PROCURANDO POR ALGO?

Mostrando postagens com marcador PNAD. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador PNAD. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Taxa cai levemente, mas Brasil ainda tem 11 milhões de analfabetos

É o que mostram dados da Pnad Contínua Educação, divulgados hoje 
@
A taxa de analfabetismo no Brasil passou de 6,8%, em 2018, para 6,6%, em 2019, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Educação, divulgada hoje (15). Apesar da queda, que representa cerca de 200 mil pessoas, o Brasil tem ainda 11 milhões de analfabetos. São pessoas de 15 anos ou mais que, pelos critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não são capazes de ler e escrever nem ao menos um bilhete simples. 

“É uma taxa que vem baixando ao longo do tempo”, diz a analista da pesquisa Adriana Beringuy. Em 2016, era 7,2%. “O analfabetismo está mais concentrado entre as pessoas mais velhas, uma vez que os jovens são mais escolarizados e, portanto, vão registrar indicador menor”, acrescenta.
Apesar de ter registrado queda, os dados mostram que 18% daqueles com 60 anos ou mais são analfabetos. Em 2018, eram 18,6% e, em 2016, 20,4%. 
Reduzir a taxa de analfabetismo no Brasil está entre as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 13.005/2014, que estabelece o que deve ser feito para melhorar a educação no país até 2024, desde o ensino infantil, até a pós-graduação. Pela lei, em 2015, o Brasil deveria ter atingido a marca de 6,5% de analfabetos entre a população de 15 anos ou mais. Em 2024, essa taxa deverá chegar a zero.
“A gente percebe que chegou em 2019 com a taxa nacional próxima à meta de 2015, é como se estivéssemos quatro anos atrasados nesse atendimento”, diz Adriana. 

Desigualdades 

Além das diferenças entre as idades, o levantamento mostra que existem desigualdades raciais e regionais na alfabetização no Brasil. Em relação aos brancos, a taxa de analfabetismo é 3,6% entre aqueles com 15 anos ou mais. No que se refere à população preta e parda, segundo os critérios do IBGE, essa taxa é 8,9%. A diferença aumenta entre aqueles com 60 anos ou mais. Enquanto 9,5% dos brancos não sabem ler ou escrever, entre os pretos e pardos, esse percentual é cerca de três vezes maior: 27,1%. 
As regiões Sul e Sudeste têm as menores taxa de analfabetismo, 3,3% entre os que têm 15 anos ou mais. Na Região Centro-Oeste a taxa é 4,9% e na Região Norte, 7,6%. O Nordeste tem o maior percentual de analfabetos, 13,9%.

Entre os que têm 60 anos ou mais, as taxas são 9,5% na Região Sul; 9,7% no Sudeste; 16,6% no Centro-Oeste; 25,5% no Norte; e 37,2% no Nordeste. 
A Região Nordeste foi a única a apresentar leve aumento da taxa de analfabetismo entre 2018 e 2019. Entre os mais jovens, a taxa praticamente se manteve, variando 0,03 ponto percentual. Entre os mais velhos, a variação foi de 0,33 ponto percentual. 
Segundo o IBGE, a maior parte do total de analfabetos com 15 anos ou mais, 56,2% - o que corresponde a 6,2 milhões de pessoas - vive na Região Nordeste e 21,7%, o equivalente a 2,4 milhões de pessoas, no Sudeste.

