Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), das 1.008.368 reclamações registradas em 2018 na distribuidora no Ceará, 950.348 foram pela falta de energia elétrica, o equivalente a 94% do total
Fundamental para a qualidade de vida e dignidade do ser humano, o fornecimento de energia elétrica é um dos serviços considerados essenciais. No Estado, no entanto, a interrupção desse atendimento está entre as causas que levaram a Enel Distribuição Ceará a ocupar o 4º lugar no ranking das empresas mais reclamadas no Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon), em 2018.
O levantamento do órgão leva em conta problemas diversos e não apenas o corte no fornecimento. Porém, dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) colocam este motivo como o mais demandado na própria distribuidora cearense em 2018. Das 1.008.368 reclamações registradas no mesmo ano, 950.348 foram pela falta de energia elétrica, 94% do total.
Os danos elétricos são a segunda causa mais reclamada pelos usuários na Enel Ceará, com 15.507 registros em 2018, seguido do item "prazos", com 7.931 reclamações em igual período.
Entre os consumidores, o tempo levado para restabelecer o serviço se mostra uma queixa recorrente. Dono de uma pequena padaria no município de Pacujá, a 309 quilômetros de Fortaleza, o microempreendedor Rafael de Alcântara Jorge, 36, perdeu toda a produção de pães de um dia após a queda de energia elétrica no imóvel, na última sexta-feira (19).
Conforme diz, o serviço foi interrompido às 18h e religado somente às 16h30 do dia seguinte, após visita dos técnicos da distribuidora. "Eu liguei várias vezes e disse que precisava assar os pães às 3h da manhã para vender quando amanhecesse. Falaram que viriam por volta de 22h do mesmo dia; depois, meia-noite e não vieram. Perdi mil pães e nem abri a padaria no sábado. Eles têm um tempo de fermentação e para assar depois não daria mais".
Segundo ele, é a terceira vez que perde a produção por idêntico motivo. Mesmo tendo entrado em contato com a central da empresa e registrado reclamação, não conseguiu ser ressarcido. "A atendente mandou eu procurar o jornal para ter meu direito atendido", afirma.
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A falta de energia e a oscilação na rede fornecedora têm prejudicado muitos consumidores FOTO: THIAGO GADELHA |
O levantamento do órgão leva em conta problemas diversos e não apenas o corte no fornecimento. Porém, dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) colocam este motivo como o mais demandado na própria distribuidora cearense em 2018. Das 1.008.368 reclamações registradas no mesmo ano, 950.348 foram pela falta de energia elétrica, 94% do total.
Os danos elétricos são a segunda causa mais reclamada pelos usuários na Enel Ceará, com 15.507 registros em 2018, seguido do item "prazos", com 7.931 reclamações em igual período.
Entre os consumidores, o tempo levado para restabelecer o serviço se mostra uma queixa recorrente. Dono de uma pequena padaria no município de Pacujá, a 309 quilômetros de Fortaleza, o microempreendedor Rafael de Alcântara Jorge, 36, perdeu toda a produção de pães de um dia após a queda de energia elétrica no imóvel, na última sexta-feira (19).
Conforme diz, o serviço foi interrompido às 18h e religado somente às 16h30 do dia seguinte, após visita dos técnicos da distribuidora. "Eu liguei várias vezes e disse que precisava assar os pães às 3h da manhã para vender quando amanhecesse. Falaram que viriam por volta de 22h do mesmo dia; depois, meia-noite e não vieram. Perdi mil pães e nem abri a padaria no sábado. Eles têm um tempo de fermentação e para assar depois não daria mais".
Segundo ele, é a terceira vez que perde a produção por idêntico motivo. Mesmo tendo entrado em contato com a central da empresa e registrado reclamação, não conseguiu ser ressarcido. "A atendente mandou eu procurar o jornal para ter meu direito atendido", afirma.
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