Em 2017, número de amostras importadas foi recorde. Demanda acima da oferta no país e maior disponibilidade de dados sobre doadores internacionais estão entre os motivos, apesar do custo até três vezes maior, dizem especialistas.
Decidida a realizar o sonho de ser mãe, Luciana (nome fictício), de 37 anos, procurou uma clínica de reprodução humana assistida (RHA) no final de 2017. Solteira, ela precisou recorrer aos bancos de sêmen. Seu médico lhe indicou dois, um brasileiro e um americano.
"Primeiro, fui atrás do nacional, mas, quando vi que só tinha meia dúzia de doadores, desisti. O estrangeiro oferecia uma quantidade infinitamente maior e também muito mais informações sobre cada um", afirma Luciana, grávida de 25 semanas de um menino.
O casal Julia, de 35 anos, e Daniela, de 39 anos (nomes fictícios), foi pelo mesmo caminho - e pelos mesmos motivos. "Optamos pelo banco estrangeiro porque ele tinha dados detalhados sobre o doador, inclusive fotos. Para mim, era importante encontrar um com características parecidas às da minha esposa, até pensando na criança, em facilitar a vida dela ao se identificar com as duas mães", diz Daniela, grávida de 29 semanas de uma menina.
E tem muito mais gente apostando no material estrangeiro. De 2011 a 2017, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a importação de 1,95 mil amostras seminais (sêmen).
Em 2017, de acordo com o 2º Relatório de Dados de Importação de Células e Tecidos Germinativos para Uso em Reprodução Humana Assistida, produzido pelo órgão, o índice foi recorde: 860 amostras, um aumento de 97% em relação ao ano anterior, quando foram trazidas 436.
Elas vieram das empresas americanas Fairfax Cryobank, Seattle Sperm Bank e Califórnia Cryobank. A maioria, 72%, destinou-se aos Bancos de Células e Tecidos Germinativos (BCTGs) da região Sudeste do país - só São Paulo recebeu 479 -, 13% foram para o Sul, 8%, para o Nordeste e 6%, para o Centro-Oeste.
"Entre as razões para este crescimento, está a ampliação da divulgação dos bancos internacionais no país, sendo que as clínicas de reprodução humana assistida passaram a ofertá-los cada vez mais para seus clientes", diz Renata Miranda Parca, gerente substituta da Gerência de Sangue, Tecidos, Células e Órgãos (GSTCO) da Anvisa.
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Casais heterossexuais e mulheres solteiras são os que mais solicitam o serviço de importação de esperma. — Foto: Reprodução/Unsplash |
Decidida a realizar o sonho de ser mãe, Luciana (nome fictício), de 37 anos, procurou uma clínica de reprodução humana assistida (RHA) no final de 2017. Solteira, ela precisou recorrer aos bancos de sêmen. Seu médico lhe indicou dois, um brasileiro e um americano.
"Primeiro, fui atrás do nacional, mas, quando vi que só tinha meia dúzia de doadores, desisti. O estrangeiro oferecia uma quantidade infinitamente maior e também muito mais informações sobre cada um", afirma Luciana, grávida de 25 semanas de um menino.
O casal Julia, de 35 anos, e Daniela, de 39 anos (nomes fictícios), foi pelo mesmo caminho - e pelos mesmos motivos. "Optamos pelo banco estrangeiro porque ele tinha dados detalhados sobre o doador, inclusive fotos. Para mim, era importante encontrar um com características parecidas às da minha esposa, até pensando na criança, em facilitar a vida dela ao se identificar com as duas mães", diz Daniela, grávida de 29 semanas de uma menina.
Banco internacional é mais detalhado nas características de doadores de sêmen. — Foto: Valdinei Malaguti/EPTV |
Em 2017, de acordo com o 2º Relatório de Dados de Importação de Células e Tecidos Germinativos para Uso em Reprodução Humana Assistida, produzido pelo órgão, o índice foi recorde: 860 amostras, um aumento de 97% em relação ao ano anterior, quando foram trazidas 436.
Elas vieram das empresas americanas Fairfax Cryobank, Seattle Sperm Bank e Califórnia Cryobank. A maioria, 72%, destinou-se aos Bancos de Células e Tecidos Germinativos (BCTGs) da região Sudeste do país - só São Paulo recebeu 479 -, 13% foram para o Sul, 8%, para o Nordeste e 6%, para o Centro-Oeste.
"Entre as razões para este crescimento, está a ampliação da divulgação dos bancos internacionais no país, sendo que as clínicas de reprodução humana assistida passaram a ofertá-los cada vez mais para seus clientes", diz Renata Miranda Parca, gerente substituta da Gerência de Sangue, Tecidos, Células e Órgãos (GSTCO) da Anvisa.
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