MUNDIAL DE VÔLEI
Brasileiras perdem para os EUA e dão adeus à chance de título inédito
Folhapress | 14h50 | 11.10.2014
As americanas venceram por 3 sets a 0 com parciais de 25/18, 29/27 e 25/20
Medalhas olímpicas não faltavam em quadra. Eram as brasileiras, atuais bicampeãs olímpicas, contra as americanas, prata em Londres 2012 e Pequim 2008. Mas nenhuma das duas seleções tem o ouro em um Mundial para exibir. E era isso que estava em jogo emMilão, a vaga para ainda sonhar com o título inédito.
Melhor para as americanas, que venceram por3 sets a 0, parciais de 25/18, 29/27 e 25/20, e, agora, encaram o vencedor de Itália e Chinana final, neste domingo (12), às 15h. O Brasil disputa o terceiro lugar, às 12h30.
Os EUA entraram acordados no jogo e fizeram um primeiro set muito bom, principalmente na defesa e na velocidade do ataque. Enquanto isso o Brasil errou muito, deu cinco pontos ao adversário, e nem sequer parecia o time que passou invicto pelos 11 primeiros jogos do Mundial da Itália até então.
No segundo set o Brasil entrou em quadra com as armas que faziam desta seleção a melhor equipe do Mundial. O saque melhorou, o bloqueio se acertou, a defesa voltou a fazer diferença e o ataque funcionou com mais tranquilidade. Ao menos na primeira parte do set foi assim, pois depois a irritação de Zé Roberto à beira da quadra mostrava que a tarde não era favorável ao Brasil. Aliás, parte do nervosismo do treinador era por causa da arbitragem, polêmica em alguns pontos e com erros em outros. E os dois lados reclamaram.
Ainda no fim do segundo set, Zé Roberto levou um cartão amarelo depois de reclamar de um ponto marcado a favor dos EUA - o juiz de cadeira, o eslovaco Dusan Hodon, viu quatro toques das brasileiras na jogada, o que não aconteceu. No terceiro set, os EUA apenas sacramentaram o que vinha acontecendo em quadra e venceram com mais tranquilidade do que nos dois primeiros.
Técnicos
Independentemente das reclamações com a arbitragem, os técnicos já mereceriam um capítulo à parte neste duelo. Karch Kiraly, 53, e José Roberto Guimarães, 60, são tricampeões olímpicos. O americano, como jogador (1984 e 1988 na quadra e 1996 na praia). O brasileiro, como técnico (1992 no masculino, 2008 e 2012 no feminino).
Ambos experientes e estrategistas. Na última rodada da segunda fase, as equipes se enfrentaram com vitória por 3 sets a 0 para o Brasil. Mas, naquele jogo, com as duas equipes já classificadas para o triangular final, os técnicos escalaram apenas reservas.
Eles sabiam que podiam se encontrar mais à frente, em uma partida decisiva e eliminatória como a desta sábado. Foi o que aconteceu, e Kiraly levou a melhor. E vai buscar seu segundo ouro em um Mundial (foi campeão como jogador em Paris-1986). Do outro lado, o Mundial continua sendo o único grande título que Zé Roberto e a seleção feminina do Brasil ainda não têm em suas respectivas galerias.
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