Anos de estudo 

A Pnad Contínua Educação mostra que, em média, o brasileiro estuda 9,4 anos. O dado é coletado entre as pessoas com 25 anos ou mais. Esse número aumentou em relação a 2018, quando, em média, o tempo de estudo no Brasil era de 9,3 anos. Em 2016, de 8,9. 
Com relação à cor ou raça, segundo o IBGE, “a diferença foi considerável”, mostra o estudo. As pessoas brancas estudam, em média, 10,4 anos, enquanto as pessoas pretas e pardas estudam, em média, 8,6 anos, ou seja, uma diferença de quase dois anos entre esses grupos, que se mantém desde 2016.
As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste têm médias de anos de estudo acima da nacional, com 10,1; 9,7; e 9,8 anos respectivamente. As regiões Nordeste e Norte ficaram abaixo da média do país, com 8,1 anos e 8,9 anos, respectivamente. 
A proporção daqueles com 25 anos ou mais que concluíram o ensino médio passou de 47,4% em 2018 para 48,8% em 2019. Entre os brancos, esse índice é maior, 57%. Entre os pretos e pardos, 41,8%. De 2016 para 2019, essa diferença, de acordo com o IBGE,  caiu um pouco, “porém se manteve em patamar elevado, indicando que as oportunidades educacionais eram distintas para esses grupos”.
O IBGE pondera que, apesar dos avanços, mais da metade, o equivalente a 51,2%, da população de 25 anos ou mais no Brasil não completaram a educação escolar básica.
Os dados da Pnad Contínua Educação do IBGE são referentes ao segundo  trimestre  de  2019.
FONTE: Agência Brasil https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-07/taxa-cai-levemente-mas-brasil-ainda-tem-11-milhoes-de-analfabetos

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Apenas um em cada quatro negros com mais 18 anos está estudando no Ceará, diz PNAD

Quando se considera a faixa etária após os 25 anos, a taxa de negros que estudam é ainda menor.
Segundo a PNAD, dos 18 aos 24 anos, apenas 25,4% dos
 negros está na escola; ou seja, um a cada quatro. — Foto:
Fabiane de Paula/ SVM
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada nesta quarta-feira (19), mostram que, no Ceará, a presença de negros com mais de 18 anos em unidades de ensino é bem menor se comparada com a de brancos. Segundo a Pesquisa, dos 18 aos 24 anos, apenas 25,4% dos negros está na escola; ou seja, um a cada quatro, representando cerca de 205 mil pessoas numa população que chega a 809 mil. Entre os brancos, o mesmo percentual alcança 34,2%.

Quando se observa a participação após os 25 anos, a taxa cai ainda mais entre os negros, passando a apenas 4,4% - 1,7 pontos percentuais abaixo da taxa dos brancos, que é de 6,1%. Segundo a Pesquisa, as pessoas de 18 a 24 anos são aquelas que “idealmente estariam frequentando o Ensino Superior, caso completassem a educação escolar básica na idade adequada”. No entanto, diz o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), questões como o atraso e a evasão escolar se colocam no caminho desses jovens.

Por outro lado, entre crianças e adolescentes, os percentuais de participação em sala de aula são bem mais altos e semelhantes para todas as raças, variando dos 97% aos 99% entre os 4 e 14 anos de idade; e de 86% a 88%, entre 15 e 17 anos.

Faixa etária ideal

De forma geral, a PNAD Contínua percebe que as crianças de 6 a 10 anos se mantêm adequadamente na idade/etapa correta nos anos iniciais do Ensino Fundamental: no Ceará, 97,1% delas estão na série correta. Porém, ao passarem para os anos finais, começa-se a notar uma acentuação do atraso.

Na faixa etária dos 11 aos 14 anos, 90,5% dos estudantes estavam na fase adequada, em 2018. No entanto, 9,5% estavam atrasados ou nem mesmo frequentavam a escola. Ao se analisar a participação dos jovens de 15 a 17 anos, constatou-se que 73,4% estavam na série correta do Ensino Médio - por outro lado, 26,6%, não.

Quando o assunto é o Ensino Superior, foi percebida a maior disparidade: 80% dos jovens de 18 a 24 anos não estava no nível adequado. Apenas um em cada cinco estava na fase ideal de aprendizado, ou seja, em algum curso universitário.

