Oftalmologista |
POR BLOG DA SAÚDE
É mais do que normal encontrar alguém usando óculos de grau. Alguns gostam de usá-lo, outros nem tanto. Ao realizar exames rotineiros, o estudante Danilo Lemes, de 16 anos, descobriu que tem miopia e astigmatismo aos 11. “Eu gosto de usar óculos por causa da estética mesmo. Acho mais legal. Só me atrapalha na hora das atividades físicas. No começo também me deu dor de cabeça, mas já me acostumei. Já estou tão acostumado que já entrei no chuveiro e fui deitar na cama com ele”, diz.
Mas mais do que uma questão estética, o uso dessa ferramenta é fundamental para as pessoas com dificuldade de ver, seja de perto ou de longe. Na data em que se comemora o Dia da Saúde Ocular, o Blog da Saúde explica a diferença dos três problemas que mais atingem a visão da população mundial: a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo.
Em uma pessoa normal, os raios de luz passam pela córnea, que é a primeira lente do olho, e quando chegam à outra lente, a retina, eles se juntam em um mesmo ponto para formar a imagem. Segundo o oftalmologista do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), vinculado ao Ministério da Saúde, Egidio Picetti, esse processo não funciona direito com quem tem miopia ou hipermetropia. Os primeiros enxergam mal de longe, enquanto os hipermétropes sofrem para ver de perto. Quem tem astigmatismo não vê direito nem coisas próximas nem afastadas.
“Na miopia, o foco visual se forma antes da retina. Então o paciente tem dificuldade de enxergar de longe. A hipermetropia é o contrário. É quando o foco se forma depois da retina. E o astigmatismo é quando o foco visual, ao invés de se formar em um único ponto, se forma em dois pontos. Pode ser antes e depois da retina. E isso gera uma dificuldade longe e perto. É como se faltasse foco e a visão fica borrada tanto longe quanto perto”, esclarece o médico.
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