Publicado por: Renata Fraia
No ano em que se comemoram os 250 anos de nascimento do compositor austríaco (texto de 2006), a ciência mostra que continua atenta nos efeitos de sua música sobre a saúdedo corpo e da mente.
Tranqüilidade, paz, relaxamento… Ouvir a inebriante música do gênio austríaco desperta sentimentos que não apenas tocam a alma. A obra de Mozart teria também um surpreendente potencial curativo. Para confirmar a suspeita, estudos vêm sendo feitos mundo afora. Um dos mais recentes é o da Universidade Roosevelt, em Chicago, nos Estados Unidos, que contou com 14 voluntários — todos unânimes em relatar sensações semelhantes às descritas acima.
Aplacar a ansiedade — ou mesmo estados depressivos — parece ser um efeito instantâneo, reconhecido até por quem tem como ofício lidar com distúrbios da mente. A psiquiatra Rita de Cássia Reis Ferreira, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, sempre recorre aos CDs do compositor como recurso terapêutico em sessões com pacientes que sofrem de depressão. Os resultados são bons. “A suavidade de suas peças traz um mix de alegria e relaxamento imediato”, observa.
A neurologista Paula Viana, do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, no interior paulista, explica que a música estabiliza no cérebro as ondas alfa, associadas à diminuição da tensão mental — e isso repercute na pressão arterial, nos batimentos cardíacos e na redução das tensões responsáveis pelo estresse. Em outras palavras, o coração passa a bater num ritmo bem mais sereno, sem descompasso.
Vale ressaltar que não é qualquer sinfonia mozartiana que funciona como bálsamo. “É preciso identificação com as composições”, opina o neurologista Mauro Muszkat, da Universidade Federal de São Paulo. Se o agudo do violino não soar bem aos seus ouvidos, prefira sonatas ou concertos para piano. Enfim, escolha peças que toquem o coração e evoquem boas emoções. E não custa bater na velha tecla da educação auditiva. “Se a criança é estimulada a ouvir música erudita, na certa vai gostar do gênero por toda a vida”, diz Muszkat. Mas de nada adianta os pais botarem o CD para rodar e saírem de cena. “Eles têm que interagir, seja cantarolando ou dançando com os filhos”, ensina.
Outros pesquisadores defendem o que chamam de “efeito Mozart”, que estaria relacionado a uma melhora das funções cognitivas. Um estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, mostrou que os alunos se saíam melhor em testes após uma audição das peças do compositor. “Isso não quer dizer que Mozart torne as pessoas mais inteligentes”, ressalva a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Mas os sons estimulam áreas do cérebro relacionadas com a memória, como o córtex temporal superior”, lembra o professor Benito Damasceno, da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. Então, para evitar o “branco” que vez por outra pode pintar, ouvir o mestre é a grande (e emocionante) sacada.
OBRA GRANDIOSA
Ele nasceu em Salzburgo, na Áustria, no dia 27 de janeiro de 1756. Contam seus biógrafos que a genialidade do autor manifestou-se logo aos 6 anos, quando compôs sua primeira peça. Meninoprodígio, Wolfgang Amadeus Mozart passou a infância em concertos pela Europa, guiado pelo pai, o também músico Leopold. Sua obra é uma mescla de sinfonias, concertos e óperas, como A Flauta Mágica e As Bodas de Fígaro, imortalizadas. Diz a lenda que ele sofria de transtorno bipolar — doença que alterna comportamentos alegres e tristes. Mas, como defende a psiquiatra Rita de Cássia Reis Ferreira, “a música de Mozart só expressa seu lado saudável ”.
Fonte: Revista Saúde (edição de março de 2006)
FONTE: SAÚDE COM CIÊNCIA
Texto aborda o Efeito Mozart...
Aplacar a ansiedade — ou mesmo estados depressivos — parece ser um efeito instantâneo, reconhecido até por quem tem como ofício lidar com distúrbios da mente. A psiquiatra Rita de Cássia Reis Ferreira, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, sempre recorre aos CDs do compositor como recurso terapêutico em sessões com pacientes que sofrem de depressão. Os resultados são bons. “A suavidade de suas peças traz um mix de alegria e relaxamento imediato”, observa.
Efeito mozart: Música de mozart faz bem à saúde |
Vale ressaltar que não é qualquer sinfonia mozartiana que funciona como bálsamo. “É preciso identificação com as composições”, opina o neurologista Mauro Muszkat, da Universidade Federal de São Paulo. Se o agudo do violino não soar bem aos seus ouvidos, prefira sonatas ou concertos para piano. Enfim, escolha peças que toquem o coração e evoquem boas emoções. E não custa bater na velha tecla da educação auditiva. “Se a criança é estimulada a ouvir música erudita, na certa vai gostar do gênero por toda a vida”, diz Muszkat. Mas de nada adianta os pais botarem o CD para rodar e saírem de cena. “Eles têm que interagir, seja cantarolando ou dançando com os filhos”, ensina.
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Outros pesquisadores defendem o que chamam de “efeito Mozart”, que estaria relacionado a uma melhora das funções cognitivas. Um estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, mostrou que os alunos se saíam melhor em testes após uma audição das peças do compositor. “Isso não quer dizer que Mozart torne as pessoas mais inteligentes”, ressalva a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Mas os sons estimulam áreas do cérebro relacionadas com a memória, como o córtex temporal superior”, lembra o professor Benito Damasceno, da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. Então, para evitar o “branco” que vez por outra pode pintar, ouvir o mestre é a grande (e emocionante) sacada.
OBRA GRANDIOSA
Ele nasceu em Salzburgo, na Áustria, no dia 27 de janeiro de 1756. Contam seus biógrafos que a genialidade do autor manifestou-se logo aos 6 anos, quando compôs sua primeira peça. Meninoprodígio, Wolfgang Amadeus Mozart passou a infância em concertos pela Europa, guiado pelo pai, o também músico Leopold. Sua obra é uma mescla de sinfonias, concertos e óperas, como A Flauta Mágica e As Bodas de Fígaro, imortalizadas. Diz a lenda que ele sofria de transtorno bipolar — doença que alterna comportamentos alegres e tristes. Mas, como defende a psiquiatra Rita de Cássia Reis Ferreira, “
Fonte: Revista Saúde (edição de março de 2006)
FONTE: SAÚDE COM CIÊNCIA
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