PNAD

A Pesquisa retrata o panorama educacional da população do Brasil, como resultado do questionário anual de educação com referência no segundo trimestre de 2018, assim como algumas comparações com os resultados do mesmo trimestre dos anos de 2016 e 2017.

quarta-feira, 6 de março de 2019

Artigo: Tem futuro um país em que a renda de 93 milhões de pessoas (44% da população) depende do Estado?

.
Esse é o Brasil de Bolsonaro, dos 27 governadores e dos 5.570 prefeitos. A canoa está furada para todos eles e já não dá para bombar água para fora só com canequinha

A canoa furada 

No país das reformas nunca feitas ou inacabadas, apesar de faltar crescimento econômico para bancar o custo da máquina estatal, das políticas de renda e criar emprego conforme o aumento da população, muitos reclamam e poucos fazem contas para entender o enrosco.
A situação é dramática, e não falo dos déficits orçamentários (entre os quais o da previdência é desestabilizador sem mudança de suas regras). Os déficits são sintomas de economia desfibrada, sem força para sustentar os ônus das políticas públicas e da folha de servidores. O processo é circular e piora a cada ano.
Quanto menos produção, ou produto interno bruto, vulgo PIB, menos emprego haverá, mirrando salários, consumo, lucro e a arrecadação de tributos, cuja receita volta à economia sob a forma de gastos e investimentos públicos. Gasto fiscal avançando acima da expansão do PIB leva ao mesmo fim de cardíaco sedentário correndo maratona.
Desde 2008, o setor público consome o que arrecada com seu próprio custeio, políticas de renda e juros. E o setor privado, com capacidade instalada acima da demanda e custo alto para fazer dívida ou atrair investidores, imobiliza sua geração de caixa (se houver) em ativos seguros, aqui e no exterior, ou/e distribui o resultado.
O investimento público e privado não se dá no ritmo necessário para a economia ocupar a capacidade de produção, quiçá para ampliá-la ou modernizá-la e ter alguma chance nos mercados externos. Está aí o resultado: infraestrutura viária sucateada, geração de energia no osso se o PIB crescer 3% ao ano por um triênio, indústria sem produto inovador para enfrentar a concorrência externa.
Trata-se de uma corrente de transmissão formada por elos. Rompa-se um ou alguns deles e ela não gira como antes, estagnando-se.
Esse é o Brasil de Bolsonaro, dos 27 governadores e dos 5.570 prefeitos. A canoa da economia brasileira está furada para todos eles, isso vem de longe e já não dá para bombar água para fora só com canequinha.

Renda real voltou a 2010

No curto prazo, assim estamos desde 2014, quando o PIB entrou em recessão, puxando para baixo a renda per capita. O IBGE calculou o crescimento do PIB em 2018 em 1,1%. É pouco para repor a renda per capita real (tirando a inflação) ao nível em que estava em 2010.
No longo prazo, a economia perde tração desde os anos 1990, com atraso estrutural na indústria (o setor automotivo, por exemplo, pode montar cerca de 5 milhões de carros ao ano e só faz a metade), e o emprego se ressente da pauperização do PIB. Isso tudo é fruto de decisões erradas dos governos, sem exceção, em especial o desprezo ao investimento, relegado em nome do populismo social.
A dimensão da fraqueza da economia está em toda parte – num dia, a taxa de desemprego, 12%, 12,7 milhões de desempregados; no outro, a anemia do PIB de 2018, 5,1% abaixo do último pico e já se passaram 18 trimestres.
A demora em sair da estagnação é como adiar o conserto do telhado. Um dia vem abaixo e já não basta só trocar as telhas.

CLT é ficção à maioria

É este o pano de fundo da reforma da previdência. O estado de bem-estar social cresceu sem nexo tanto com a capacidade contributiva da economia quanto com sua expansão a um ritmo maior que as despesas do conjunto da federação.
Acompanhe os números a seguir.
Até janeiro último, segundo a PNAD do IBGE, havia 170,7 milhões de brasileiros com mais de 14 anos. Destes, 92,5 milhões formam a população ocupada, além de 12,7 milhões de desempregados. Dos ocupados, só 33 milhões têm carteira assinada – muito pouco para a força de trabalho total de 105 milhões de pessoas (31,5%).
Para a maioria, Justiça do Trabalho e sindicatos são ficções, e a CLT, só uma sigla, algo que a sua reforma talvez venha a corrigir.

