Clientes reclamam da dificuldade em conseguir remédios do programa federal. Ministério da Saúde alega instabilidades "pontuais" na dispensação
Mesmo recorrendo a uma forma de apoio para garantir a própria saúde, usuários do programa federal "Aqui Tem Farmácia Popular" encontram dificuldades na aquisição de medicamentos em Fortaleza. Criado em 2004, o programa federal tem a proposta de distribuir medicamentos básicos considerados essenciais gratuitamente, ou vendê-los com até 90% de desconto, por intermédio de farmácias privadas conveniadas. São oferecidos remédios para hipertensão, diabetes e asma, e para controle de colesterol, rinite, Parkinson, osteoporose e glaucoma, além de fraldas geriátricas e anticoncepcionais.
A professora Maria Melo, 57, dá viagens perdidas a diferentes farmácias há aproximadamente um mês. Como desculpa para os pedidos malsucedidos, geralmente, escuta dos atendentes que "o sistema está fora do ar". "Fica fora um dia ou dois, ou por algumas horas. Como não posso ficar esperando, acabo comprando a medicação que é um direito meu receber", afirma, referindo-se às quatro caixas mensais de um antidiabético que utiliza no tratamento.
A medicação, de uso contínuo, custa entre R$ 7 e R$ 10 a caixa. "Acredito que tenha muita gente passando pela mesma situação. Embora seja barato, nem sempre a pessoa tem condições de comprar", observa a professora. "Eu receberia durante seis meses, que é a validade da receita, mas até agora estou há um mês sem receber".
A dificuldade se soma à redução de farmácias credenciadas ao Programa, que, até 2017, também possuía unidades próprias. Em novembro daquele ano, a Farmácia Popular do Centro de Fortaleza encerrou as atividades, sendo a terceira e última da Capital a fechar as portas. À época, a justificativa do Governo Federal era que os custos anuais de manutenção, em torno de R$ 100 milhões no País, seriam empenhados na aquisição de mais remédios, por meio de repasses para os Estados e Municípios.
A professora Maria Melo vem encontrando barreiras para receber remédios antidiabéticosFoto: JL Rosa |
A professora Maria Melo, 57, dá viagens perdidas a diferentes farmácias há aproximadamente um mês. Como desculpa para os pedidos malsucedidos, geralmente, escuta dos atendentes que "o sistema está fora do ar". "Fica fora um dia ou dois, ou por algumas horas. Como não posso ficar esperando, acabo comprando a medicação que é um direito meu receber", afirma, referindo-se às quatro caixas mensais de um antidiabético que utiliza no tratamento.
A medicação, de uso contínuo, custa entre R$ 7 e R$ 10 a caixa. "Acredito que tenha muita gente passando pela mesma situação. Embora seja barato, nem sempre a pessoa tem condições de comprar", observa a professora. "Eu receberia durante seis meses, que é a validade da receita, mas até agora estou há um mês sem receber".
A dificuldade se soma à redução de farmácias credenciadas ao Programa, que, até 2017, também possuía unidades próprias. Em novembro daquele ano, a Farmácia Popular do Centro de Fortaleza encerrou as atividades, sendo a terceira e última da Capital a fechar as portas. À época, a justificativa do Governo Federal era que os custos anuais de manutenção, em torno de R$ 100 milhões no País, seriam empenhados na aquisição de mais remédios, por meio de repasses para os Estados e Municípios.
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