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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Mulheres são destaque no cenário do futebol cearense

DONAS DA BOLA

Mulheres são destaque no cenário do futebol cearense

Redação Diário do Nordeste Plus | 15h55 | 19.08.2014

A paixão pelo futebol inspira mulheres de todo o mundo

Gabi Neymar
Gabi jogava os torneios masculinos quando criança pela falta de meninas na categoria
RAFAEL RIBEIRO/CBF
Eveliny
Eveliny acompanhava o irmão e o pai, também árbitros, nos jogos
ALEX COSTA
A trajetória feminina no futebol era quase inexistente há alguns anos. Por volta de 1941, em meio à ditadura de Getúlio Vargas, um decreto que regulamentava as práticas esportivas no Brasil proibia as mulheres de praticarem esportes, por acharem inadequados à sua natureza. Mesmo com o fim da Era Vargas e a nova constituição em vigor, a lei não foi mudada. Porém, as mulheres encontraram formas de burlar a proibição buscando caminhos paralelos à prática do futebol. A paixão pelo futebol inspira mulheres de todo o mundo que fazem com que as arquibancadas e os campos sejam ponto comum às mulheres a cada dia mais. 
"Cheguei onde eu queria" 
A cearense Gabriela Morais decidiu seguir o caminho mais tradicional no futebol: ser jogadora. "Gabi Neymar", como é conhecida nos campos, começou a acompanhar o futebol com o pai, João Bosco Costa, que também era jogador. Na rua de casa, a pequena Gabi jogava os torneios masculinos pela falta de meninas na categoria.
Começou no futsal e logo foi convidada a fazer farte do time Kindermann, de Santa Catarina. Foi lá que ela recebeu o apelido de Neymar e chamou atenção dos olheiros do futebol. Entretanto, Gabi decidiu voltar para o Ceará e no time Caucaia ela recebeu reconhecimento.

Aos 20 anos, Gabriela Morais é titular da Seleção Brasileira Sub-20 e diz que conquistou seu principal objetivo. "A Seleção Brasileira é o sonho da minha vida", afirma. Gabi está no Canadá representando o Brasil e serve de inspiração para as meninas que sonham em ser jogadoras de futebol. Para ela, os principais objetivos são jogar as Olimpíadas em 2016 e, principalmente, nunca deixar de acreditar.
"Se acerta é sorte, se erra é porque é mulher" 
Eveliny Almeida foi só mais uma criança que gostaria de seguir a carreira do pai. Esse fato seria comum se a profissão não estivesse diretamente ligada ao universo masculino e se o seu pai não fosse um árbitro de futebol. 
Na sala de casa, Eveliny estampa três escudos da Fédération Internationale de Football Association (FIFA) dos anos 2009, 2010 e 2011. Única árbitra cearense credenciada pela FIFA, ela se orgulha do caminho escolhido, mas conta com um sorriso os obstáculos enfrentados.
A maior influência de Eveliny veio de família. Ela acompanhava o irmão e o pai, também árbitros, nos jogos e aprendeu a assistir futebol analisando sempre a arbitragem. Quando decidiu fazer o curso de arbitragem, o pai foi contra: "Ele me disse que isso era coisa de homem”, afirmou. 
Confira matéria na íntegra no Diário do Nordeste Plus, aplicativo para tablets do Diário do Nordeste.
Plus


FONTE:
DIÁRIO DO NORDESTE

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