92,7 milhões de dependentes

Com a economia travada, mas com a maior carga tributária entre os países emergentes (32% do PIB), há cinco anos com déficit primário, impressiona o total de pessoas dependentes dos governos – 77 milhões em 2017, na conta do economista Fernando Montero, com base em dados oficiais.
Aí estão beneficiários do Bolsa Família, Seguro Desemprego, Abono, LOAS/RMV e INSS. Em 2003, eram 38 milhões. O número mais que dobrou em 14 anos, sem que o PIB tivesse evoluído no mesmo compasso.
O total de dependentes do Estado vai a 92,7 milhões, se incluídos os 11,5 milhões de servidores públicos e militares e seus 4,2 milhões de aposentados. Isso significa que dependem do Estado 88% da força de trabalho. Ou 54% da população em idade ativa. Ou 44% da população.
Aqui falamos de quantidades. Em termos de despesa pública, o grosso é gasto com a elite da burocracia – os que atacam as reformas.
É preciso quantificar os programas do governo e não só discutir a despesa. Fica óbvio que o problema não está no Bolsa Família, cuja ajuda pode chegar a R$ 195 ao mês nos casos de extrema pobreza. O drama real é a falta de crescimento econômico, além da educação deficiente e do desperdício com os marajás da burocracia.
O Brasil tem futuro com tal panorama? Essa é a questão relevante.

Síndrome da Dilma não dá

O país precisa se libertar da síndrome da Dilma e voltar a discutir crescimento em conjunto com a reforma do gasto e da governança do Estado. Essa tríade se torna prioritária com a economia esquálida.
O que fazer?
Governo, Congresso e governantes regionais entenderem que o nó a desatar está no próprio sistema estatal, além do receio de enfrentar as desonerações de impostos e esmiuçar todas as rubricas, pois controle, viu-se com a Lava Jato, sempre chega atrasado.
Abertura da economia, salvo poucas exceções, é outra providência, para sacudir as empresas acomodadas. Mais: esperar que a inflação miúda, o PIB anêmico e o desemprego sensibilizem o Banco Central a relaxar a política monetária. E cogitar, falo sussurrando, algum endividamento para mover os projetos de infraestrutura, acoplado a programas de empregabilidade dos mais carentes.
Ponha-se a economia para andar que tudo ficará mais fácil. Nem liberais enjoados esperam a prosperidade por geração espontânea.
*Antonio Machado é jornalista, colunista dos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas, editor do Cidade Biz (www.cidadebiz.com.br).

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Pnad 2014: mulheres recebem 74,5% do rendimento dos homens

Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil Edição:Lana Cristina Fonte:Agência Brasil
mulheres

Rendimento médio mensal real, ou seja, descontada a inflação, foi R$ 1.987 entre os homens no ano passado, enquanto o das mulheres foi R$ 1.480Arquivo/Agência Brasil
As mulheres recebem, em média, 74,5% do rendimento dos homens. A constatação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, divulgada hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano anterior, a proporção atingia 73,5%.
O rendimento médio mensal real, ou seja, descontada a inflação, alcançou R$ 1.987 entre os homens no ano passado, enquanto o das mulheres foi R$ 1.480. Na faixa de 15 anos ou mais de idade, entre a população em geral, o rendimento médio mensal ficou em torno de R$ 1.774, superando em 0,8% a média do rendimento apurado em 2013, que foi R$ 1.760. Já o rendimento médio mensal real domiciliar per capitacresceu 2,4%, subindo de R$ 1.217 para R$ 1.246.

