Mais da metade do País não vai ao dentista anualmente, diz IBGE
O Brasil é o país que mais tem dentistas no mundo - são 260 mil -, mas, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, divulgada nesta terça-feira, 2, pelo IBGE, 55,6% dos brasileiros não se consultam anualmente. A recomendação dos dentistas é de que as consultas sejam semestrais.
No Norte e no Nordeste, os índices são ainda piores: 65,6% e 62,5% da população, respectivamente, não vai ao dentista todo ano. Já no Sul e no Sudeste, os porcentuais são de 48,1% e 51,7%, respectivamente. Os números foram levantados no último trimestre de 2013 e a pergunta se referiu aos 12 meses anteriores à entrevista.
A PNS revelou ainda que, entre as pessoas com 18 anos ou mais, 11% perderam todos os dentes; entre os brasileiros que estão acima dos 60 anos, o índice é de 41,5%.
Quanto aos hábitos de escovação, 89,1% dos entrevistados maiores de idade disseram que escovam os dentes pelo menos duas vezes ao dia. E 67,4% consideram sua saúde bucal "boa ou muito boa".
Os números não têm parâmetro de comparação, uma vez que se trata da primeira edição da PNS. Mas dados infraestruturais da PNS confirmaram patamares divulgados no âmbito da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) em anos anteriores: 93,7% dos domicílios brasileiros têm água canalizada, 60,9% contam com esgotamento sanitário, 89,3% são atendidos por serviços de coleta de lixo e 99,6%, servidos de energia elétrica.
Outro dado que já era conhecido e agora foi reafirmado pelo IBGE: o contingente da população que tem plano de saúde ou odontológico é de 27,9%, sendo a maioria no Sudeste e no Sul. Em 2012, a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, que usou informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), revelou que o porcentual era ligeiramente inferior: 24,7%.
Esse é o segundo volume da PNS 2013. Baseia-se em questionários aplicados em 6.069 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e em 49.130 domicílios de todas as unidades da federação. O primeiro volume, divulgado há sete meses, se ateve a questões como incidência de doenças crônicas e estilo de vida dos brasileiros. As informações servem para a formulação de políticas públicas de promoção, vigilância e atenção à saúde do Sistema Único de Saúde.
FONTE:
http://www.parana-online.com.br/editoria/pais/news/882561/
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