SUCESSÃO PRESIDENCIAL
Dilma e Marina duelam em segundo debate
02.09.2014
As duas candidatas protagonizaram o principal embate no segundo encontro realizado na campanha
Osasco Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) concentraram ontem os principais duelos no segundo debate entre os candidatos à Presidência da República. Enquanto Dilma e Marina, empatadas na liderança das intenções de voto nas pesquisas, travaram alguns confrontos, Aécio Neves (PSDB), agora na terceira posição, concentrou ataques à presidente. O debate foi realizado por SBT, Jovem Pan, UOL e Folha de São Paulo.
A presidente foi questionada sobre os rumos da economia do País para a explicar os motivos da queda do PIB brasileiro e negou que o Brasil enfrente uma recessão. "Nós não estamos em recessão, porque o mercado consumidor ele aumenta por conta do emprego e por conta do aumento de salários", defendeu.
"A queda da atividade econômica atual é momentânea. A seca e o prolongamento da crise econômica têm um grande impacto", afirmou Dilma. Segundo a presidente, a economia internacional ainda não se recuperou da crise iniciada em 2008.
Na última sexta (29), o IBGE revelou que o PIB brasileiro caiu 0,6% no segundo trimestre na comparação com os três primeiros meses. O resultado do primeiro trimestre foi revisado para queda de 0,2% (contra alta de 0,2% informado antes).
Convidada a comentar a resposta, Marina acusou a presidente de não admitir os erros. "A candidata Dilma não consegue fazer uma coisa que é essencial para quem pretende fazer um segundo mandato: que é reconhecer os erros. Porque se não reconhece os erros, não tem com o repará-los", comentou. "Para o governo, quando tudo vai mal, a culpa é da crise internacional".
Ataque
Dilma combateu a proposta de política econômica de Marina, afirmando que ela geraria desemprego e recessão. Também criticou o discurso da adversária sobre governabilidade. "Quem escolhe os bons não somos nós presidentes, é o povo brasileiro", disse em resposta ao discurso de Marina de que, se eleita, governaria com os melhores no Congresso Nacional.
Aécio voltou a dizer que o governo Dilma fracassou e que ele, no PSDB, representa uma mudança segura. "A nossa mudança é uma mudança consistente", garantiu o tucano, acrescentando que não se "converteu" a posições diferentes do que defende há décadas, numa alusão ao histórico político de Marina, que durante muitos anos foi do PT.
União civil
A candidata do PSB disse que a união civil entre pessoas dos mesmo sexo já é contemplada pelas leis brasileiras, que asseguram os direitos civis aos cidadãos. "Eu sou a favor dos direitos civis de todas as pessoas, e a união civil entre pessoas do mesmo sexo já está assegurada na Justiça por uma decisão do Supremo (Tribunal Federal)", disse.
O candidato do PSDB anunciou ontem que seu programa de governo, a ser lançado na próxima semana, adotará a proposta do senador Aloysio Nunes Ferreira, que disputa a Vice-Presidência na chapa tucana, de aplicar a lei penal para adolescentes entre 16 e 18 anos que tenham cometido crime hediondo. A Proposta de Emenda à Constituição prevê que respondam, como adultos, à lei penal, e não ao Estatuto da Criança e do Adolescente quem está nessa faixa etária e se envolve em crimes muito graves.
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