Entre os telespectadores que encabeçam a campanha contrária à novela está o estudante mineiro de educação física Rodrigo Baly Francisco, 34 anos, evangélico que administra uma página no Facebook na qual incentiva o boicote. Segundo ele, a ideia surgiu após familiares considerarem que a trama extrapola os valores pregados pela religião.
“Não é pelo beijo gay, apenas. Vi pessoas horrorizadas. Mas a minha reivindicação, como a de outras pessoas que integram a campanha, é alertar para que famílias não sejam incentivadas à pratica da violência, do tráfico e da prostituição”.
Outra imagem que está correndo a internet pede que “não deem audiência para mais essa novela que vem destruir os valores da família brasileira”. A campanha, assinada pelo portal Agente Gospel, já teve mais de 5 mil compartilhamentos.
“Ataque à família” - Enquanto o boicote se disseminava na internet, a Frente Parlamentar Evangélica do Congresso também divulgou uma nota de repúdio. Assinada pelo deputado João Campos (PSDB-GO), dizia que a trama tem “intenção de afrontar os cristãos” e que “ataca a família natural”.
Apesar de os autores de Babilônia se manterem firmes, a audiência da novela acabou por cair vertiginosamente. O folhetim global estreou com 33 pontos e já chegou a 25 nas últimas edições – a antecessora, Império, acabou com média de 32 pontos.
Ironia - O Jornal da Record, que vem em seguida e rivaliza com Babilônia, subiu para dez pontos, elevando o índice do horário e do próprio jornalístico.
O SBT também não perdeu tempo e tirou proveito da crise de Babilônia. O canal ironizou a Globo com uma campanha cujo mote é “novela para a família é aqui”, em referência a Chiquititas e Carrossel.
Ponto de Vista - Para Carlos Magno Fonseca, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, a rejeição ao casal se deu de forma acentuada por se tratarem de duas atrizes do núcleo principal. “Vivemos em uma sociedade ainda cheia de preconceitos. Os gays são melhor aceitos em novelas quando em papéis secundários ou cômicos”. (Jornal de Brasília).
FONTE: JORNAL DA MÍDIA
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