempo, fui a última mas levando em consideração que não emiti gás carbônico e ainda fiz um exercício físico, o que é saudável, acho que foi muito positivo".
RENATO BEZERRAREPÓRTER
FONTE:
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1318738
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