sábado, 28 de setembro de 2013

1,3 mi de pessoas no Ceará não sabe ler nem escrever

PNAD 2012

1,3 mi de pessoas no Ceará não sabe ler nem escrever

28.09.2013

No Ceará, o índice se estagnou e no Brasil a taxa de analfabetismo parou de cair, segundo a pesquisa nacional
Um Ceará ainda "cego" das letras. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2012) apontam o desafio da superação do analfabetismo: apesar de programas sociais, mais de 1,325 milhão de pessoas não sabe ler nem escrever, o que representa um total de 16,4% da população do Ceará. Esse índice quase se estagnou no Estado com a redução de apenas 0,1% (1,331 milhão de cearenses), comparado com o ano de 2011.

Apesar dos índices negativos, o Estado do Ceará conseguiu alcançar nota boa quando avaliada a Taxa de Escolarização, totalizada em 91% entre as crianças de 4 e 5 anos de idade; 98,4%, das pessoas entre 6 e 14 anos, e 85,7%, de 15 a 17

E esse movimento de "estagnação" foi sentido também no País. A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais parou de cair no Brasil após um período de 15 anos de declínio, segundo a Pnad 2012.

A doméstica Irismar da Silva Marcelino, 55, é uma das que queria deixar de compor essa estatística. Seu maior sonho é saber "desenhar" o nome, ler letras do ônibus, passar as vistas em livro e saber "abecedário". É analfabeta. "Vejo, hoje, muitos jovens seguindo meu caminho e deixando de querer estudar. Assim, não vamos para a frente".

E o tempo dedicado aos estudos é também baixo. No Ceará, 18% da população não têm "instrução" e menos de um ano na escola. Em Fortaleza, a situação é semelhante, 10% (362 mil) são analfabetos: 64 mil crianças, entre 5 e 6 anos, e 113 mil, acima dos 60 anos.

Duas gerações desencontradas com as letras. Na Capital, apenas 24% estudaram mais do que dez anos e só 6,8% dedicaram 15 anos ou mais. Somente 14% dos fortalezenses estão na universidade (153 mil). E alguns índices caíram na Capital, por exemplo. Se a quantidade de alunos em creches cresceu (passou de 53 mil em 2011 para 64 mil em 2012), o número de estudantes do ensino fundamental regrediu: foram 2 mil alunos a menos, 598 mil em 2011 e 592 mil em 2012.

Voltar
E dessa "evasão", a dona de casa Maria da Piedade, 37, foi vítima. Abandou os estudos para trabalhar. Hoje, se arrepende, queria voltar. "Mas, falta estímulo. Escola é tão desinteressante, tão precária", desabafa a doméstica.

Já na outra ponta, a menor taxa foi entre jovens de 15 a 19 anos (1,2%). Por região, o Nordeste lidera esse indicador e concentrava em 2012 mais da metade do total de analfabetos de 15 anos ou mais de idade.

Além disso, a presença de crianças de 4 ou 5 anos nas escolas aumentou de 77,4% para 78,2% no período. Nas faixas de 6 a 14 anos e de 7 a 14 anos ficou estável em 98,2% e 98,5%, respectivamente, mas já num nível elevado. Em outras faixas houve alta, exceto na de "25 anos ou mais" em que ocorreu uma redução de 4,5% para 4,1%.

Mas, a Pnad apresenta avanços na educação. Com relação à Taxa de Escolarização, o Ceará teve nota boa em 2012: 91% entre 4 e 5 anos, 98,4% (seis e 14 anos), 85,7% (entre 15 a 17). Só teve queda entre 18 e 24 (26,5% em 2012 e 27,8% em 2012). Entre os que têm 25 anos ou mais, a escolaridade é 4% no Ceará.

