Uma pesquisa feita pela empresa de segurança Kaspersky no ano passado mostrou que 49% dos brasileiros admitem espionar online os seus parceiros.
Se você tem medo de que algum hacker invada o seu celular e tenha acesso aos seus contatos, fotos, conversas no WhatsApp e toda a sua vida digital, lembre-se que o perigo pode estar ao lado. Uma pesquisa feita pela empresa de segurança Kaspersky no ano passado mostrou que 49% dos brasileiros admitem espionar online os seus parceiros.
A forma mais fácil para ter acesso ao celular de alguém é usar a senha para desbloquear o aparelho. Não vou aqui dar detalhes de como consegui-la, mas todo mundo sabe que não é lá muito difícil decorar o número.
Em posse dela, os detetives de plantão iniciam o seu trabalho sorrateiramente, sem que o(a) parceiro(a) saiba. Alguns “apenas” vasculham emails, redes sociais, conversas no WhatsApp, acessam fotos, e se encontram satisfeitos.
Outros já são mais invasivos. Partem para a segunda fase do plano que é: instalar programas espiões que vão monitorar 24h por dia o que o dono ou dona do celular faz no aparelho. São os chamados popularmente de stalkerware, junção das palavras “stalker” (perseguidor) e “malware” (programa malicioso).
Infelizmente, eles podem facilmente ser encontrados na internet e muitos possuem a habilidade de se esconder dentro do celular. Por isso, é possível que o usuário nem se dê conta de que o seu aparelho foi invadido.
As ações mais comuns desses sistemas são o rastreamento da localização, o acesso as mensagens trocadas e o registro de chamadas telefônicas. Outros mais avançados conseguem até capturar imagens das câmeras do celular no momento em que desejam.
É muita invasão de privacidade, não?
Pelo menos existem algumas práticas que podemos fazer para nos proteger desse tipo de ação. A primeira delas é trocar a senha de desbloqueio do aparelho de tempos em tempos.
Outra dica é ir nas configurações do aparelho e analisar quais aplicativos instalados possuem permissão para acessar o microfone, câmera, fotos e serviço de localização. Se encontrar algum programa desconhecido, desinstale.
Quem tem celular com o sistema operacional Android pode ainda instalar o aplicativo Hidden Apps Detector. O programa faz uma varredura no celular e exibe os app ocultos instalados no aparelho.
Depois disso, o usuário pode tentar desinstalar o programa. Caso o programa não permita a desinstalação, será preciso formatar o celular e restaurar as configurações de fábrica.
Ter antivírus, antispyware e outros sistemas de segurança instalados no dispositivo também é importante. Algumas empresas oferecem sistemas que conseguem identificar se o celular possui um programa espião e emite um alerta ao usuário.
Espionar pode ser crime
Muita gente não se deu conta ainda, mas vascular o celular alheio pode ser configurado crime.
A Lei Carolina Dieckmann (12.737/13) proíbe a invasão de celulares, tablets e computadores, conectado ou não a rede de computadores, mediante violação de segurança com o fim de obter informações sem autorização.
Se ficar comprovado o posterior roubo e vazamento de dados, a pena pode chegar a dois anos de prisão.
Já a Lei 9296/96 determina regras sobre interceptação telefônica. Ela prevê multa e pena de dois a quatro anos de prisão para quem acessar indevidamente “comunicações telefônicas, de informática ou telemática” sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei. Ou seja, é crime espionar, por exemplo, as ligações telefônicas feitas pelo(a) parceiro(a).
(*)com informações da Folha de S.Paulo
. |
A forma mais fácil para ter acesso ao celular de alguém é usar a senha para desbloquear o aparelho. Não vou aqui dar detalhes de como consegui-la, mas todo mundo sabe que não é lá muito difícil decorar o número.
Em posse dela, os detetives de plantão iniciam o seu trabalho sorrateiramente, sem que o(a) parceiro(a) saiba. Alguns “apenas” vasculham emails, redes sociais, conversas no WhatsApp, acessam fotos, e se encontram satisfeitos.
Outros já são mais invasivos. Partem para a segunda fase do plano que é: instalar programas espiões que vão monitorar 24h por dia o que o dono ou dona do celular faz no aparelho. São os chamados popularmente de stalkerware, junção das palavras “stalker” (perseguidor) e “malware” (programa malicioso).
Infelizmente, eles podem facilmente ser encontrados na internet e muitos possuem a habilidade de se esconder dentro do celular. Por isso, é possível que o usuário nem se dê conta de que o seu aparelho foi invadido.
As ações mais comuns desses sistemas são o rastreamento da localização, o acesso as mensagens trocadas e o registro de chamadas telefônicas. Outros mais avançados conseguem até capturar imagens das câmeras do celular no momento em que desejam.
É muita invasão de privacidade, não?
Pelo menos existem algumas práticas que podemos fazer para nos proteger desse tipo de ação. A primeira delas é trocar a senha de desbloqueio do aparelho de tempos em tempos.
Outra dica é ir nas configurações do aparelho e analisar quais aplicativos instalados possuem permissão para acessar o microfone, câmera, fotos e serviço de localização. Se encontrar algum programa desconhecido, desinstale.
Quem tem celular com o sistema operacional Android pode ainda instalar o aplicativo Hidden Apps Detector. O programa faz uma varredura no celular e exibe os app ocultos instalados no aparelho.
Depois disso, o usuário pode tentar desinstalar o programa. Caso o programa não permita a desinstalação, será preciso formatar o celular e restaurar as configurações de fábrica.
Ter antivírus, antispyware e outros sistemas de segurança instalados no dispositivo também é importante. Algumas empresas oferecem sistemas que conseguem identificar se o celular possui um programa espião e emite um alerta ao usuário.
Espionar pode ser crime
Muita gente não se deu conta ainda, mas vascular o celular alheio pode ser configurado crime.
A Lei Carolina Dieckmann (12.737/13) proíbe a invasão de celulares, tablets e computadores, conectado ou não a rede de computadores, mediante violação de segurança com o fim de obter informações sem autorização.
Se ficar comprovado o posterior roubo e vazamento de dados, a pena pode chegar a dois anos de prisão.
Já a Lei 9296/96 determina regras sobre interceptação telefônica. Ela prevê multa e pena de dois a quatro anos de prisão para quem acessar indevidamente “comunicações telefônicas, de informática ou telemática” sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei. Ou seja, é crime espionar, por exemplo, as ligações telefônicas feitas pelo(a) parceiro(a).
(*)com informações da Folha de S.Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário