Alimentação balanceada rica em vegetais, frutas e legumes fazem a diferença na hora de perder peso (Foto: Angeluci Figueiredo) |
Dietas que prometem redução do peso em poucos dias são cada vez mais frequentes e podem ser facilmente encontradas em fóruns e sites na internet. No entanto, é preciso ficar atento quando o assunto é perder peso. De acordo com especialistas, a alimentação irregular pode causar danos ao corpo.
Professora do Departamento de Ciência de Alimentos da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Márcia Regina alerta que, antes de seguir uma “receita milagrosa”, é preciso procurar a orientação médica.
“O risco é muito grande, pode haver desequilíbrio da ingestão de nutrientes e acabar sobrecarregando os rins e o fígado”, explica Márcia. “A depender da dieta, tem que ter o bom senso. É preciso que o profissional conheça a pessoa, saiba como estão os marcadores bioquímicos antes de passar a receita”, continua a professora.
Ainda de acordo com a especialista, o ideal para quem está brigando com a balança é fazer um processo de reeducação alimentar. “É preciso selecionar melhor o que se vai comer. As pessoas costumam consumir muita massa, alimentos calóricos, poucas fibras e geralmente muita gordura hidrogenada. Vale priorizar o grupo de vegetais, uma salada crua ou cozida, arroz, feijão, um pedaço de carne, outros vegetais acompanhando, e ela vai ter uma nutrição rica em fibras”.
A também nutricionista Amélia Duarte concorda. “Dietas com peso rápido tem ganho de peso mais rápido ainda. Esses motivos só agravam os problemas de obesidade”, defende. Nos 15 atendimentos diários que faz, Amélia estima que pelo menos 80% dos pacientes estão acima do peso. Ela recomenda o prato ideal: “Opte por refeições simples. Salada de alface com tomate, feijão temperado sem carne, arroz integral, ovo ou um peito de frango é o prato perfeito para quem precisa emagrecer. É bom tomar ainda uma colher de sopa de vinagre de maçã diluída em 100 ml de água antes do almoço e do jantar. Isso vai ajudar a diminuir a gordura no fígado”.
HÁBITOS ALIMENTARES ESTÃO MUDANDO
O consumo regular de frutas e hortaliças aumentou no país nos últimos oito anos, passando de 33% da população em 2008 para 35,2% em 2016, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Ainda assim, apenas um em cada três adultos brasileiros consome esse tipo de alimento em pelo menos cinco dos sete dias da semana.
A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) revela ainda que os hábitos, nesse caso, são melhores entre as mulheres – o consumo regular de frutas e hortaliças no grupo passou de 38,6% para 40,7% no período – do que entre homens, cujos percentuais passaram de 26,4% para 28,8%.
No prato, o brasileiro reduziu o consumo de feijão nos últimos quatro anos, passando de 67,5% em 2012 para 61,3% em 2016. Entre os homens, o índice passou de 74,2% para 67,9% no período e, entre as mulheres, de 61,7% para 55,7%.
Caiu também o consumo de refrigerantes e sucos artificiais, passando de 30,9% em 2007 para 16,5% em 2016, sobretudo entre as mulheres, caindo de 26,9% para 13,9%.
A consciência quanto a necessidade da prática de atividades físicas aumentou nos últimos sete anos. Em 2009, o indicador era de 30,3% e, em 2016, de 37,6%. A frequência maior é entre jovens de 18 a 24 anos (52%) e a menor nas pessoas com 65 anos ou mais (22%).
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