Sobre a Pnad, a Secretaria Municipal de Educação de Fortaleza (SME) diz reconhecer esses dados, aponta a gravidade e reforça que a redução do analfabetismo será a grande prioridade dessa atual gestão. A coordenadora do ensino fundamental da SME, Dóris Leão, traz outros dados mais setorizados: em Fortaleza são, segundo balanço da secretaria, 12.700 não alfabetizados entre o 3º e 5º ano e mais de 277 entre o 6º e o 9º ano. "Estamos com vários programas de acompanhamento", conta a gestora.

A Secretaria de Educação do Ceará (Seduc) informou que com relação à queda na taxa de escolarização das pessoas de 18 a 24 anos, que passou de 27,8%, em 2011, para 26,5% em 2012, pode-se dizer que essa diferença não foi estatisticamente significativa. O Estado desenvolve o Programa de Alfabetização na Idade Certa (Paic) desde 2007. Os municípios passaram a contar com apoio técnico e financeiro para a gestão municipal.

61% são naturais da Capital
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2012) também desenhou uma geografia dos movimentos, da migração. E nessa dança, nesse vaivém, os dados revelam que 61% (2.323 mil) dos residentes de Fortaleza são naturais da Capital; 53% (2.024 mil) nunca mudaram de cidade e apenas 38% (1,456 mil) não são da Capital.

Nas "andanças" Brasil afora, Fortaleza ainda recebe, sim, muita gente externa: 34 mil moram na Capital, mas são nascidos em São Paulo, 32 mil são oriundos do Piauí e 23 mil do Maranhão.

Em menor expressão estão os alagoanos (5 mil), os amazonenses (4 mil) e os estrangeiros contabilizam apenas 4 mil.

De um total de 3.779 residentes na Capital, 94% são cearenses, nascidos em outros municípios (3.563) e 216 mil são de demais estados e países.

A estudante Silvana Rabelo, 23, é uma dessas que deixou a cidade natal, Mombaça, e veio para Fortaleza estudar. "Eu pensei que nunca fosse sair do lugar em que nasci, mas vi que essa mudança é algo comum", diz.

Movimento migratório é crescente. Entre os anos de 2011 e 2012, a capital recebeu novos quatro mil moradores oriundos do Interior do Ceará. Na busca de oportunidades ou fugindo da seca e da fome, a pesquisa não aponta, entretanto, os motivos.

Fortaleza conta hoje com 3.779 mil residentes, sendo 52% mulheres (1.789 mil) e 48% homens (1990). A maioria está na faixa entre 20 e 24 anos (363 mil); mas 11% são idosos e 31% têm entre 0 e 19 anos de idade.

Na Capital, houve um crescimento de 44 mil residentes. No Estado, a Pnad trouxe 8.751 mil residentes, sendo 48,2% homens (4219 mil) e 51,7% (4531 mil) mulheres. Um aumento de 80 mil novos moradores.

A população de pessoas que se declaram pardas no Ceará supera a de pretas, brancas, amarelas e indígenas. No ano passado, dos 8.751 no Estado, 5.598 se consideravam pardos, sendo 2762 homens e 2836 mulheres: 63,96% da população cearense.

Os brancos vêm em seguida, com 2792 (31,9%), sendo 1263 do sexo masculino e 1529 do sexo feminino. Os que se declararam pretos somam 336 (3,8%) , com 184 homens e 152 mulheres. Os amarelos ficam em quarto lugar, com 14 (0,15%), sendo cinco homens e nove mulheres (0,12%). O indígena foi de 11 , com 5 do sexo masculino e seis do feminino, segundo a Pnad.

IVNA GIRÃOREPÓRTER 


FONTE:
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1322513

ADICIONE AOS SEUS FAVORITOS

ADICIONE AOS SEUS FAVORITOS
AVISO IMPORTANTE!! Reconhecimento: Alguns textos e imagens contidas aqui neste Site são retiradas da internet, se por acaso você se deparar com algo que seja de sua autoria e não tiver seus créditos, entre em contato para que eu possa imediatamente retirar ou dar os devidos créditos. EMAIL: josenidelima@gmail.com ..... FAVOR INFORMAR O LINK